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Mostrando postagens de abril, 2010

Andei Escutando (9)

Grateful Dead – Workingman’s Dead (1970): Não é um disco absolutamente genial como American Beauty . É apenas um bom disco de folk-rock, um pouco mais animado que seu sucessor. Mas tem melodias para se escutar por uma tarde inteira. Melhores: High Time e Black Peter . Jarvis Cocker – Further Complications (2009): A graça do Pulp estava justamente no comportamento esquizofrênico de Cocker. As melodias pegajosas, extravagantes e até bregas, porque não, com suas letras doentias sobre assuntos banais (mas sem dispensar um grande refrão). No seu segundo disco solo, a extravagância continua lá, mas muito mais nos arranjos (seria Homewrecker! uma releitura do tema do Batman?). As letras não são tão afiadas assim. E, por incrível que pareça, ele se saí muito melhor quando encarna uma espécie de cantor romântico. Seu lado Frank Sinatra. Melhores: I Never Said I Was Deep e Angela . Manic Street Preachers – The Holy Bible (1994): É outro bom disco dos Manics. Mas não me pareceu tão bom quan

Prontuário médico

Poderia ser o resumo do meu mês de abril. Tudo começou em uma sexta-feira em que acordei com a sensação de a cabeça estar pesada, dor na nuca e febre baixa. Tomei uma dipirona e me senti melhor. Passei o sábado sem dor de cabeça, mas com a dor na nuca. A febre baixa seguiu no domingo. Continuou na segunda e na terça. Comecei a sentir dor abdominal e a dor na nuca seguiu. Na sexta-feira comecei a sentir a garganta arranhando e a febre aumentou. Fiz exames de sangue e fui a um clínico geral na terça-feira (12 dias com febre). Ele notou uma infecção bacteriana na garganta e passou um antibiótico e um anti-inflamatório. Que eram fortes. Ficava o dia todo com os batimentos acelerados. Chegavam a 120 por minuto. Não conseguia dormir. Sempre que eu ia dormir, tinha sonhos confusos. Sonhos nauseantes. Acordava assustado e acelerado. E os remédios não melhoraram a situação. No sábado a noite eu não conseguia engolir mais nada. Acordei no domingo sentindo dor para engolir a saliva, a garganta co

Saudades do Travel Channel

O Travel Channel era o melhor canal da TV Paga. Era melhor que o Discovery, Mundo e qualquer outro. Passava programas muito interessantes, geralmente sobre viagens. Se você quisesse conhecer melhor outros países, sem sair de casa, era só colocar lá. Quando não tinha nada de interessante na TV, era só colocar lá com a certeza de que iria ter algo de bom. O melhor programa era o Planeta Solitário. Depois ele mudou para um tosco "Mochileiros". E o canal mudou de nome, virou "People and Arts". Aos poucos o canal foi mudando de estilo. Entraram no ar programas biográficos, programas sobre moda. E o grande mal foi com o advento dos Reality Shows. Virou um canal quase exclusivo de reality shows. Fosse da família que fabricava motos, do gay chato com voz de taquara que constrói casas faraônicas. Ou programa que escolhe Top Models, enfim. Os ótimos documentários sobre viagens ficaram para trás. E foi esses dias que vi que o canal mudou de nome novamente. Passou a se chamar L

A tragédia do Sarriá

Itália 3x2 Brasil, pela copa de 82 é uma das derrotas mais marcantes da história brasileira. Tragédia de uma geração e tudo mais. Vi pela primeira vez o jogo, na ESPN. Algumas notas. 1) Foi um jogo muito mais disputado do que a final de 70. Aliás, um jogo com mais chances de gol. 2) Foram duas grandes besteiras da zaga brasileira. Cerezo errou uma saída de bola boba e gol da Itália. Um escanteio bobo, Júnior ficou parado e gol da Itália. 3) Júnior, aliás, teve uma atuação fraca. Errou cruzamentos, passes. Destacou-se pela movimentação. Caia pelo meio para armar o time, abria pela ponta direita. Mas pouca coisa deu certo. E Serginho Chulapa realmente destoava. 4) O melhor em campo foi Falcão. Armava, corria, marcava, finalizava. Um jogador completo e com uma classe incrível. 5) O primeiro tempo foi muito disputado. O Brasil ligeiramente superior, rondava a área italiana. O começo do segundo tempo foi completamente italiano, que quase matou o jogo num contra-ataque. No seu pior momento e

Ausência

Já não sei quantas miligramas de dipirona sódica tomei nos últimos 19 dias. Mais benzocaínas e outros nomes mais complicados. Fiquei doente por tantos dias, que não havia espaço mental suficiente para pensar em escrever alguma coisa por aqui. E por alguns dias, ainda não terá.