Sempre que vejo um avião decolando, me lembro da minha avó. Não que eu tenha uma boa metáfora sobre aviões, para explicar a vida. Não que minha avó tenha uma vida ligada a aviões, apesar de ter tido um irmão piloto.
Eu era uma criança que gostava de ir a aeroportos. Gostava da longa viagem, dos muitos caminhos que levavam ao aeroporto - os mais curtos, sempre esburacados - e de ver as bagagens sendo despachadas, as pessoas indo para a sala de embarque e o avião decolando. E como tudo isso dava certo.
Sonhei até em ser piloto de avião, meu primeiro desejo profissional. Mudei de idéia quando vi o vídeo de um primo de 2º grau que tirou o brevê. Jogavam óleo em cima do novato. A repulsa em ser banhado em óleo era maior do que a vontade de pilotar um avião, e eu desisti dessa loucura. Escolhi algo pior, o jornalismo.
Mas, a minha avó. Numa época em que eu muito fui a aeroportos, várias vezes acompanhei a decolagem ao lado da minha avó. E ela sempre observava a posição da biruta. Para que lado estava ventando. Sempre apostava, se o avião levantaria antes ou depois da biruta. Não lembro no que ela apostava e nem se ela acertava. Só me lembro desse comentário. E da sua teoria, quando o avião levantava depois, de que o mesmo estaria pesado.
Sempre que vejo um avião decolando, lá estou eu, prestando atenção se ele vai levantar antes ou depois da biruta.
Eu era uma criança que gostava de ir a aeroportos. Gostava da longa viagem, dos muitos caminhos que levavam ao aeroporto - os mais curtos, sempre esburacados - e de ver as bagagens sendo despachadas, as pessoas indo para a sala de embarque e o avião decolando. E como tudo isso dava certo.
Sonhei até em ser piloto de avião, meu primeiro desejo profissional. Mudei de idéia quando vi o vídeo de um primo de 2º grau que tirou o brevê. Jogavam óleo em cima do novato. A repulsa em ser banhado em óleo era maior do que a vontade de pilotar um avião, e eu desisti dessa loucura. Escolhi algo pior, o jornalismo.
Mas, a minha avó. Numa época em que eu muito fui a aeroportos, várias vezes acompanhei a decolagem ao lado da minha avó. E ela sempre observava a posição da biruta. Para que lado estava ventando. Sempre apostava, se o avião levantaria antes ou depois da biruta. Não lembro no que ela apostava e nem se ela acertava. Só me lembro desse comentário. E da sua teoria, quando o avião levantava depois, de que o mesmo estaria pesado.
Sempre que vejo um avião decolando, lá estou eu, prestando atenção se ele vai levantar antes ou depois da biruta.
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