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Mostrando postagens de maio, 2017

Alternativas temerárias

Diante da atual situação de instabilidade política e todas as alternativas para o futuro do país, tenho que dizer que praticamente todas elas me assustam. A primeira alternativa seria a manutenção de Michel Temer no poder. Não é preciso dizer o quanto isso seria ruim e como a permanência do atual presidente no poder é imoral. Temer chegou ao poder por linhas tortas, está tentando implantar uma série de reformas que não receberam chancela popular nas urnas e não tem integridade moral para exercer o cargo. Todos os indícios demonstram que ele navega muito bem pelos mares de lama de corrupção e que sua presença no Palácio do Planalto é uma vergonha. A alternativa constitucional caso se arrume alguma maneira de desalojar Temer do poder, é a convocação de eleições indiretas. Sim, não há como não ter medo da escolha que um Congresso amedrontado e acuado e ainda envolvido em denúncias de corrupção iria tomar. O atual presidente da casa, Rodrigo Maia, surgiria como um dos favoritos e, cara

Desimportância de tudo

Sempre que alguma dessas correntes se populariza no Facebook e acaba sendo compartilhada por milhares de pessoas, surge uma espécie de contracorrente, com outros cidadãos incomodados com aquela situação e que acabam por questionar a importância de sua divulgação. Lembro que isso aconteceu bem recentemente com a de verdades e mentiras ("nossa, eu realmente queria saber isso sobre a vida de vocês), mas o fenômeno também foi registrado em tantos testes de Facebook, no "Diferentona", no "Esse é fulano". Sim, é praticamente irresistível falar mal de algo com o qual nos importamos, inclusive porque, a amargura e a ironia são fatores que geram likes no Facebook e é aí que eu quero chegar, o que importa no Facebook são apenas os likes, porque absolutamente nada no Facebook é importante para a vida de ninguém. Tudo bem, posso exagerar um pouco. Jogando pra cima, uns 5% de tudo o que é produzido na rede social pode ter alguma relevância para a vida de algumas pessoas.

Amortização

A impressão que eu tenho disso tudo é que ficamos tão amortecidos com a vida, em geral, que nada mais é capaz de nos impressionar. Vale inclusive para o presidente da República, que depois de ter um áudio vazado em que ele escuta uma pessoa explanando sobre tentativas de corromper o judiciário e indica uma pessoa para tratar com o interlocutor, e essa pessoa indicada recebe alguns milhares de reais em dinheiro vivo, enfim, depois disso tudo o presidente fica aliviado com o conteúdo da gravação. Vai saber o que é que ele temia que pudesse estar em um áudio desse tipo. Vejo nos Estados Unidos a polêmica que foi criada quando uma Secretária de Estado utilizou um e-mail pessoal para falar de assuntos de trabalho, situação que provocou desgaste em sua imagem pública e ajudou a eleger Donald Trump, que agora passa por uma crise por ter vazado informações confidenciais para um diplomata russo. Lembro da Coreia do Sul, que recentemente viu o impeachment da sua presidente, por conta de uma

Tortura são-paulina

Houve um tempo em que o São Paulo era a pátria do virtuosismo inútil. No período da virada do século montamos algumas equipes com futebol vistoso, mas que conseguiram poucos resultados expressivos. Lembro-me da avassaladora dupla Dodô e Aristizábal, vice-campeã paulista em 97, o time de Denílson e França, campeão paulista de 98, mas que sucumbiu no segundo semestre. O time campeão paulista e vice da Copa do Brasil de 2000 teve momentos encantadores. Mesmo a equipe da reta final do Brasileirão de 2001 brilhou em alguns momentos. O ápice desde estilo sem dúvida foi em 2002: sete vitórias por goleada no Rio-São Paulo, dez vitórias consecutivas no Brasileirão, mas fraquejando diante dos rivais, nenhum título no ano. Depois de repetir a rotina no campeonato paulista de 2003, as coisas mudaram. Com Rojas no comando, o São Paulo passou a se transformar na pátria do pragmatismo convicente, sofrendo contra todos e conseguindo resultados necessários para voltar à Libertadores após 10 anos.