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Mostrando postagens de abril, 2012

Brendan Benson e os refrões

Antes de se tornar conhecido mundialmente como o parceiro de Jack White nos Raconteurs (exagero), Brendan Benson já tinha uma carreira solo consistente. A estréia era fraquinha, mas Lapalco e Alternative to Love eram grandes discos, com ênfase em Lapalco . Em sua carreira d.R, ele ainda lançou o bom, porém enjoativo My Old, Familiar Friend . Não sei como explicar, mas a principal característica das músicas de Brendan Benson não era o refrão. Geralmente, seus refrões eram uma consequência natural do que ele já estava cantando nos versos. Era assim, até o lançamento deste seu quinto disco, What Kind of World . Agora, Brendan Benson parece estar em busca do refrão perfeito. Light of the Day , Thru the Ceiling , No One Else But You são três exemplos. No começo, você tem vontade de passar a canção em diante, até que chega o refrão. E então o refrão vale a canção, vale o disco, vale a vida de Brendan Benson, vale toda a existência humana na face da terra. Na segunda entrada do refr

Jack White, somente ele

Jack White não erra. Seus seis discos a frente dos White Stripes e os dois a frente dos Raconteurs mantém um nível sempre bom (os dois do Dead Weather são uma exceção, mas, relevemos, porque ele não é o principal compositor). Com o fim dos Stripes e com os Raconteurs parados, White resolveu sair em carreira solo, um terreno novo para ele. A dúvida era: o que esperar? Os Stripes já eram uma espécie de trabalho solo. Ele escrevia todas as canções, tocava-as do jeito que ele queria e Meg White tocaria do jeito que ele quisesse. Se fosse para seguir com um som similar ao estilo da banda, ele não precisaria ter terminado a parceria com Meg. Blunderbuss , a sua estréia solo, tem alguma coisa dos Stripes. Há alguma coisa das guitarras - afinal, ele ainda é Jack White - mas o disco não tem aquela sonoridade infernal do duo (Ele também substituiu o vermelho e branco pelo azul). Blunderbuss está muito mais para os Raconteurs e em alguns momentos até parece conter algumas sobras de estúdio d

O outro lado do rio

Geralmente os rios passam despercebidos em nossa vida. Eles ficam ali, escondidos entre as matas. Nós só o percebemos quando passamos pelas pontes. As pontes ligam municípios, estados e bairros. E nos ligam também aos rios. Quando você mora perto de um rio, ele faz parte de um cotidiano oculto. Você sabe que ele esta lá e o mundo termina naquele rio. Agora, o que há do outro lado do rio? Boa pergunta. Sempre pergunto isso quando eu estou na beira de um rio, sem uma ponte. Vivi 20 e poucos anos da minha vida sem saber o que havia do outro lado do rio. Só descobri quando o Google Maps entrou em nossas vidas. Sempre que estava do outro lado, passei a tentar acertar o lugar exato. Não sei se eu consegui. Posso ter apenas uma ideia. Ali, tão perto da minha casa, mas com aquele rio intransponível no meio. Não por muito tempo. Olho para aquela ladeira e lembro que ali levei um dos maiores tombos da minha vida. A ladeira da Rua dos Eucaliptos sempre foi bem ingrime, era um desafio descê-

O que acontece com Felipe Massa?

Olhando hoje em dia, é até difícil acreditar que Felipe Massa já foi um bom piloto. Sim, ele foi. Seu desempenho na Sauber pode não ter sido notável, mas fez o suficiente para que a Ferrari resolvesse contratá-lo. E na equipe italiana ele não fez feio, conseguiu terminar o ano andando no mesmo ritmo de Michael Schumacher. Em três anos e meio foram 11 vitórias, uma boa marca. No ano seguinte, levou uma surra de Räikkönen, mas se recuperou em 2008. Neste ano, a surra foi da vida. Perdeu o título por um ponto, mas da maneira mais traumática possível, na última curva, sem ter nada para fazer. Em 2009 recebeu um carro horrível, mas vinha andando no seu máximo. Tinha feito uma boa corrida na Inglaterra até que que veio uma mola em sua cabeça. Felipe Massa nunca mais foi o mesmo e não tenho dúvidas de que a mola o mudou para sempre. Quem não mudaria depois de uma situação dessa? Mas seu desempenho só piorou. Começou o ano de 2010 dando um gás, mas acabou mal. Em 2011 o ano inteiro foi uma

