Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (5,5)

Buffalo Springfield Again (1967): Foi uma banda de folk-rock que lançou Neil Young e Stephen Stills ao mundo da música e durou apenas 25 meses. O destaque do disco são as harmonias vocais, as guitarras e os experimentos psicodélicos, típicos de todas as bandas que viveram o ano de 1967.
Melhores: Hung Upside Down e A Child's Claim to Fame.
Emitt Rhodes (1970): Rhodes foi um artista que gravou discos no começo dos anos 70, antes de ter sua carreira afundada por questões contratuais. Ele grava todos os instrumentos e tudo o que ele faz lembra muito as baladas de Paul McCartney. Existem ecos de Ob-la-di Ob-la-da em Fresh as Daisy e de Honey Pie em outras cinco. Até a voz é bem parecida. Mas o original é bem melhor.
Melhores: Fresh as Daisy e You take the dark out of the night.
Forgotten Boys – Gimme More and More (2003): O segundo disco da banda paulista tem o melhor da banda. Riffs marcantes, bateria marcada e músicas animadas. Os Forgotten Boys são uma das bandas que melhor criam riffs de guitarra hoje, no mundo.
Melhores: No Surprises e Touched the Girl.
George Harrison – Brainwashed (2002): O ultimo e póstumo disco de George Harrison é emocionante principalmente pelo momento em que ele foi lançado. Apesar de as letras não flertarem com a temática da morte, o disco é um canto do cisne. Musicalmente, segue a mesma linha que a carreira solo de Harrison teve desde Living on the material world, de 1973.
Melhores: Never Get Over You e P2 Vatican Blues.
Rufus Wainwright – Want One (2003): Um disco extramamente pretencioso. Músicas simples de repente são rompidas por orquestrações absurdas. Mesmo assim, Rufus mostra talento na construção das músicas e das melodias.
Melhores: Go or Go Ahead e I don't know what it is.
Small Faces II (1967): Algumas faixas simplesmente não funcionam e a voz de Steve Marriot irrita. Em outras, eles acertam e cheio e fazem canções que grudam no ouvido, e te deixam com vontade de cantar o dia inteiro.
Melhores: Get Yourself Together e Things are Going to get better.
The Band – Stage Fright (1970): No terceiro disco da banda, eles estão cada vez mais distante de Bob Dylan, e também da poesia melancólica de Richard Manuel que ia se afundando no alcoolismo. E cada vez mais próximos da música de raiz. Não é melhor que os dois primeiros, mas é um bom disco.
Melhores: Sleeping e The Shape I'm in.
The Black Crowes – Shake Your Money Maker (1990): É como se Jimmy Page tocasse no Creedence Clearwater Revival. O rock caipira com riffs fortes, solos marcantes e belas baladas também. A banda sabe bem usar os corais.
Melhores: Jealous Again e Seeing Things.
The Greenhornes – Dual Mono (2002): Os Greenhornes devem agradecer a sua participação nos Raconteurs pela audição do seu trabalho. As músicas não são ruins, mas não há um destaque. O som lembra a de bandas mais desconhecidas da época da Invasão Britânica, como Kinks e Yardbirds. Esquecível no geral.
Melhores: The way it's meant to be e Don't come running to me.
The Lemonheads – It's a shame about Ray (1992): O disco é bem regular, cheio de músicas de dois minutos de duração. A bateria é sempre meio parecida e você demora um tempo até reconhecer as músicas pelo nome.
Melhores: Confetti e Rockin' Stroll.
The Yardbirds – Roger the engineer (1966): A mitológica banda que contou com Jimmy Page, Eric Clapton e Jeff Beck em momentos distintos (nesse disco com Beck) fazia um blues-rock britânico. Nos melhores momentos as guitarras funcionam bem e marcam o som. Mas existem os momentos chatos, típicos de um experimentalismo maluco do fim dos anos 60, em que é possível dormir.
Melhores: The Nazz Are Blue e Rack My Mind.

Comentários

Postagens mais visitadas

1996 (De Novo)

Uma equipe inglesa dominante. Dois pilotos inconstantes brigando pelo título sem empolgar ninguém. O melhor piloto do grid correndo naquele que talvez seja o terceiro melhor carro do grid, mas mesmo assim conseguindo algumas grandes exibições que comprovam o seu status. Você pode imaginar que eu estou falando sobre a atual temporada da Fórmula 1, mas estou aqui descrevendo o ano de 1996. Quase 29 anos depois, assistimos o enredo de repetir, como se fosse um remake de temporada. Vejamos, se agora a McLaren entregou o melhor carro do ano, com folga, em 1996 este equipamento era o da Williams. O mundial é liderado por Oscar Piastri, que tal qual Damon Hill é um piloto constante, capaz de apagões eventuais, mas extremamente insosso. Seus adversários e companheiros era pilotos um pouco mais carismáticos, mas muito mais erráticos e que davam a impressão de não se importarem muito com a competição: Jacques Villeneuve e Lando Norris. (Para ser melhor, só se Piastri e Norris invertessem papéis,...

Em um ritmo diferente

Quando Noel Gallagher deixou o Oasis, decretando o fim da banda, os membros restantes decidiram seguir em frente, deixando muitas dúvidas. Um ano depois eles anunciaram o estranho nome Beady Eye, o que indicava que alguma coisa realmente estava acontecendo. A principal dúvida era: Noel Gallagher sempre foi o líder criativo do Oasis e, por mais que os outros tivessem aumentado e qualificado sua participação nos últimos anos, Noel ainda era o responsável pelas melhores músicas da banda. Os outros quatro conseguiriam seguir em frente? Ou se perderiam? De certa forma a resposta para as duas perguntas é afirmativa. O disco de estréia o Beady Eye, Different Gear, Still Speeding é cheio de altos e baixos, carente de uma produção melhor. Faltou alguém para conter alguns excessos. O guitarrista Andy Bell é o único que tem experiência em liderar alguma banda relevante, no caso o Ride no começo dos anos 90. E ele se destaca em relação aos demais. Suas composições têm as melhores letras do grupo, ...

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.