A imagem é famosa e é um dos grandes momentos do esporte brasileiro. Final do revezamento 4x100 nos jogos olímpicos de Sidney em 2000. Claudinei Quirino recebe o bastão na terceira colocação e em uma arrancada fulminante, ultrapassa os cubanos e conquista o segundo lugar para os atletas brasileiros. Na madrugada brasileira eu comemorei. Em uma edição olímpica na qual o Brasil decepcionou, sem nenhuma medalha de ouro, a prata no revezamento foi o grande momento nacional. Confira a emocionante narração.
A arrancada de Quirino simbolizou a conquista. Ele era de fato o principal corredor brasileiro e sua arrancada eclipsou a atuação de André Ribeiro, responsável por colocar o Brasil na briga pela medalha. Eclipsou ainda mais a atuação dos outros dois atletas, Édson Luciano e Vicente Lenílson, o responsável pela partida e que correu a final com uma lesão na virilha.
Minha memória esportiva sempre me fez lembra do nome de Vicente. Encontrei-o neste feriado da proclamação da república, durante uma cerimônia de entrega de medalhas de mérito esportivo. Descobri que ele é casado com uma mato-grossense. Só que mais do que isso ele tem uma medalha olímpica, uma medalha mundial e um título pan-americano no currículo. O atleta potiguar de 36 anos é um dos grandes corredores da história nacional. Mas ninguém o conhecia.
Naquele ambiente ele era um completo estranho. Não tinha o brilho de Robson Caetano ou de Nalbert, outros destaques da cerimônia, medalhistas olímpicos, campeões e que ainda se mantém na mídia como comentaristas de TV. Não fazia parte do grupo de atletas regionais que se conhecem das disputas do passado. Era um peixe fora d'água.
Quando comentei com outros jornalistas que o Vicente Lenílson já estava ali, a resposta foi um sonoro "quem?". Expliquei que era um atleta, medalhista olímpico. Ninguém o conhecia.
Ao longo do dia, ninguém o entrevistou, ninguém o parou para tirar fotos. Enquanto Nalbert e Robson Caetano mal conseguiam andar, Vicente Lenílson aparecia tanto quanto um segurança. Ele merecia o título de esquecido do dia.
A arrancada de Quirino simbolizou a conquista. Ele era de fato o principal corredor brasileiro e sua arrancada eclipsou a atuação de André Ribeiro, responsável por colocar o Brasil na briga pela medalha. Eclipsou ainda mais a atuação dos outros dois atletas, Édson Luciano e Vicente Lenílson, o responsável pela partida e que correu a final com uma lesão na virilha.
Minha memória esportiva sempre me fez lembra do nome de Vicente. Encontrei-o neste feriado da proclamação da república, durante uma cerimônia de entrega de medalhas de mérito esportivo. Descobri que ele é casado com uma mato-grossense. Só que mais do que isso ele tem uma medalha olímpica, uma medalha mundial e um título pan-americano no currículo. O atleta potiguar de 36 anos é um dos grandes corredores da história nacional. Mas ninguém o conhecia.
Naquele ambiente ele era um completo estranho. Não tinha o brilho de Robson Caetano ou de Nalbert, outros destaques da cerimônia, medalhistas olímpicos, campeões e que ainda se mantém na mídia como comentaristas de TV. Não fazia parte do grupo de atletas regionais que se conhecem das disputas do passado. Era um peixe fora d'água.
Quando comentei com outros jornalistas que o Vicente Lenílson já estava ali, a resposta foi um sonoro "quem?". Expliquei que era um atleta, medalhista olímpico. Ninguém o conhecia.
Ao longo do dia, ninguém o entrevistou, ninguém o parou para tirar fotos. Enquanto Nalbert e Robson Caetano mal conseguiam andar, Vicente Lenílson aparecia tanto quanto um segurança. Ele merecia o título de esquecido do dia.
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