É aquela história. Se você sabe que está utilizando uma figura de linguagem, você é um gênio. Se não, é um idiota.
Aprendi figuras de linguagens na oitava série. Lembro-me que foi por volta do terceiro semestre e também lembro que me apaixonei por figuras de linguagem. É algo aparentemente tão idiota, tão desprezível, mas que me despertou um brilho nos olhos. Ás vezes eu me apaixono pelas coisas idiotas. Eu gostava ainda mais do nome. Zeugmas, Anacolutos, Antonomásias. Houve época em que eu sabia explicar uma por uma, o que cada uma significava. Hoje já não é assim.
Mas eu adoro usar figuras de linguagens nos meus textos. Principalmente àquelas, que parecem um sinal de burrice. Era um fã discreto de aliterações, assonâncias e outras relacionadas a sonoridade das palavras. Não gostava muito das Antonomásias (é brega ficar falando "o Rei do Rock") ou hipérbole (só me ajudou na minha monografia) e acho que metáfora virou clichê.
Acho Metonímias comuns. Assim como Zeugmas e elipses. Apesar de a Elipse ser um pouco mais interessante.
Minhas paixões estavam:
Na silepse. Quase vibro quando há uma oportunidade de utilizar uma silepse. Ela é rara, sutil e parece analfabeta. As melhores são quando há um quê de ironia. Dizer que "A pessoa está errado" (ok, não consegui pensar num exemplo melhor) em que você não quer dizer quem é a pessoa, mas quer demonstrar que é um homem através do erro de concordância.
Sinestesia. É uma das palavras mais bonitas do dicionário. Uma palavra de um brilho macio. Cheiro opaco. Sinestesias trazem um quê de poesia surrealística (neologismo) a qualquer frase, se for bem utilizada.
Prosopopéia. Virou comum, mas é divertida. Ventos que uivam, rios que correm e etc.
Catacrese. É completamente esquizofrênica. Consiste em inventar uma expressão para explicar o que não tem palavras para ser explicado. Sim, é mais bonito do que o uso prático de embarcar no avião.
Polissíndeto. Também parece coisa de analfabeto. Mas nos momentos certos é capaz de provocar uma ênfase que emociona e que arrepia e que confere um sentido extra.
Anacoluto: Eu, que interrompo frases para fazer intervenções de pouco sentido, gosto. Pode fazer uma combinação mágica com a silepse, aproveitando-se do rumo da mudança de pensamento.
Paranomásia. Também é relacionada com a sonoridade. Só que vai além de dizer frases próprias e prontas a provar o contrário. Não é uma questão de colocar vários erres depois de outra consoante. São colocar palavras de sonoridade parecida, e geralmente de sentidos distintos. Dar um flagrante no fragrante e por aí vai. A Paranomásia pode transformar qualquer frase fútil em um grande momento.
Normalmente as figuras de linguagem vêm a mim do nada. Enquanto escrevo o texto lá está - apareceu uma. As vezes aparece uma enquanto eu tomo e banho e eu tento gravá-la para utilizá-la de alguma maneira.E eu sempre espero que as pessoas entendam que isso não é uma burrice minha. É tal qual a ironia. Ironia é mais famosa, no entanto.
*encerrei o texto utilizando uma subestimada anadiplose, e um popular hipérbato.
Aprendi figuras de linguagens na oitava série. Lembro-me que foi por volta do terceiro semestre e também lembro que me apaixonei por figuras de linguagem. É algo aparentemente tão idiota, tão desprezível, mas que me despertou um brilho nos olhos. Ás vezes eu me apaixono pelas coisas idiotas. Eu gostava ainda mais do nome. Zeugmas, Anacolutos, Antonomásias. Houve época em que eu sabia explicar uma por uma, o que cada uma significava. Hoje já não é assim.
Mas eu adoro usar figuras de linguagens nos meus textos. Principalmente àquelas, que parecem um sinal de burrice. Era um fã discreto de aliterações, assonâncias e outras relacionadas a sonoridade das palavras. Não gostava muito das Antonomásias (é brega ficar falando "o Rei do Rock") ou hipérbole (só me ajudou na minha monografia) e acho que metáfora virou clichê.
Acho Metonímias comuns. Assim como Zeugmas e elipses. Apesar de a Elipse ser um pouco mais interessante.
Minhas paixões estavam:
Na silepse. Quase vibro quando há uma oportunidade de utilizar uma silepse. Ela é rara, sutil e parece analfabeta. As melhores são quando há um quê de ironia. Dizer que "A pessoa está errado" (ok, não consegui pensar num exemplo melhor) em que você não quer dizer quem é a pessoa, mas quer demonstrar que é um homem através do erro de concordância.
Sinestesia. É uma das palavras mais bonitas do dicionário. Uma palavra de um brilho macio. Cheiro opaco. Sinestesias trazem um quê de poesia surrealística (neologismo) a qualquer frase, se for bem utilizada.
Prosopopéia. Virou comum, mas é divertida. Ventos que uivam, rios que correm e etc.
Catacrese. É completamente esquizofrênica. Consiste em inventar uma expressão para explicar o que não tem palavras para ser explicado. Sim, é mais bonito do que o uso prático de embarcar no avião.
Polissíndeto. Também parece coisa de analfabeto. Mas nos momentos certos é capaz de provocar uma ênfase que emociona e que arrepia e que confere um sentido extra.
Anacoluto: Eu, que interrompo frases para fazer intervenções de pouco sentido, gosto. Pode fazer uma combinação mágica com a silepse, aproveitando-se do rumo da mudança de pensamento.
Paranomásia. Também é relacionada com a sonoridade. Só que vai além de dizer frases próprias e prontas a provar o contrário. Não é uma questão de colocar vários erres depois de outra consoante. São colocar palavras de sonoridade parecida, e geralmente de sentidos distintos. Dar um flagrante no fragrante e por aí vai. A Paranomásia pode transformar qualquer frase fútil em um grande momento.
Normalmente as figuras de linguagem vêm a mim do nada. Enquanto escrevo o texto lá está - apareceu uma. As vezes aparece uma enquanto eu tomo e banho e eu tento gravá-la para utilizá-la de alguma maneira.E eu sempre espero que as pessoas entendam que isso não é uma burrice minha. É tal qual a ironia. Ironia é mais famosa, no entanto.
*encerrei o texto utilizando uma subestimada anadiplose, e um popular hipérbato.
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