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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

By The Way, 14 anos depois

Quando foi lançado em 2002, By The Way deu sequência ao sucesso que o Red Hot Chili Peppers havia conquistado com seu lançamento anterior, Californication . Deu início também a um processo de decadência da banda que, digamos, amadureceu, e foi se afastando de suas raízes no funk rock, funk metal, ou seja lá o que for. Lembro bem de quando a música By The Way  foi lançada, com seu clipe bizarro na MTV. Era o melhor do RHCP. Baixo frenético, vocais acelerados, refrão melódico. A faixa título foi seguida por outros dois singles muito bons, The Zephyr Song - uma balada romântica embalada por um clipe lindo e caleidoscópico - e Can't Stop , outro funk rock com refrão grudento. Mas nem tudo era perfeito e o resto do disco me pareceu bem ruim na época. Lembro de escutá-lo no Terra Rádio, talvez na Usina do Som, numa época em que o streaming parecia uma solução paliativa ao poder da MP3, tanto que os principais sites de streaming faliram logo depois e, estranhamente, uns dez anos depo

Tia Iraci

Leio o noticiário e vejo que um acidente vitimou três pessoas na BR-364, uma das rodovias mais perigosas do Brasil, na altura da cidade de Jaciara. Entre as vítimas estava uma pessoa chamada Iraci Romagnolli. Seu nome poderia não me dizer nada, mais sua foto não me deixaria não saber quem era. Tia Iraci, minha professora de pré-escola, minha primeira professora no colégio Patronato Santo Antônio. Tia Iraci com seu jeito tranquilo, seus cabelos loiros e seu fusca vermelho me ensinou, lá em 1993, quando é que o M ou o N deveriam ser usados antes de outras consoantes. Contou longas histórias sobre cada uma das letras do alfabeto e o que elas faziam, como elas deveriam ser usadas. Me colocou para fazer caligrafia, mas não adiantou muita coisa. Fiz parte da primeira turma de Pré-Escola do Patronato Santo Antônio e quando eu deixei o colégio em 2004, ela ainda estava trilhando os alunos nos primeiros caminhos da vida escolar. Pelo o que vi no noticiário, ela continuava trabalhando por

Não deve ser fácil ser Andy Murray

Ali está Andy Murray. É um grande tenista, não um tenista perfeito, mas um dos melhores que já vimos nos últimos anos. Se defende muito bem, tem um jogo de fundo quadra muito bom, bate muito bem de esquerda e ainda tem qualidade para subir na rede. O principal problema de Andy Murray é sua cabeça, que muitas vezes viaja além da conta. Nos jogos do escocês, suas reações, lutando contra seus demônios internos, muitas vezes são uma atração a parte. Andy Murray conquistou dois títulos de Grand Slam na carreira. É um bom número, mas talvez seja pouco para alguém com o talento que ele tem. Andy Murray deve se atormentar ainda mais, lamentando ter nascido em 1987 e por ser obrigado a jogar com adversários que fazem parte de uma espécie de Segunda Era Dourada do tênis. Assim como no início dos anos 80 o esporte foi dominado por Bjorn Borg, John McEnroe e Jimmy Connors, o tênis desde a metade da década passada foi dominado por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, nessa ordem. Murra