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Mostrando postagens de novembro, 2009

As coisas rodam na internet

Esses dias recebi um e-mail de uma conhecida minha. Certamente você já leu esse e-mail algum dia na sua vida. E dependendo do seu estado de espírito, até riu ou quiçá se emocionou. É aquele e-mail das coisas da faculdade. Você conhece. Fala de como são as coisas da faculdade. Você provavelmente leu ele antes de entrar ou quando saiu de lá. Pois é. A primeira vez que eu vi esse texto, não foi por e-mail. A diretora do colégio em que eu estudava, leu ele, no final do ano, perto do vestibular. Na época eu devo ter rido, e achado engraçado a perspectiva de uma nova vida. Resolvi procurar no meu e-mail (já que eu não costumo a apagar e-mails) em que outras oportunidades ele me foi enviado. Percebi que recebi esse e-mail no dia 19 de julho de 2005. A essa altura eu estava no fim do primeiro semestre e já devia pensar "ah, nem é verdade". Voltei a receber o e-mail em uma semana depois. Depois no começo de 2006 e em julho de 2006. Depois em janeiro de 2008. E finalmente recebi novame

Andei Escutando (4)

Big Star – Keep an eye on the Sky (2009): Durante algum tempo ensaiei um texto sobre essa coletânea/antologia da maior banda desconhecida da história. Acabei desistindo por enquanto. Vale então a citação. Reúne algumas das melhores faixas da banda com versões alternadas, demos e um cd ao vivo. Indispensável. Melhores: Blue Moon (demo) e Hot Burrito #2. Black Rebel Motorcycle Club – Live (2009): O primeiro disco ao vivo oficial da maior banda desconhecida da atualidade. A gravação é meio precária. Alguns bootlegs espalhados pela net são mais interessantes. De qualquer forma, vale o registro. Melhores: Dirty Old Town (cover dos Pogues) e Mercy. Queens of the Stone Age – Lullabies to Paralyze (2005): Até a faixa oito tinha tudo para competir pelo posto de melhor disco do Qotsa. Depois disso o disco cai um pouco e fica arrastado demais. No resto, o de sempre. Canções nebulosas, hard rock tocado em um deserto. Mas Nick Olivieri fez falta. Melhores: Everybody knows that you’re insane e Lo

Tempos de Vestibular

As épocas, ou, o dia do vestibular poderiam ser divertidos, no sentido nostálgico da diversão. Os professores de cursinho reunindo os vestibulandos na hora da entrada: "É isso ai galera. Agora é manter a calma e a tranqüilidade. O tempo é suficiente, prestem atenção em todas as questões e se tudo der certo, o trabalho desse ano vai dar resultado agora". Muitas pessoas se preparavam para o vestibular como uma guerra. Estudavam por horas, pensavam em estratégias. E os professores sempre diziam sobre as fórmulas perfeitas para ser aprovado. A verdade é que não existe fórmula. Cada pessoa precisa se adaptar da melhor maneira. Há quem precise estudar por horas, há quem renda melhor sem estudar. É possível começar as provas pelas questões mais difíceis. Assim como pelas mais fáceis. Cada um é cada um, óbvio. Mas há a questão da pressão. Existem professores, pais, que realmente pressionam os melhores alunos. E claro, as vezes é impossível suportar a pressão. Bem, é complicado. É uma

Top 8 – Albuns Duplos

Álbuns duplos seriam o máximo da criatividade de um artista. Momento em que ele se tranca no estúdio e cria o maior número de canções que conseguir. O resultado dificilmente é regular ou coerente, mas rende bons resultados. O auge desse tipo de trabalho foi no final dos anos 60 e começo dos anos 70, quando os músicos passaram a explorar bastante o tempo no estúdio e as novas tecnologias. Com o advento do CD esses discos saíram de moda. Entre outras coisas, pela duração. Discos de vinil continham no máximo algo próximo aos 48 minutos. Portanto, qualquer trabalho com mais de uma hora de duração teria que ser lançado em um disco duplo. Já os CDs, comportam 80 minutos de música. De forma que um CD duplo nos tempos atuais seria cansativo. A lista abaixa é baseada apenas com meus critérios pessoais e no que eu gosto. E 8, porque eu acho o 8 um número simpático e que foge da obviedade de um top 10. 8 Wilco – Being There (1996) : O segundo disco do Wilco mostrava a banda expandindo seus horizo

Ruas e avenidas

Estudar história regional é conhecer os nomes das avenidas da sua cidade. Ou os parentes das avenidas. E saber que todas essas avenidas um dia já foram conspiradores, traidores, ambiciosos e assassinos.

Textos antigos

*crônica para uma aula de Gêneros do Jornalismo. Já passei muitas vezes por essas ruas que ficam próximas a minha casa. Já percorri por elas, metros suficientes para atravessar o Brasil. Sei quase todos os seus detalhes. O buraco próximo à entrada da agência dos Correios, de onde os carros desviam. Uma casa com um muro alto, cercas e envolta em eucaliptos. Com um portão que está sempre fechado, logo em frente ao campo de futebol onde quando os meninos não jogam bola, as vacas pastam e aparam o gramado. O posto da Previdência Social, que agora está em reforma, apesar de não se ver nenhum sinal de que algo esteja mudando. O mato cresce em volta das paredes brancas com o rodapé azul. O vendedor, que levava seus salgadinhos dentro de um isopor perdeu toda sua freguesia, que ficava na fila do posto. Isso logo depois que ele havia expandido seu comércio e já vendia até DVDs piratas da Banda Calypso. Já o homem que vende caldo de cana ainda tem alguns clientes. Seu público alvo não era quem e

Tênis pendurados

Estava parado no trânsito, no semáforo antes da rotatória do meu bairro. Olho para cima e vejo, um par de tênis pendurados nos fios de alta tensão. Quase que exatamente na metade da distância entre os dois postes. Como é que esses tênis foram parar lá? É praticamente impossível que alguém tenha subido em um poste e jogado os tênis lá. Não havia como alguém chegar por cima. Alguém amarrou os cadarços e ficou jogando até acertar. Quais são as chances de conseguir esse acerto? Quanto tempo foi necessário? E, porque alguém iria querer jogar aqueles tênis ali?