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Mostrando postagens de setembro, 2022

Federer

Uma das primeiras impressões que eu tive de Roger Federer é que ele era um babaca. Cabelinho comprido, uma cara que nunca era de felicidade, nem de tristeza. Ele enfrentava Flávio Saretta pela primeira rodada do Australian Open em 2003 e em determinado momento mandou a bola no peito do brasileiro. Aquilo era muito babaca. Àquela altura, Roger Federer era um desses jogadores que estava para acontecer. Talentoso, jovem, já era Top 10, mas não tinha feito nada de especial no tênis. Duas quartas de final em um Slam em 2001 em 2002 nem isso. Nesse mesmo Australian Open, após superar Saretta, ele passaria por dois tenistas desconhecidos antes de ser eliminado por David Nalbandian na quarta rodada. Àquela altura, Roger Federer parecia léguas atrás de seus contemporâneos, Hewitt, Safin e Ferrero (sim, ele é contemporâneo desses três). Talvez pudesse ganhar alguns torneios, talvez ficasse nesse eterno meio de tabela de ranking. Poderia ser um Fernando González, um Xavier Malisse, um MIkhail You

Reta final das pesquisas eleitorais em outros anos

Faltando pouco menos de um mês para as eleições presidenciais, Lula segue na liderança das pesquisas mantendo uma vantagem que varia entre 8 e 13 pontos sobre Jair Bolsonaro. Parece que o jogo está amarrado e caminhando para a prorrogação, mas não custa buscar no passado possíveis respostas para o que pode acontecer. Afinal, o que diziam as pesquisas eleitorais há mais ou menos um mês da disputa em anos anteriores? Vamos aos números do Datafolha. Em 1994 a eleição se resumiu a uma disputa entre Fernando Henrique Cardoso e Lula, com o naufrágio das candidaturas de Orestes Quércia, Espiridião Amim e Leonel Brizola. Em 30 de agosto de 1994, o cenário era o seguinte: - FHC com 53,6% - terminou com 54,2%. - Lula com 27,4%, terminou com 27%. Ou seja, no último mês de disputa nada demais aconteceu e os candidatos mantiveram seus votos. Neste ano, Lula começou a disputa eleitoral na frente, mas FHC começou a virar o jogo no começo de julho e já em agosto aparecia com uma vantagem que não perde

Serena

Uma simples imagem de Serena Williams disputando uma final em Wimbledon representa mais do que qualquer palavra a sua importância para o tênis. Serena sempre foi uma força da natureza. Um clichê esportivo tão repetido, mas que não deixa de ser uma verdade. Seu tênis vinha do mesmo lugar de onde vêm o vento, a chuva e o sol. Seu tênis soprava pela quadra e varria as adversárias. Sua força sempre de destacou e durante muito tempo foi alvo de críticas racistas, como se suas qualidades fossem uma injustiça perante as oponentes, que ela geralmente engolia sem piedade. Quantas, diante dela, não pareciam apenas crianças perdidas procurando o colo da mãe. Era força, mas era técnica, era confiança. A autoconfiança de Serena muitas vezes foi vista como arrogância, mas não deixa de ser uma maneira de se afirmar em um ambiente muitas vezes hostil. Ao anunciar sua aposentadoria após o US Open, o mito se desfez e surgiu o ser humano. Um corpo que também se cansa e que um dia não consegue mais fazer