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Mostrando postagens de maio, 2014

O dia mais bonito do ano

A primeira frente fria do ano chega, derrubando as temperaturas e tirando nossos casacos empoeirados e mal-cheirosos do fundo do armário. Trememos de frio por um ou dois dias, até que o sol surge por detrás das nuvens. O sol brilha tranquilo sobre as sombras frias, dando aquela estranha sensação de sentir frio e calor ao mesmo tempo. As nuvens desaparecem completamente do horizonte e é possível observar o azul profundo do céu sem nenhuma interferência. Essa imensidão azul e nada mais, contrastando com o verde das árvores ainda bem irrigadas, com a claridade dos prédios iluminados pelo sol. Uma luz clara, que não chega a ofuscar a visão. Estamos no meio do outono, nos últimos dias antes do inverno. A frente fria e úmida levou toda a poluição embora, fazendo com que você possa enxergar quilômetros e quilômetros de distância. Por trás dos prédios que vejo pela janela, consigo enxergar a linha do horizonte e todo o relevo da cidade. Consigo ver o avião passando lá longe, fazendo a

Quem vai ser o craque da Copa?

Eis uma pergunta difícil de responder e que dificilmente confirma as expectativas. Ronaldo era pra ter sido o craque da Copa de 98 (quase foi) e não em 2002. A Copa que era pra ser do Zidane foi justamente aquela em que ele menos jogou bola (vítima de uma lesão muscular) e o próprio Cannavaro teria um acesso de riso se lhe falassem que ele seria o melhor jogador da Copa de 2006 (barbada que seria Ronaldinho Gaúcho). Em 2010 cinco jogadores brigaram pelo título de melhor da Copa. Iniesta, autor do gol do título espanhol ainda era visto como o coadjuvante de luxo do time de Messi e Xavi. David Villa sempre foi um bom atacante, mas ninguém imaginava que ele concorreria ao posto. Sneijder vinha de uma grande temporada europeia, mas que chamava a atenção na seleção holandesa era Robben. Thomas Müller era um garoto e ninguém poderia imaginar que ele seria o artilheiro da competição. Já Forlán vinha de uma boa temporada, mas a própria seleção uruguaia parecia carta fora do baralho. Para 2

2004, um ano bem louco

Não sei dizer exatamente quando é que começou. Talvez a Copa de 2002 tenha sido um aviso. Por mais que as duas seleções mais vitoriosas da história, Brasil e Alemanha, tenham decidido o título, Turquia e Coreia do Sul chegaram as semifinais. Vimos a Coreia eliminar Itália e Espanha, a França cair diante do Senegal, a Argentina naufragar na primeira fase. Uma copa em que a zebra foi o padrão. Talvez tenha sido um aviso, mas nada como o ano de 2004. Esse foi um ano bem louco para o futebol. O grande aviso mesmo aconteceu no dia 7 de abril de 2014. Naquele dia, o La Coruña meteu 4x0 no Milan e se classificou para a semifinal da Champions League. Um resultado bem improvável, uma vez que o time espanhol começava a entrar numa fase de declínio e o Milan ainda era uma das maiores potências europeias, os atuais campeões do torneio. Ainda mais improvável, porque o Milan havia dado um baile no jogo de ida, vencendo por 4x1, em grande atuação de Kaká. Ainda mais improvável, porque o Deportivo f

Sonhos e a vida real

Fui sair da garagem da minha casa, dei uma ré muito forte e bati na parede. Era um sonho. Fui no centro da cidade, em algum lugar do centro da cidade de noite e estacionei meu carro na rua. Na volta deste lugar, meu carro não estava mais lá. Precisei ligar para o seguro. Era um sonho. Estava na Avenida Fernando Correa, próximo a rotatória do 9º Bec. Vários carros pararam abruptamente no semáforo e eu bati na traseira do último deles, com tudo. Era um sonho. Três sonhos sonhados em um período de uma semana, no máximo. Estava entrando no estacionamento do meu trabalho. Uma mulher deu ré sem olhar se vinha algum carro e o carro da minha frente freou. Não consegui frear e bati. Era a vida real e aconteceu na última terça-feira. Estava vindo para o trabalho e, ao passar por uma rotatória, vi uma moto na preferencial e freei. O taxista que vinha atrás de mim, não. Ele bateu. Novamente a vida real e aconteceu hoje, nesta quinta-feira. Duas situações, ocorridas duas semanas depois