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Mostrando postagens de setembro, 2016

ESPN sem Trajano - ou um canal que já não é mais

Talvez eu exagerasse se falasse que fiz jornalismo por conta da ESPN Brasil, mas eles têm lá sua parcela de culpa. Nos meus anos finais de colégio a ESPN era o único canal esportivo sintonizado pela antiga DirecTV e eu não poderia reclamar. Não tinha o campeonato brasileiro, mas tinha opinião, informação. Acompanhei a Copa de 2002, que eles não transmitiram, com os seus comentários e o sempre histórico Linha de Passe. No meu sonho adolescente eu devia pensar em um dia participar do Linha de Passe. No começo da faculdade, também só dava ESPN. Assistia todos os bate-bolas possíveis, o Sportscenter. Me sentia amigo dos comentaristas e apresentadores. Se os encontrasse na padaria do lado do canal, no Sumaré, talvez conversasse com eles como se eles me conhecessem. Apenas em 2007, quando a Sky comprou a DirecTV, passamos a assistir o Sportv e isso só serviu para que eu reafirmasse ainda mais meu compromisso com a ESPN. O canal era a voz da sensatez. Assistia os grandes eventos sempre

Sem mais Strike

Nos anos 90 o Brasil foi repentinamente tomado por uma febre do boliche. De uma hora para a outra, passou a ser um programa bem interessante para os jovens, irem até um lugar em que eles jogassem boliche. Não sei explicar, os motivos, só sei que aconteceu. Em Cuiabá não foi diferente e o nosso primeiro boliche foi o lendário Fred's Bowling no Shopping Goiabeiras. Fui lá apenas umas duas vezes e confesso que não sei quando é que ele encerrou suas atividades. Diferente era o Strike Boliche, que surgiu um pouco depois. Localizado na Avenida Fernando Corrêa, era perto da faculdade e relativamente perto da minha casa e da casa de vários dos meus amigos. Além do boliche, o Strike ainda tinha suas mesas de sinuca, videokê, um monte desses jogos de salão que eu não sei o nome, aquele negócio em que as pessoas tinha que apertar botões com os pés enquanto dançavam uma música. Diversas e variadas opções de lazer para todos os gostos. Fui lá quando era estudante do colégio, quando es

11 de setembro, 15 anos depois e a história

Chego em casa e ligo a TV. Minha aula havia acabado às 11h30 e eu voltava a pé para casa pelo trajeto de 1,5 km. Entre o tempo da caminhada, chegar em casa, pegar um copo de guaraná e ligar a TV não se passaram mais do que 25 minutos. Não devia ser mais do que 11h55 quando, para minha surpresa, a televisão não mostrava o Globo Esporte e sim a imagem de um prédio em chamas. Já haviam se passado mais de duas horas desde que os terroristas chocaram dois aviões contra o maior prédio de Nova York e eu incrivelmente não sabia de nada. Nem eu, nem nenhum dos meus colegas de sala, meus professores. Poucos tínhamos celulares, nenhum com qualquer acesso a internet. Quinze anos não parece tanto tempo assim, mas para quem estava lá parece inacreditável que um fato dessa magnitude, ocorrido durante a hora do recreio permanecesse tanto tempo desconhecido para tantas pessoas. Não duvido que muitas pessoas só souberam do atentado quando chegaram em casa a noite. Se foram dormir sem assistir o jornal