O fato é que o brasileiro não aprende. Nem o 7x1 da Alemanha na última Copa foi capaz de abalar a nossa síndrome de Pitbull, de achar que no futebol vamos massacrar todos os adversários pelo fato de sermos o Brasil, o pentacampeão, o hexa é nosso. Para a edição do Mundial da Rússia, foi criada a fábula do Menino Neymar, o nosso salvador que irá trazer a taça prometida. Por mais que traga um carga enorme de zoeira, toda essa narrativa tem seu ponto de verdade. E gera uma enorme pressão em cima do Ney da galera e seu choro no final da partida é um pouco parte disso.
Há por outro lado, o fato de que Neymar não se ajuda. Não dá para der simpatia por ele. Na partida de hoje, ele foi uma peça nula. Desperdiçou uma chance na cara do goleiro, finalizou mal diversas jogadas e na melhor chance da partida preferiu cavar um pênalti ridículo. Isso sem contar as inúmeras bolas perdidas e uma irritação desmedida que poderia ter gerado até um cartão vermelho, se o juiz fosse de campeonato brasileiro. No fim, um gol fácil que gerou uma comemoração marrenta, típica de quem não está com a cabeça no planeta.
O fato é que alguém precisa dar uns tapas na cara do Neymar e mandar ele jogar bola. E, apesar de uma revolta na internet, presenciei dezenas de comentários enaltecendo a sua atuação, "fazendo gol, sofrendo pênalti não marcado, partindo pra cima e demonstrando indignação com a vitória". Neymar ainda fez um desabafo nas redes sociais e foi apoiado pela elite das Celebridades Brasileiras. Isso é tudo o que não é preciso nesse momento. Gente para comprar esse discurso de superação e mimar ainda mais um jogador insolente. É preciso tira Neymar da bolha, inclusive porque esse discurso de calar os críticos não cola. Poucas vezes antes na história o Brasil teve uma preparação para a Copa tão isenta de críticas. Até os mais céticos concordavam que a seleção nacional parecia no caminho certo.
Neymar a parte, o Brasil fez um bom segundo jogo. Douglas Costa entrou bem na vaga do inexpressivo e superestimado William, Roberto Firmino ajudou na pressão final e Coutinho foi novamente bem. A vitória veio no abafa e um empate seria uma tragédia nacional.
***
Jorge Sampaoli é um confesso admirador de Marcelo Bielsa, mas tudo indica que ele antecipou alguns passos e já se igualou ao seu mestre. Hoje os dois são treinadores que colocam seus princípios muito acima da lógica e com forte tendência a criar táticas complicadas para justificar o seu conceito de jogo.
Sampaoli escalou contra a Croácia uma seleção que nunca havia jogado junto, com três zagueiros perdidos, com Mascherano oscilando entre a linha de zaga e o meio de campo, muito espaço pelas laterais e um meio de campo completamente desconexo. Na frente, o time parece acreditar demais no mito do salvador e esperar que Lionel Messi resolva tudo junto. A cara do craque argentino antes do jogo, massageando a testa durante o hino nacional, era a de quem queria estar em casa e sua atuação provavelmente teria sido melhor se ele permanecesse no sofá da sua casa.
Do outro lado, a Croácia se mostra um time encorpado. Tem um meio-de-campo ridiculamente técnico, um dos melhores da competição e Modric está jogando o fino da bola. Mandzukic ainda não marcou gols, mas tem sido muito inteligente e ajudando muito na construção de jogadas. Se o time crescer mais, pode ir bem longe neste torneio sem equipes que se destacam.
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Sérvia e Suíça fizeram um dos confrontos mais interessantes do torneio até aqui. Os sérvios começaram pressionando, com Matic coordenando a forte marcação, Tadic infernizando o lado esquerdo da defesa suíça (cuidado Marcelo) e Mitrovic importunando Schär. O gol saiu cedo e os sérvios continuaram em cima. Então, acho que falou Milinkovic-Savic aparecer melhor do que no primeiro jogo, os suíços equilibraram a ação e foram pra cima.
Criaram duas boas chances ainda no primeiro tempo e o segundo tempo foi inteiro dos alpinos. Xhaka marcou um golaço e Shaqiri infernizou a defesa adversária. Destaque para a boa atuação de Akanji na zaga e também de Zuber no meio de campo. A virada veio no final, com arrancada sensacional do baixinho e a glória albanesa diante dos seus algozes sérvios.