O ex-Cimed

Claro que essa não é a intenção da Globo. Quando ela chama os times do Cimed, Vivo ou Sada, de Florianópolis, Minas ou Cruzeiro, a sua intenção é não fazer um "merchan gratuito" das empresas. Empresas essas que patrocinam as equipes, que permitem que a Globo transmita o jogo. Mas, involuntariamente, o tratamento da Globo seria melhor para o vôlei do Brasil. O fim da Cimed, equipe de Florianópolis que ganhou quatro das cinco primeiras competições que disputou - com um vice-campeonato - é simbólico. Depois de cinco finais consecutivas, em seus cinco primeiros anos, a equipe caiu por dois anos consecutivos nas quartas-de-final. O suficiente para que a patrocinada retirasse seu investimento no esporte e deixasse o clube sem nenhuma estrutura. Nenhuma equipe cogitaria o seu fim depois de disputar cinco finais em sete anos, um aproveitamento fantástico. Mas, ninguém patrocina o vôlei por paixão ao esporte, por ter algum projeto. O que os patrocinadores querem é investir em equi

Buracos e Soluções

Mês passado, surgiu em uma rua do Parque Ohara, o maior buraco que eu já havia visto a olho nu. Surgiu de um dia para o outro e parecia uma versão reduzida da cratera do metrô de São Paulo.  O asfalto simplesmente havia cedido, mal dava para perceber a sua profundidade. Parecia uma espécie de passagem para um mundo paralelo, uma ligação a alguma galeria subterrânea, uma inspiração para Júlio Verne. Na mesma época, a imagem de uma bananeira plantada em um buraco de uma rua do bairro Canjica em Cuiabá rodou o Brasil. Este “irreverente” protesto não é uma exclusividade dos cuiabanos. Uma pesquisa pelo Google revela que bananeiras já foram plantadas nos mais diversos buracos das mais diversas ruas brasileiras. Do Paraná até a Bahia. Difícil saber quem foi o pioneiro, mas ele pode ter apontado uma solução. Um buraco de rua não é apenas um buraco, uma simples deformidade. Ele tem toda uma história. A partir deles é possível traçar um perfil e conhecer a cidade. Existem alguns buracos qu

Andei Escutando (32)

Aqualung (2002): Várias canções ao piano e violão, com um vocal agudo e sofrido. Uma espécie de cover do Thom Yorke. Melhores: Good Times Are Gonna Come e Strange & Beautiful . Aqualung – Still Life (2003): Aqui, há uma tentativa de fazer um pop mais sofisticado. É um disco mais agradável, mas que peca pela repetição. Melhores : Brighter than Sunshine e Left Behind . Ben Folds – Rockin’ The Suburbs (2001): Escutei o disco desconfiado, esperando o momento em que ele ficaria ruim. Mas não ficou. Não há uma música ruim. As músicas tem uma batida meio clichê, mas é um disco bem feito, competente. Melhores: Gone e Fired. Dead Kennedys – Bedtime for Democracy (1986) : Geralmente, Bedtime for Democracy é visto como o ponto mais baixo dos Dead Kennedys. Realmente, pode ser um disco que parece uma autocópia do primeiro disco, mas pelo menos é melhor do que as experimentações bizarras anteriores. Uma pancada do começo ao fim. Melhores : Lie Detector e Gone With My Win

Porque Cristiano Ronaldo é um babaca?

Cristiano Ronaldo é um jogador excepcional, que chuta bem com as duas pernas, driblas, é veloz, cabeceia. É capaz de fazer gols de todas as maneiras possíveis. Mas ele comemora um gol dessa maneira: Logo, ele é um babaca.