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Mostrando postagens de dezembro, 2017

2017 - o ano que parecia que não ia existir

Para mim, 2017 parecia ser o ano que nunca iria existir. Falávamos tanto sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que parecia que quando esses grandes eventos terminassem, o mundo iria acabar junto. Às vezes, sem perceber me pego chamando 2017 de 2018. Completei 30 anos em 2017 e não vi muita diferença. Finalmente tirei do papel uma viagem que planejava faz algum tempo e poderia aqui contar em detalhes as maravilhas da torta de maçã de Amsterdã, ou sobre toda a carga histórica que senti ao ver o Muro de Berlim, a estação de Grunewald ou a Casa de Anne Frank. De como é impressionante ver as pinturas de Van Gogh (o maior perdedor da história) e Monet, ou como a Mona Lisa é superestimada. Ou ainda sobre meu amor por Barcelona, mesmo tendo sido pela primeira e pela segunda vez na minha vida (com uma diferença de apenas dois dias) atingido por fezes de pombos enquanto eu estava lá. O ano foi terrível no meu trabalho, com um ambiente completamente destruído pela presença de um líder

Ta lá o corpo estendido no chão

Saio para correr de manhã e na primeira subida, vejo que ocorreu um acidente no primeiro cruzamento. Há um Honda Civic parado bem no meio do cruzamento, a ponta do carro invadindo a pista, um senhor mexe no carro, uma mulher de calça de ginástica e tênis está em pé na calçada utilizando chapéu, uma criança de sete anos sentada na posição de buda no chão da calçada, um homem sentado no asfalto, encostado em sua moto. No chão há uma peça que parece um vidro lateral estourado e duas peças que não consigo identificar, mas que se parecem com apêndices da motocicleta que se perderam durante o impacto. Faço o contorno lá em cima, começo a descer e vejo novamente a cena, que permanece aparentemente imóvel, exceção feita a criança, que parece sentada virada para outro lado e a ao homem que já não está no carro, mas parado na calçada olhando tudo aquilo. Enquanto desço, faço uma espécie de reconstituição mental do lance e penso que o carro avançou o cruzamento sem perceber a aproximação da

Pesquisa Datafolha

Fui olhar a planilha da última pesquisa do Datafolha para a eleição presidencial do ano que vem, sempre naquela tentativa de entender na segmentação o que os dados gerais omitem. Certo que a situação é muito incerta, uma vez que o líder das pesquisas pode ser impedido judicialmente de concorrer e muitos dos cenários não traziam Marina Silva, que decidiu anunciou oficialmente ser candidata depois que a pesquisa já havia sido divulgada. Além disso, há uma série de nomes que é difícil acreditar que realmente irão para a disputa, como Álvaro Dias, Manuela D'Ávila, Guilherme Boulos e o Paulo Rabello de Castro. Impressiona nos dados como realmente Lula é uma fortaleza no nordeste. Votação expressiva, tão expressiva, que os cenários sem ele trazem 40% de votos branco, nulos o indecisos na região. Todos candidatos são mais desconhecidos no nordeste do que nas outras regiões, exceção feita ao Lula: 100% da população local o conhece. As simulações de segundo turno são todas um massacre n