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Mostrando postagens de setembro, 2011

Todo o amor do Wilco

Aos poucos, o Wilco se transformou numa banda incapaz de lançar um disco ruim. O problema, é que nos últimos dois discos a banda caminhava por um caminho fácil, de músicas boas e simples, sem nenhuma inspiração extra. Longe dos tempos de Yankee Hotel Foxtrot, disco excepcional, perturbado, talvez fruto das enxaquecas de Jeff Tweedy. The Whole Love vem mudar isso. O disco ainda é cheio de canções fáceis que não dizem nada demais. Mas a banda volta a soar muito inspirada. Dá para perceber logo no começo. Art of Almost é um épico de sete minutos, que começa difícil e aos poucos se transforma numa grande canção, com um final épico. Sunloathe é melancólica ao extremo, Dawned on Me e Born Alone tem refrões épicos, que remetem ao Power Pop. A impressão é que o Wilco conseguiu juntar o que de melhor fez na carreira neste disco, um álbum que abraça todos os seus estilos. O country, o experimental, o pop, o folk e faz renascer a chama do Wilco enquanto uma grande banda, capaz de surpreender.

Vence na vida quem diz sim (?)

E baixei o disco "Chico Canta" de 1974. Olho os nomes das músicas "Cala a Boca Bárbara", "Tire as mãos de mim", "vence na vida quem diz sim". Nome que chama a atenção. Começo a imaginar qual seja a letra que conclua, que se encaixe neste título sonoro. Mas é uma música instrumental. Me intriga como alguém escolhe o nome de uma música instrumental. Tirando os fáceis "prólogo", "introdução", "interlúdio". Como a partir de um conjunto de acordes alguém resolve "isso tem cara de vence na vida quem diz sim". Será que houve um dia uma letra? Apagada por incompetência, escolha pessoal? Porque vence na vida quem diz sim? (Nota posterior: a letra dessa canção foi censurada na época da ditadura militar. Agora tudo faz sentido em minha vida).

Planeta dos Macacos, a Origem

Poderia ser um bom filme, que discutisse a ética médica na pesquisa com animais. É certo pegar os animais como cobaias? Quais os limites das pesquisas científicas? Mas, no geral, qualquer discussão fica abaixo de um monte de macacos pulando. Atualização posterior: sem contar que já deve estar pronto um roteiro para "Como os macacos dominaram o mundo".

O 11

Me estranha ver hoje, passados 10 anos dos ataques terroristas de 11 de setembro, como algumas pessoas reagem friamente ao fato. Claro que é de se pensar em tudo o que veio depois. Nas chamadas guerras contra o terror, nas muitas mais mortes que vieram em solo iraquiano e afegão. É claro que é de se condenar a postura americana nesses casos. Mas penso naquele dia. Típico dia em que todo mundo se lembra o que fazia. Sempre lembro de ter chegado em casa, vindo a pé do colégio, ter pego um copo de Guaraná Light e ligado a TV, na espera do Globo Esporte. Mas, vi a cena das pessoas se jogando do alto do prédio em chamas. Foi um dia em que era difícil entender o que estava acontecendo. A cena é forte, o avião se chocando contra uma prédio, a explosão. É provável que a repetição da cena tenha banalizado o impacto. Dez anos depois, é de se entender a emoção daqueles que sofreram naquele dia.

16 anos depois

Acompanho basquete com freqüência desde o mundial de 2002. Tempo em que já vi grandes jogos, como a final do Mundial em 2002, a vitória da Argentina sobre os EUA em 2004, a final Olímpica de 2008, Sérvia x Turquia no ano passado. A seleção brasileira não esteve em nenhum destes grandes jogos. Seria injusto dizer que o Brasil não fez bons jogos. Mas, no geral, ganhou uma dezena de jogos em competições de menor importância e falhou nos momentos decisivos. As participações em pré-olímpicos foram desastrosas, os jogos nos Mundiais apagados. Sobraram medalhas em Pan-Americanos. Para piorar, as estrelas da NBA nunca estavam dispostas a ajudar. E Leandrinho, que poderia ser o jogador diferencial, sempre decepcionava nos momentos decisivos. A entrada de Moncho Monsalve em 2007 melhorou um pouco o time. A seleção passou a ter um trabalho defensivo mais forte, o espanhol separou aqueles que tinham condições de jogar e o Brasil conseguiu um título na Copa América de 2009 com muita raça. Mas a che

Andei Escutando (25)

Aimee Mann – Bachelor no. 2 (2000): Disco de melodias agradáveis. Melhores: Save Me e Deathly . Donovan – What’s Bin Did and What’s Bin Hid (1965): No seu disco de estréia, Donovan tenta ser igual Bob Dylan. Chega até a cantar anasalado. Pena em que em 65, nem Dylan parecia mais com ele próprio. Melhores: Catch the Wind e Ramblin’ Boy . Galaxie 500 – On Fire (1989): As duas músicas iniciais são um choque. Guitarras repetitivas, gritinhos agudos. Se você conseguir sobreviver, até perceberá algumas boas canções. A melhor do disco é o cover de George Harrison. O que deve dizer algo sobre as composições próprias da banda. Melhores: Isn’t It a Pity e Strange . George Harrison – Extra Texture (1975): Imagino que já disse isso em outra oportunidade. Não importa a época, George sempre faz grandes músicas quando sua guitarra chora gentilmente. Melhores: The Answer’s at the End e Tired of Midnight Blues . Josh Rouse – Dressed Up Like Nebraska (1998) : Disco padrão médio