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Mostrando postagens de agosto, 2022

Percepção dos filmes aos longos dos anos

André Barcinski anunciou que o filme "O Quarto do Filho" está em exibição na plataforma Mubi na internet. Assisti esse filme lá pelos idos de 2003 nos canais da HBO, quando estava para fazer 16 anos e foi um tanto quanto traumático. O filme é excelente, mas seu enredo é das coisas mais genuinamente tristes que a mente humana poderia imaginar. Os pais perdem um filho adolescente e toda sensação de tristeza, remorso e culpa é materializada no quarto vazio do rebento. O quarto vazio do filho que morreu. Difícil imaginar algo mais triste. Tão triste que fiquei me sentindo mal por alguns dias. Sempre que em outras oportunidades passava por um canal que reproduzia o filme, mudava rapidamente, para não ter nenhum contato com essa obra tão aterrorizante. Diante do anúncio de Barcinski, respondi que é preciso estar com o psicológico em dia para encarar essa pedrada. E ele respondeu que de fato, agora que ele tem filhos o filme bateu ainda mais pesado. Pensei em mim, então, que tenho u

Jô Soares

 Houve um tempo, hoje distante, em que a televisão era a nossa principal fonte de informação. E entre todos programas de TV, poucos eram tão relevantes quanto o do Jô Soares. Suas entrevistas repercutiam no dia seguinte no colégio e na faculdade, como nenhuma atração. Ninguém ia perguntar se você viu o Jornal, mas se você viu o Jô. Ficar acordado para assistir seu 11h30 (horário fictício), era quase uma prova de vida adulta. Artistas, intelectuais, anônimos curiosos, cientistas. Aprendi muita coisa vendo o Programa do Jô. Alguns momentos são inesquecíveis, como a entrevista do José Vasconcellos, que vi ao vivo. Sua morte destaca seu aspecto humano e generosidade. Me traz a nostalgia da época em que todos tínhamos referências em comum, de como isso ajudava a vida em sociedade.