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Mostrando postagens de julho, 2015

O Pan para quem merece

Os jogos Pan Americanos não são uma grande competição mundial. Por mais que por vezes a mídia tente dizer o contrário, o torneio reúne pouquíssimos atletas de nível mundial. Os Estados Unidos enviam poucos grandes atletas, o Canadá caprichou nesta edição por estar disputando em casa, Cuba envia seus principais atletas mas está em um momento decadente. Sobre o Brasil com vários dos seus melhores atletas contra outros países inexpressivos. A imprensa parece que já está aprendendo a colocar o Pan em seu devido lugar, apesar de ainda dar um destaque maior do que o esperado para a competição. Os cartolas não. Comemoram as 40 e tantas medalhas como o símbolo do Brasil Olímpico, por mais que tenhamos apenas meia dúzia de esportes que realizem um bom trabalho, ou pelo menos um trabalho na formação de atletas - poderia ser tema de outro post. Mas, pouco importa o que dizem os cartolas. O Pan vale pelos atletas. Tantos ali que vivem sua vida por isso, sem nenhuma grande remuneração financeir

Bianchi

Quase uma semana depois ainda é difícil acreditar. Ainda não caiu a ficha que a lista de acidentes fatais da Fórmula 1, inalterada nos últimos 20 anos, ganhou mais um nome: Jules Bianchi. Nos meus 28 anos eu só havia presenciado dois acidentes fatais, em dois dias seguidos de 1994, época em que a Fórmula 1 já completava uma década sem mortes e parecia infalível. Mas tanto Ratzenberger, quanto Senna, morreram poucas horas após o acidente. Já li sobre e já vi vários dos acidentes fatais da Fórmula 1. Difícil não se chocar com Lorenzo Bandini se estatelando em chamas no cais do Mônaco, Gilles Villeneuve voando contra as grades, amarrado em sua cadeira, Roger Williamson queimando até a morte diante da passividade dos fiscais, ou Tom Pryce estraçalhando um fiscal e arrebentando a cabeça em seu extintor de incêndio. Em todos os casos, as mortes na competição são praticamente instantâneas. Bandini demorou dois dias, Ronnie Peterson também, até um fragmento de osso entrar em sua corrente s

Novas palavras

Ali na avenida do bairro. Surgiu um muro pintado em cores claras, acompanhado de um desenho diferente, um desenho marcante mas que não ficou gravado na minha cabeça. Olhei aquele muro azul, azul da cor da bandeira de Bahamas. Tive a impressão de que era a primeira vez que aquele muro estava pintado daquele jeito, que até então ele sempre foi cinza da cor do cimento. Mas, não tive certeza. Uma esquina depois estava lá a pichação, com uma hashtag que dimensionava o amor diante da culinária. Tive certeza que aquela pichação era nova. Passo por aquele muro todo dia e era impossível que essas palavras já estivessem ali. Comecei a ver os anúncios dos mais variados serviços espalhados em muros, postes e portões pelo caminho e estava convicto que todos surgiram nesse dia. Estávamos no dia 16 de julho, eu completava 28 anos e até o dia anterior o mundo não tinha tantas palavras impressas e expressa por aí. Era um novo mundo.

Os Segredos de uma Geração

Ontem a seleção chilena ganhou o primeiro título de sua história, ao bater a Argentina nos pênaltis, na final da Copa América. Um título que coroa àquela que é apontada por muitos como a maior geração chilena da história. De fato, é difícil discordar. Esse time do Chile não tem uma dupla de ataque antológica, como Marcelo Salas e Ivan Zamorano, mas tem um punhado de bons jogadores, com algum destaque em suas equipes. De fato, uma geração. Acho curioso perceber essa noção de geração no futebol. Existem muitos países que conseguem, repentinamente, encontrar uma geração brilhante. Seria preciso se aprofundar para descobrir as razões. Do time chileno que levantou a Copa América, oito jogadores nasceram entre 1986 e 1989. Mais de um terço dos jogadores nascidos em quatro singelos anos. Mais do que isso, os principais jogadores da seleção. Arturo Vidal, coração da equipe é de 1987, assim como Gary Medel, o leão da defesa. Aléxis Sanchez, principal atacante da equipe é de 88, assim