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Os 40 melhores discos dos anos 2000 – parte 1

*Ou, os meus 40 discos favoritos dos anos 2000.

Para muitos os anos 2000 foram a pior década da história da música. Eu não acho. Acredito que sim, em termos de músicas e bandas consumidas em grandes escala a década tenha sido fraca. Mas várias bandas de qualidade, graças a internet, puderam mostrar seu trabalho. Várias das bandas da minha lista, eu não teria escutado 10 anos atrás. Para fazer a lista tive alguns critérios, mas não é interessante explicá-los.

No total: dois discos de 2000, oito de 2001, seis de 2002, cinco de 2003, 2 de 2004, 8 de 2005, 3 de 2006, 4 de 2007 e 2 de 2008 . Nenhum de 2009.

Da 40ª a 11ª posição

40º Morning Runner – Wilderness is Paradise Now (2006): Músicas paranóicas de uma banda que durou pouco. Burning Benches.
39º Echo and the Bunnymen – Siberia (2005): Um disco sensível e constante, o melhor da segunda fase dos Bunnymen. All Because of You Days.
38º The Fratellis – Costelo Music (2006): Disco divertido com meia dúzia de músicas que grudam na cabeça. Chelsea Dagger.
37º Pernice Brothers – The World Won’t End (2001): Belas melodias e melancolia disfarçada de alegria. Our time has passed.
36º Spiritualized – Let it Come Down (2001): Músicas grandiosas no disco de mais fácil de escutar do Jason Pierce. Lord can Your Hear Me?
35º Muse – Absolution (2003): Grandes músicas apesar de alguns momentos sonolentos. Blackout.
34º Franz Ferdinand – You Could Have it So Much Better (2005): Disco mais acertado do Franz Ferdinand, antes das bobagens eletrônicas. Do You Want To.
33º Supergrass – Road to Rouen (2005): Muita produção, mas mesmo assim, belas canções. Low C.
32º The Raconteurs – Consolers of the Lonely (2008): O momento em que o projeto paralelo pareceu melhor do que os oficiais. Many Shades of Black.
31º Travis – The Invisible Band (2001): Último disco realmente bom do Travis. Follow the Light.
30º Starsailor – Love is Here (2001): Estréia que lembra o melhor do rock inglês dos anos 90. Good Souls.
29º The Libertines – Up the Bracket (2002): Grande estréia de uma carreira curta. Boys in the band.
28º The Redwalls – De Nova (2005): Melhor disco de uma banda praticamente desconhecida. Thank You.
27º Ryan Adams – Gold (2001): Disparado o melhor disco da produtiva e inconstante carreira de Adams. Firecracker.
26º Los Hermanos – Bloco do Eu Sozinho (2001): O Auge dos Hermanos, se afastando do hardcore, sem abraçar o samba. Casa Pré-Fabricada.
25º Brendan Benson – Lapalco (2002): O melhor de BB, atualizações dos anos 60/70 no novo milênio. Just Like Me.
24º The Thrills – Let’s Bottle Bohemia (2004): Pop demais, bobo demais, mas muito bom. Not for all the love in the world.
23º Queens of the Stone Age – Rated R (2000): Sujeira, sexo e substâncias ilicitas. The Lost art of Keeping a Secret,
22º Ben Kweller – Ben Kweller (2006): Kweller em forma acústica e leve. Red Eye.
21º Black Rebel Motorcycle Club – Baby 81 (2007): Disco malvado e retro. Took Out a Loam.
20º The White Stripes – Icky Thump (2007): Consistente do início ao fim. You Don’t Know what Love is (you Just do as you’re told).
19º Josh Rouse – Nashville (2005): A melhor forma do folk de Josh Rouse. Streetlights.
18º Doves – Some Cities (2005): O disco mais audível e menos eletrônico dos Doves. Sky Stars Falling.
17º The Strokes – Is this it? (2001): Disco de estréia consistente e ótimo, apesar de superestimado. Soma.
16º The Delgados – The Great Eastern (2000): O primeiro trabalho excepcional dos Delgados. Accused of Stealing.
15º Emma Pollock – Watch the Fireworks (2007): Beleza pop. Paper and Glue.
14º The Thrills – So Much for the City (2003): Disco para se ouvir em uma cadeira de balanço, de uma tarde de outono. Hollywood Kids.
13º Oasis – Don’t Believe the Truth (2005): A volta do Oasis aos bons discos. The Importance of being Idle.
12º Ben Kweller – On My Way (2004): Ele tinha apenas 23 anos. Down.
11º Wilco – Sky Blue Sky (2007): Disco mais simples, porém eficaz, do Wilco. Hate it here.

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