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Mostrando postagens de maio, 2015

O vai e vem do melhor do mundo

Eu lembro que estava aqui no meu quarto assistindo Lionel Messi marcar seu primeiro gol pelo Barcelona em uma partida contra o Albacete. Um golaço, de cobertura. Lembro que o argentino franzino já era, àquela altura, tratado como um futuro craque, entrava aqui e ali em um ou outro jogo. Também lembro da primeira vez que eu reparei na existência de Cristiano Ronaldo. Campeonato inglês da temporada 2003-2004, o Arsenal era o atual campeão (invicto) e tinha um time histórico, com um contra golpe mortal e que carregava impressionantes 49 jogos de invencibilidade. Os londrinos perderam para o Manchester United (uma derrota aliás, que derrubou o Arsenal que nunca mais foi o time que era até então), em grande atuação do jovem Rooney, de 19 anos. Mas me lembro que Cristiano Ronaldo chamou minha atenção. Messi e Cristiano Ronaldo eram os dois jovens brilhantes que apareciam no futebol, ainda dominado por Ronaldinho, Kaká, Shevchenko, em um mundo pós-Zidane, Ronaldo e Figo. Messi já brilha

Toda a Força que já esteve ali

Bwana era uma força da natureza. A energia de um labrador é amplamente divulgada por aí, mas só quem teve um sabe do que eu estou falando. Das plantas que ela arrancava pela raiz, dos pesos que ela carregava nos dentes, dos muros que ela pulava sem cerimônia, a eternidade pela qual ela poderia correr e nadar. A força de um labrador não é brincadeira. São seis, sete anos, em que o animal é praticamente incontrolável. Depois ele acalma um pouco, a idade chega. E como chega. Hoje, ao sair de casa me deparo com Bwana deitada ao lado do portão. Ela precisa sair dali, para que eu possa passar com o carro. Chamo-a e ela não se move. Preciso levantá-la e ela anda devagar, para no caminho. Se falasse, diria para que eu a deixasse ali, que desistisse de sair. A cena ocorreu também na semana passada e ainda vai se repetir algumas vezes, imagino que não muitas porque o tempo é cruel. Bwana é um labrador caminhando para seus 12 anos. Seu corpo cansado tem pouca força, um pouco de toda a f

Gerrard: a despedida de um de nós

Dizem que é apenas futebol, que futebol é apenas um jogo. Onze caras em campo correndo atrás de uma bola. Mas, futebol não é só isso, é muito mais do que isso. É algo que não dá para explicar. Não dá para explicar todas aquelas pessoas com seus cachecóis vermelhos cantando "You'll Neve Walk Alone" como se fosse a última vez. Porque era a última vez. Steven Gerrard, quase 35 anos, entrava pela última vez em Anfield Road como jogador de futebol. Ele que chegou ao Liverpool aos 7 anos. Que estreou profissionalmente em 1998. Que é um dos maiores, se não o maior ídolo da história da equipe. Volte dez anos no tempo, até 25 de Maio de 2005. Naquele dia, Milan e Liverpool se enfrentavam na final da Champions League em Istambul. O Milan era o claro favorito ao título. Era uma das maiores equipes do mundo, havia sido campeã do mesmo torneio dois anos antes. Tinha Kaká, tinha Seedorf, Tinha Shevchenko, Pirlo, Maldini. Era um timaço. O Liverpool era a zebra. Já estava há anos

Cristiano Ronaldo faz gols, Messi faz mágica

Cristiano Ronaldo faz gols de todas as maneiras possíveis. Ele é o mais perfeito jogador de International Superstar Soccer. Corre muito, finaliza bem com as duas pernas, cabeceia bem, bate faltas, tem explosão muscular e drible. Mas ele não faz mágica. Messi faz mágica. Faz tantos gols quanto, mas alguns deles tem esse elemento da mágica, do Boateng caído no chão, de tantos adversários que foram iludidos pela sua movimentação e não acreditaram no que iria acontecer. E é isso.

Resgatando Rascunhos: Ponte sobre o Cerrado

O ano era 2013 e eis que uma ponte surge na rua ao lado da minha casa. A partir de então, eu poderia passar por cima daquele que sempre foi o limite natural do meu bairro e da minha imaginação infantil. E não é qualquer ponte: é uma ponte alta, que passa por cima das copas das árvores. A nova experiência me faz pensar na beleza daquelas árvores e de como o cerrado pode ser belo, apesar de desprezado. Me encho de inspiração, mas ela nunca vai a lugar nenhum. Esse rascunho de texto permanece esquecido por aqui desde outubro de 2013. Termina sem pontos e para nada. O Rio Coxipó sempre esteve no final da minha rua. Apesar da proximidade, nunca olhei para o rio pensando em diversão, porque ele sempre esteve poluído. Até me admirava com as pessoas que passavam a tarde tomando banho nele, mesmo com o esgoto que escorria pelas manilhas. Para mim, o rio sempre foi o limite natural da minha rua e do meu bairro. Tudo acabava no rio. Quando criança, por vezes eu descia até a beira do rio e ima