Pular para o conteúdo principal

Copa 2014: Oitavas de final, dia 2

Holanda 2x1 México
Jogamos como nunca, perdemos como sempre. Uma piada, uma maldição. Um lema? Quando o México chega até as oitavas de final a frase de gozação sobre o futebol mexicano, parece ser uma sina, um destino. Derrota para a Bulgária nos pênaltis em 1994. Virada relâmpago contra a Alemanha em 1998. Derrota humilhante para os EUA em 2002, após brilhantes campanha na primeira fase. Duas derrotas para a Argentina em 2006 e 2010, quando jogou melhor em vários momentos do jogo. Hoje, contra a Holanda, os mexicanos dominaram o primeiro tempo, abriram o placar no segundo tempo e criaram as melhores oportunidades do jogo. Então veio o medo, veio a maldição. Se fecharam em seu campo e passaram a se defender dos laranjas e do tempo que não passava. Adversários cruéis, que castigaram os mexicanos nos últimos minutos de jogo. Virada relâmpago de uma Holanda traiçoeira, que conta com um Robben genial e que arruma seus gols quando eles parecem que não vão mais vir. Pobres mexicanos.
Melhor jogador: Arjen Robben.

Costa Rica 1x1 Grécia (5x3 nos pênaltis)
Não dava para esperar muita coisa do jogo mais inesperado desse Mundial. As boas vitórias costarriquenhas contra Uruguai e Itália, em ocasiões nas quais os Ticos puderam adotar uma postura reativa e franco-atiradora, criaram uma Costa Rica imaginária, como se o país jogasse um futebol alegre e ofensivo. Pelo contrário. O destaque dos centro-americanos é a sua forte defesa e o talento de três jogadores lá na frente. A Grécia também se destaca por sua defesa e ter a bola é uma espécie de martírio para os gregos. Assim, a Costa Rica procurou mais o jogo, mas não conseguiu criar nada contra uma defesa bem postada e que conhecia os riscos adversários. Após um primeiro tempo pavoroso, os Ticos vieram para decidir o jogo no segundo tempo e abriram o placar com Bryan Ruiz. Os gregos tiveram que partir para cima, na base do coração (grande virtude desse time) e, após uma expulsão adversária, encaixotaram a Costa Rica. O gol veio já nos acréscimos, na base da insistência. A prorrogação foi arrastada, com os costa-riquenhos esperando que ela não demorasse muito e os gregos maltratando a bola. Mesmo assim tiveram as melhores oportunidades da partida e o goleiro Keylor Navas foi o melhor em campo. Navas brilhou nas penalidades, pegando a cobrança que colocou os costarriquenhos nas quartas de final pela primeira vez na história. Um time aguerrido, que já foi longe demais.
Melhor jogador: Keylor Navas.

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...