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Mostrando postagens de novembro, 2011

George

Lembro bem do dia da morte de George Harrison por uma série de coisas. Foi no dia em que meu pai comprou um carro novo, um Siena, cor vinho. Era dia do aniversário do meu tio e de uma prima minha. De presente, coincidentemente, meu tio ganhou o livro Anthology dos Beatles. Lembro-me de ficar olhando o livro, eu, que na época estava começando a escutar Beatles e passava a tarde escutando o Abbey Road. Na manhã seguinte, os telejornais amanheceram com a notícia de sua morte. O Beatle tímido, que no começo cantava as músicas compostas por outros. Something, a música predileta de Frank Sinatra. E vários vídeos que terminavam com Here Comes the Sun ou My Sweet Lord. As duas músicas que George fez em Abbey Road realmente marcaram sua carreira. Mas ele fez muito mais. Compôs grandes canções, como I Need You, Taxman, While My Guitar Gently Weeps. Teve suas viagens espirituais que o aproximaram da música indiana. Teve uma carreira solo discreta, mas competente. Seu último disco lançado em vida

Super Ézio

Escrevo essas pobres linhas com atraso, mas o motivo as tornam justificáveis. Estava em Vila Rica quando li a notícia. O Super Ézio havia morrido. Ézio podia ser apenas um jogador obscuro, um artilheiro de épocas remotas fadadas ao esquecimento para os outros. Mas, o Super Ézio foi o meu improvável primeiro ídolo futebolístico. Filho de um torcedor do Fluminense, sempre carreguei uma simpatia pelo time. E antes de me definir como são-paulino, torcia por São Paulo e Fluminense do mesmo jeito. E o primeiro jogo de futebol do qual tenho lembranças plenas de estar assistindo é a final do campeonato carioca de 1991, vencida pelo Flamengo por 4x2. Se eu não me engano, Ézio marcou os dois gols. Ézio era o símbolo de uma época de fracassos seguidos. O Fluminense não conquistava títulos, conquistava vitórias medíocres contra o Olaria, empates com o São Cristóvão e Itaperuna. Tenho a impressão de que Ézio marcava todos os gols do Fluminense nesses jogos. Ok, não todos, mas uma boa parte. Na minh

Abandono

E vez por outra esse blog fica abandonado. Sinto até um remorso, mas o que posso fazer? Minha intenção nunca foi ter compromisso aqui. Já escrevo tanto em outro blog, no trabalho. Aqui só escrevo quando tenho inspiração. Algo raro nos últimos tempos.

Canetas BIC

Canetas BIC tem um quê de mistério, diria Djavan. São objetos que não tem dono. Canetas podem sumir e reaparecer naturalmente. Serem trocadas, tais quais crianças em um berçário, sem que ninguém perceba. Se há uma caneta BIC no ambiente, você é o dono dela. Seu vizinho também. Inclusive da que você pagou. Canetas BIC são um símbolo da produção em massa de um objeto simples e barato. Quantas existem no mundo? Com certeza já superaram a marca de 7 bilhões há tempos. Todas são feitas de maneira igual, teoricamente. Mas uma caneta BIC nunca é igual a outra. Em algumas, o refil de tinta seca com o tempo. Em outra, ele parece intocável até o momento em que ele acaba te deixando na mão sem aviso prévio. Existem canetas azuis que são quase pretas. Outras que beiram o roxo. Outras que são azuis. Existem aquelas que deslizam pelo papel, simulando um ambiente perfeito, sem atrito. Existem aquela que travam uma guerra com a folha, que parecem um estilete desafiado. Talvez, canetas BIC sejam o espe

Andei Escutando (27)

Aerosmith – Get a Grip (1993): Um disco bem chato, clichê ao extremo. Parece que o Aerosmith gravou uma dezena de canções chatíssima para completar um álbum que conta com alguns hits radiofônicos. Aliás, alguns desses hits são bem chatos também. Melhores: Crazy e Cryin ’. Aimee Mann – I’m With Stupid (1995): O disco abre com um “you’ve fucked it up”. Bem passional. Melhores: Ray e Long Shot . Elvis Costello – My aim is true (1977): É inegável. Elvis Costello tem uma grande vocação para ser corno. Mas, mesmo chifrudas, algumas canções são excelentes. Melhores: (aaaaaaaaaaa) Alison e Less than zero . Jefferson Airplane – Surrealistic Pillow (1967): Desses discos com a cara dos anos 60, para o bem e para o mal. Melhores: She Has Funny Cars e Today . Love – Four Sail (1969): É o segundo melhor disco do Love, atrás apenas do excepcional Forever Changes. A saída de Brian McLean parece ter tirado um pouco do experimentalismo, mas Athur Lee ainda estava bem inspirado. Melhores: You