Eu gosto de fazer riscos em papel. Quando me sinto ansioso, sem concentração, nervoso, triste. Pego um pedaço de papel qualquer que tenho pela frente e começo a fazer riscos. Podem ser retos, levemente circulares, seguirem algum padrão, ou ligarem o nada ao lugar nenhum. Não fazem sentido nenhum e não possuem nenhuma beleza específica. Mas me acalmam. Acabam por ser uma pequena obra expressionista.
A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.
Comentários