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Nunca

Nunca conheci Sodré. Nunca conversei com ele. Apenas o via na sua banca de livros, que nunca comprei nem nunca parei para ver. Não sei de suas histórias, não sei de seus poemas, que nunca li. Sodré era tal qual o tio da xerox e a mulher da cantina, pessoas que habitavam o IL.

Sodré morreu. Não me sinto triste com a notícia. Me sinto vazio. Com o despreenchimento de espaços de um cotidiano remoto, mesmo que ele não tivesse uma importância aparente.

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