Pular para o conteúdo principal

Balanço da Copa 2014: Os Piores

Aqueles que entram para a história pelo ralo. (Assim como na lista dos melhores, escolhi jogadores que tenham participado de pelo menos 3 jogos).

Goleiro: Igor Akinfeev (Rússia) - O goleirão russo conseguiu tomar o grande e talvez único frango dessa Copa, entregando o empate para a Coreia do Sul - em um dia terrível, tomando choques da bola. Depois, Akinfeev ainda saiu mal do gol na jogada que deu o empate e a classificação para a Argélia e a consequente desclassificação russa.
Lateral Direito: Brayan Beckeles (Honduras) - O mais fraco de um time fraco. Uma avenida que teve participação bizarra no único jogo em que os hondurenhos tiveram a chance de ganhar um ponto. Beckeles assistiu a bola passar a sua frente.
Zagueiro pela direita: Geoff Cameron (Estados Unidos) - Eis um exemplo de jogador grosso. Falhou contra Portugal e no geral, as bolas teimavam em bater na sua perna e os espaços insistiam em aparecer nas suas costas.
Zagueiro pela esquerda: Bruno Alves (Portugal) - Pesado e muitas vezes solitário, era um convite as bolas pelo meio.
Lateral esquerdo: Jordi Alba (Espanha) - O lateral esquentadinho não estava lá quando deveria. Pouco atuou e ainda foi fraco na defesa.
Volante 1: Eyong Enoh (Camarões) - Símbolo do futebol atordoado de Camarões. Não marcava, não atacava, o que ele fazia em campo?
Volante 2: Xabi Alonso (Espanha) - Uma triste Copa do espanhol. Marcou de pênalti o primeiro gol espanhol, depois não acertou um passe. Contra o Chile, não acertou nada.
Meia: Claudio Marchisio (Itália) - Jogou uma grande partida na estreia, foi apagado no segundo e no terceiro jogo meteu uma solada no joelho de um adversário. Sua expulsão convidou os uruguaios para o campo de ataque.
Atacante 1: Jordan Ayew (Gana) - Pouco habilidoso, não criava, nem finalizava. Chamou a atenção apenas por seus dotes físicos e balançantes.
Atacante 2: Yoshito Okubo (Japão) - Sabe-se lá porque, foi titular absoluto do Japão, mesmo sendo incapaz de chutar uma bola ao gol. Ineficiente.
Centroavante: Fred (Brasil): Perdido entre zagueiros, não serviu de pivô, não criou jogadas, finalizou mal, não ajudou na recomposição. Um nada.

Os Cinco Piores Jogadores
1 Igor Akinfeev (Rússia)
2 Bryan Beckeles (Honduras)
3 Geoff Cameron (Estados Unidos)
4 Jordi Alba (Espanha)
5 Bruno Alves (Portugal)

Os Cinco Piores Jogos
1) Irã 0x0 Nigéria: Duas equipes que maltrataram a bola em Curitiba.
2) Bélgica 1x0 Rússia: Jogo em primeira marcha até os 40 do primeiro tempo. Foi de dormir.
3) Costa Rica 0x0 Inglaterra: Pouca gente viu esse jogo. Sorte de muita gente.
4) Coreia do Sul 0x1 Bélgica: Outro jogo que a pouca gente que viu teve muito azar.
5) Nigéria 1x0 Bósnia e Herzegovina: Jogo péssimo e com uma arbitragem desastrosa.

Os Cinco Piores Momentos
1) A entrevista coletiva de Parreira e Felipão com a carta da Dona Lúcia.
2) O frango de Akinfeev.
3) Os sete minutos da seleção brasileira contra a Alemanha.
4) A entrada de Matuidi sobre o jogador nigeriano.
5) A cerimônia de abertura.

Decepção:
Brasil? Itália? Espanha? Fico com a Espanha, eliminada na primeira fase. Mais a Inglaterra que não ganhou de ninguém.

Comentários

Postagens mais visitadas

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.

Ziraldo e viagem sentimental por Ilha Grande

Em janeiro de 1995 pela primeira vez eu saí de férias em família. Já havia viajado outras vezes, mas acho que nunca com esse conceito de férias, de viajar de férias. Há uma diferença entre entrar em um avião para ir passar uns dias na casa dos seus tios e pegar o carro e ir para uma praia. Dormir em um hotel. Foi a primeira vez que eu, conscientemente, dormi em um hotel. Contribui para isso o fato de que, com sete anos, eu havia acabado de terminar a primeira série, o ano em que de fato eu virei um estudante. Então, é provável que pela primeira vez eu entendesse o conceito de férias. Entramos em uma Parati cinza e saímos de Cuiabá eu, meus pais, minha prima e minha avó. Ao mesmo tempo em que essas eram as minhas primeiras férias, elas eram também a última viagem da minha avó. A essa altura ela já estava com um câncer no pâncreas e sem muitas perspectivas de longo prazo. Disso eu não sabia na época. Mas ela morreu cerca de um ano depois, no começo de 1996, após muitas passagens pelo hos

Imola 94

Ayrton Senna era meu herói de infância. Uma constatação um tanto banal para um brasileiro nascido no final dos anos 80, todo mundo adorava o Senna, mas eu sentia que era um pouco a mais no meu caso. Eu via todas as corridas, sabia os resultados, o nome dos pilotos e das equipes. No começo de ano comprava revistas com guias para a temporada que iria começar, tinha um macacão e um carrinho de pedal com o qual dava voltas ao redor da casa após cada corrida. Para comemorar as vitórias do Senna ou para fazer justiça com meus pedais as suas derrotas. Acidentes eram parte da diversão de qualquer corrida. No meu mundo de seis anos, eles corriam sem maiores riscos. Pilotos por vezes davam batidas espetaculares, saiam ricocheteando por aí e depois ficava tudo bem. Já fazia 12 anos que ninguém morria em uma corrida. Oito sem ninguém morrer em qualquer tipo de acidente. Os últimos com mais gravidade tinham sido o do Streiff e do Martin Donelly, mas eu nem sabia disso, para dizer a verdade. Não sab