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Ironia da vida: o histórico empate da Islândia contra a Argentina, depois da Argentina se mostrar como está, talvez não tenha sido um resultado assim tão impressionante. Os nórdicos até fizeram uma boa primeira etapa, mas sucumbira no segundo tempo, dominado inteiramente pela Nigéria. Mais do que tática, ocorreu alguma mudança anímica no intervalo e Ahmed Musa definiu a partida com dois golaços. O Grupo D tem tudo para ter a definição mais interessante da última rodada.
Há por outro lado, o fato de que Neymar não se ajuda. Não dá para der simpatia por ele. Na partida de hoje, ele foi uma peça nula. Desperdiçou uma chance na cara do goleiro, finalizou mal diversas jogadas e na melhor chance da partida preferiu cavar um pênalti ridículo. Isso sem contar as inúmeras bolas perdidas e uma irritação desmedida que poderia ter gerado até um cartão vermelho, se o juiz fosse de campeonato brasileiro. No fim, um gol fácil que gerou uma comemoração marrenta, típica de quem não está com a cabeça no planeta.
O fato é que alguém precisa dar uns tapas na cara do Neymar e mandar ele jogar bola. E, apesar de uma revolta na internet, presenciei dezenas de comentários enaltecendo a sua atuação, "fazendo gol, sofrendo pênalti não marcado, partindo pra cima e demonstrando indignação com a vitória". Neymar ainda fez um desabafo nas redes sociais e foi apoiado pela elite das Celebridades Brasileiras. Isso é tudo o que não é preciso nesse momento. Gente para comprar esse discurso de superação e mimar ainda mais um jogador insolente. É preciso tira Neymar da bolha, inclusive porque esse discurso de calar os críticos não cola. Poucas vezes antes na história o Brasil teve uma preparação para a Copa tão isenta de críticas. Até os mais céticos concordavam que a seleção nacional parecia no caminho certo.
Neymar a parte, o Brasil fez um bom segundo jogo. Douglas Costa entrou bem na vaga do inexpressivo e superestimado William, Roberto Firmino ajudou na pressão final e Coutinho foi novamente bem. A vitória veio no abafa e um empate seria uma tragédia nacional.
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Jorge Sampaoli é um confesso admirador de Marcelo Bielsa, mas tudo indica que ele antecipou alguns passos e já se igualou ao seu mestre. Hoje os dois são treinadores que colocam seus princípios muito acima da lógica e com forte tendência a criar táticas complicadas para justificar o seu conceito de jogo.
Sampaoli escalou contra a Croácia uma seleção que nunca havia jogado junto, com três zagueiros perdidos, com Mascherano oscilando entre a linha de zaga e o meio de campo, muito espaço pelas laterais e um meio de campo completamente desconexo. Na frente, o time parece acreditar demais no mito do salvador e esperar que Lionel Messi resolva tudo junto. A cara do craque argentino antes do jogo, massageando a testa durante o hino nacional, era a de quem queria estar em casa e sua atuação provavelmente teria sido melhor se ele permanecesse no sofá da sua casa.
Do outro lado, a Croácia se mostra um time encorpado. Tem um meio-de-campo ridiculamente técnico, um dos melhores da competição e Modric está jogando o fino da bola. Mandzukic ainda não marcou gols, mas tem sido muito inteligente e ajudando muito na construção de jogadas. Se o time crescer mais, pode ir bem longe neste torneio sem equipes que se destacam.
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Sérvia e Suíça fizeram um dos confrontos mais interessantes do torneio até aqui. Os sérvios começaram pressionando, com Matic coordenando a forte marcação, Tadic infernizando o lado esquerdo da defesa suíça (cuidado Marcelo) e Mitrovic importunando Schär. O gol saiu cedo e os sérvios continuaram em cima. Então, acho que falou Milinkovic-Savic aparecer melhor do que no primeiro jogo, os suíços equilibraram a ação e foram pra cima.
Criaram duas boas chances ainda no primeiro tempo e o segundo tempo foi inteiro dos alpinos. Xhaka marcou um golaço e Shaqiri infernizou a defesa adversária. Destaque para a boa atuação de Akanji na zaga e também de Zuber no meio de campo. A virada veio no final, com arrancada sensacional do baixinho e a glória albanesa diante dos seus algozes sérvios.
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Ironia da vida: o histórico empate da Islândia contra a Argentina, depois da Argentina se mostrar como está, talvez não tenha sido um resultado assim tão impressionante. Os nórdicos até fizeram uma boa primeira etapa, mas sucumbira no segundo tempo, dominado inteiramente pela Nigéria. Mais do que tática, ocorreu alguma mudança anímica no intervalo e Ahmed Musa definiu a partida com dois golaços. O Grupo D tem tudo para ter a definição mais interessante da última rodada.
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