No meio do meu bloqueio em escrever no Word, tentei escrever um texto sobre o filme Toy Story 3, que assisti quase 15 dias atrás. No geral eu odeio escrever sobre cinema, não tenho conhecimento teórico para isso. Mas, achei que eu tinha uma boa idéia. Por isso, comecei a escrever o texto assim.
Achei o começo bom. Mas depois, fiquei sem ter o gancho que o ligasse com o filme, apesar de imaginá-lo em minha cabeça. Tentaria dizer que neste mundo, eu não imagino que as crianças de hoje assistam os desenhos de ontem. Em época de animações realistas e agitadas, na era do 3D que salta aos seus olhos, o que seria Toy Story? Um ultrapassado desenho, que há 15 anos era revolucionário por ser um desenho em 3D. No sentido de que os cenários tinham profundidade. Não era como nos sete anões que os desenhos só iam de um lado para o outro sobre um cenário qualquer. Hoje em dia, não há novidade nisso.
Essa minha percepção de que crianças de hoje não assistiriam Toy Story 3 hoje foi reforçada pelo fato de eu não ter visto crianças na sala em que fui. Várias pessoas que foram, da minha idade, também não as viram.
Eu tinha 8 anos quando vi Toy Story, não no cinema, mas numa fita de vídeo. Não me lembro o que achei, mas devo ter ido brincar com meus bonecos depois. De qualquer forma é um desenho que faz parte da minha geração, de quem tinha 8 anos, ou algo próximo, na época. Não me lembro de ter visto a segunda parte da história.
No meu texto fracassado, eu iria dizer que o grande mérito de Toy Story, mesmo parecendo um desenho fora de época, é que ele continua pertencendo a essa geração. O garoto Andy cresceu, tal qual os seus espectadores. Ele está indo pra faculdade, como muitos de nós e os seus brinquedos estão esquecidos, assim como nossos brinquedos também ficaram. Próximo a viagem ele precisa decidir o que fazer com eles. Jogar fora, doar, guardar no sótão ou levar.
O que se segue a seguir é uma pequena aventura dos brinquedos, que faz com que você se lembre nostalgicamente dos seus.
E o detalhe é o final. Emocionante. Ouvi relatos de pessoas que choraram. E eu entendo.
Além de ter envelhecido com seu público, o mérito de Toy Story 3 é tratar o assunto com sensibilidade. Passagem da infância para a vida adulta nunca é fácil. A série foi bem encerrada. Ou não, quem sabe um Toy Story 4 não seja feito, quando Andy tiver 60 anos.
"Vivemos numa era de imediatismo. Todos os dias somos bombardeados por uma centena de novas notícias, que logo esquecemos. Uma piada feita hoje, sobre um assunto do dia anterior, já é considerada antiga e ultrapassada. “Old” dizem na internet. As pessoas escutam mais música, vêem mais filmes. Coisas novas, baixadas na internet e logo deletadas. Tudo vem para logo ser esquecido.
Em um mundo em que nem as coisas novas são lembradas, imaginem as coisas antigas. Nem tão antigas, mas que com a velocidade do mundo atual parecem ser de antes da descoberta do fogo."
Achei o começo bom. Mas depois, fiquei sem ter o gancho que o ligasse com o filme, apesar de imaginá-lo em minha cabeça. Tentaria dizer que neste mundo, eu não imagino que as crianças de hoje assistam os desenhos de ontem. Em época de animações realistas e agitadas, na era do 3D que salta aos seus olhos, o que seria Toy Story? Um ultrapassado desenho, que há 15 anos era revolucionário por ser um desenho em 3D. No sentido de que os cenários tinham profundidade. Não era como nos sete anões que os desenhos só iam de um lado para o outro sobre um cenário qualquer. Hoje em dia, não há novidade nisso.
Essa minha percepção de que crianças de hoje não assistiriam Toy Story 3 hoje foi reforçada pelo fato de eu não ter visto crianças na sala em que fui. Várias pessoas que foram, da minha idade, também não as viram.
Eu tinha 8 anos quando vi Toy Story, não no cinema, mas numa fita de vídeo. Não me lembro o que achei, mas devo ter ido brincar com meus bonecos depois. De qualquer forma é um desenho que faz parte da minha geração, de quem tinha 8 anos, ou algo próximo, na época. Não me lembro de ter visto a segunda parte da história.
No meu texto fracassado, eu iria dizer que o grande mérito de Toy Story, mesmo parecendo um desenho fora de época, é que ele continua pertencendo a essa geração. O garoto Andy cresceu, tal qual os seus espectadores. Ele está indo pra faculdade, como muitos de nós e os seus brinquedos estão esquecidos, assim como nossos brinquedos também ficaram. Próximo a viagem ele precisa decidir o que fazer com eles. Jogar fora, doar, guardar no sótão ou levar.
O que se segue a seguir é uma pequena aventura dos brinquedos, que faz com que você se lembre nostalgicamente dos seus.
E o detalhe é o final. Emocionante. Ouvi relatos de pessoas que choraram. E eu entendo.
Além de ter envelhecido com seu público, o mérito de Toy Story 3 é tratar o assunto com sensibilidade. Passagem da infância para a vida adulta nunca é fácil. A série foi bem encerrada. Ou não, quem sabe um Toy Story 4 não seja feito, quando Andy tiver 60 anos.
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