Pular para o conteúdo principal

3 constatações do fim de ano

1) Estava vendo o show do The Who, live at Isle of Wight na TV. A grande dimensão de importância que o The Who tem, é graças aos seus shows. Eles têm músicas clássicas como My Generation, Substitute e The Seeker. Discos ótimos como o Who Sell Out. Mas é ao vivo, que a virtuose, o barulho infernal e energia que a banda proporciona (principalmente o monstruoso Keith Moon) concedem a banda o status de lenda. Conheça o The Who ao vivo e você terá mais chances de gostar.

2) Escutei, após algum tempo, o disco 4 dos Los Hermanos. Minha impressão sempre foi a de ser um disco chato, em que talvez metade se salvava. De fato, as músicas do Amarante são boas, ou tem uma boa média. Primeiro Andar, Condicional e O Vento são muito boas. Agora o Camelo fez pouca coisa. Dois Barcos tem uma parte bonitinha, Horizonte Distante tem um ritmo interessante e os teclados de Pois é são bons. Mas sua insistência em fazer rimas com Morena e soar como o lado mais chato de Caetano Veloso tornam o disco insuportável. E o pior é que o disco solo dele conseguiria ser ainda pior.

3) Sou péssimo fisionomista. Aliás, tenho facilidade em reconhecer rostos de pessoas que vi poucas vezes até. Mas eu não sei descrever o rosto de uma pessoa. Leio reportagens em que as pessoas dizem "rosto fino", "ombros largos", "olhos espaçados", ou "rosto quadrado". Eu não tenho a menor idéia do que é um rosto fino. Se eu precisasse fazer um retrato falado de alguém, estaria perdido.

Comentários

Postagens mais visitadas

1996 (De Novo)

Uma equipe inglesa dominante. Dois pilotos inconstantes brigando pelo título sem empolgar ninguém. O melhor piloto do grid correndo naquele que talvez seja o terceiro melhor carro do grid, mas mesmo assim conseguindo algumas grandes exibições que comprovam o seu status. Você pode imaginar que eu estou falando sobre a atual temporada da Fórmula 1, mas estou aqui descrevendo o ano de 1996. Quase 29 anos depois, assistimos o enredo de repetir, como se fosse um remake de temporada. Vejamos, se agora a McLaren entregou o melhor carro do ano, com folga, em 1996 este equipamento era o da Williams. O mundial é liderado por Oscar Piastri, que tal qual Damon Hill é um piloto constante, capaz de apagões eventuais, mas extremamente insosso. Seus adversários e companheiros era pilotos um pouco mais carismáticos, mas muito mais erráticos e que davam a impressão de não se importarem muito com a competição: Jacques Villeneuve e Lando Norris. (Para ser melhor, só se Piastri e Norris invertessem papéis,...

Em um ritmo diferente

Quando Noel Gallagher deixou o Oasis, decretando o fim da banda, os membros restantes decidiram seguir em frente, deixando muitas dúvidas. Um ano depois eles anunciaram o estranho nome Beady Eye, o que indicava que alguma coisa realmente estava acontecendo. A principal dúvida era: Noel Gallagher sempre foi o líder criativo do Oasis e, por mais que os outros tivessem aumentado e qualificado sua participação nos últimos anos, Noel ainda era o responsável pelas melhores músicas da banda. Os outros quatro conseguiriam seguir em frente? Ou se perderiam? De certa forma a resposta para as duas perguntas é afirmativa. O disco de estréia o Beady Eye, Different Gear, Still Speeding é cheio de altos e baixos, carente de uma produção melhor. Faltou alguém para conter alguns excessos. O guitarrista Andy Bell é o único que tem experiência em liderar alguma banda relevante, no caso o Ride no começo dos anos 90. E ele se destaca em relação aos demais. Suas composições têm as melhores letras do grupo, ...

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.