A primeira vez que entrei no meu colégio, foi nos idos de 1992 para fazer a prova de seleção. Lembro que peguei a fila errada e fui parar na sala de prova da primeira série. Quase comecei a fazer a prova, quando o equívoco foi percebido e eu fui para a sala correta. Lembro que achei a prova fácil, mais parecida com um daqueles passatempos de revista infantil. Com essa idade eu já sabia ler e escrever.
Antes eu havia estudado o jardim de infância em um desses simpáticos colégios de bairro. Lembro do dia em que saiu o resultado, que eu estava aprovado para entrar no colégio. Nesse mesmo dia eu fui tomar sorvete no Alaska, ganhei uma mesa de futebol de botão e o São Paulo ganhou do Barcelona na final do Mundial. Foi um dia feliz.
E no começo de 1993 eu estava lá para a minha primeira aula na pré-escola. Na turma matutina, do prédio de aulas recém construído. Lembro do boletim que avaliava habilidades cognitivas. Coordenação motora, criatividade, comportamento. Poderia ser ótimo, muito bom, bom, regular ou satisfatório (O, MB, B, R, S). De vez em quando me aparecia um B em coordenação motora.
Só sai do colégio 12 anos depois da primeira vez que entrei. Nesse tempo presenciei o fim do jardim onde eu jogava bola no pré, a construção do ginásio, a mudança da cantina, a construção do laboratório de informática, a mudança da igreja. A mudança dos uniformes.
Eu gostava do meu colégio. Nunca fui desses que acha a escola mais um dos aparelhos ideológicos do Estado. Gostava de ir no colégio para ver os amigos e tudo mais. Tinha muitos problemas com tarefas não feitas (sim, minha memória é boa para o passado, mas não se lembra do que fazer para o futuro). Acho que eu gostava da escola, porque nunca fui muito de estudar.
A época do terceiro ano foi especialmente feliz. Passava o dia inteiro no colégio. Era um tempo mais nostálgico, do fim de uma época, a pressão do vestibular, provas todas as semanas, simulados, orientação vocacional. Mas era uma época divertida pelo convívio. O futebol semanal que sempre terminava em um bar, para beber Guaraná Marajá.
Sai do colégio num dia 19 de novembro. Chovia, eu lembro.
Graças a reforma na escola municipal, em 2008 a minha zona eleitoral foi transferida para o meu colégio. Voltei lá agora para votar no primeiro e no segundo turno. Vejo que a piscina foi construída, que existe até um elevador. Votei na sala onde estudei na quinta-série.
Não minto. Até me emociono um pouco quando eu volto lá.
Antes eu havia estudado o jardim de infância em um desses simpáticos colégios de bairro. Lembro do dia em que saiu o resultado, que eu estava aprovado para entrar no colégio. Nesse mesmo dia eu fui tomar sorvete no Alaska, ganhei uma mesa de futebol de botão e o São Paulo ganhou do Barcelona na final do Mundial. Foi um dia feliz.
E no começo de 1993 eu estava lá para a minha primeira aula na pré-escola. Na turma matutina, do prédio de aulas recém construído. Lembro do boletim que avaliava habilidades cognitivas. Coordenação motora, criatividade, comportamento. Poderia ser ótimo, muito bom, bom, regular ou satisfatório (O, MB, B, R, S). De vez em quando me aparecia um B em coordenação motora.
Só sai do colégio 12 anos depois da primeira vez que entrei. Nesse tempo presenciei o fim do jardim onde eu jogava bola no pré, a construção do ginásio, a mudança da cantina, a construção do laboratório de informática, a mudança da igreja. A mudança dos uniformes.
Eu gostava do meu colégio. Nunca fui desses que acha a escola mais um dos aparelhos ideológicos do Estado. Gostava de ir no colégio para ver os amigos e tudo mais. Tinha muitos problemas com tarefas não feitas (sim, minha memória é boa para o passado, mas não se lembra do que fazer para o futuro). Acho que eu gostava da escola, porque nunca fui muito de estudar.
A época do terceiro ano foi especialmente feliz. Passava o dia inteiro no colégio. Era um tempo mais nostálgico, do fim de uma época, a pressão do vestibular, provas todas as semanas, simulados, orientação vocacional. Mas era uma época divertida pelo convívio. O futebol semanal que sempre terminava em um bar, para beber Guaraná Marajá.
Sai do colégio num dia 19 de novembro. Chovia, eu lembro.
Graças a reforma na escola municipal, em 2008 a minha zona eleitoral foi transferida para o meu colégio. Voltei lá agora para votar no primeiro e no segundo turno. Vejo que a piscina foi construída, que existe até um elevador. Votei na sala onde estudei na quinta-série.
Não minto. Até me emociono um pouco quando eu volto lá.
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