Cidade do Ópio

Dificilmente você assiste tantos jogos interessantes como na Copa do Mundo. Fora a competição, há um certo duelo de estilo, por vezes antagônicos. É quase uma forma de guerra controlada. Porque há algo além das simples disputa entre clubes e esse algo é por vezes intangível. Romênia 3x2 Argentina (Oitavas de final, 1994) A Romênia era a equipe mais fantasiosa da primeira fase. Tinha uma trinca de ataque forte. Hagi era um camisa 10 canhoto habilidoso que fazia jogadas geniais, o camisa 11 Dumitrescu era um atacante que se movimentava bem e Raducioiu era oportunista. A Argentina sofria com a perda de Maradona, dopado. Dumitrescu abriu o placar em cobrança de falta surpreendente, Batistuta empatou de pênalti. Hagi fez grande jogada para o segundo gol romeno e depois fez o terceiro gol. A Argentina diminuiu, mas a Romênia seguiu melhor e garantiu a vitória. Holanda 2x3 Brasil (Quartas de final, 1994) Me lembro bem. Depois de um primeiro tempo fraco, o Brasil conseguiu pegar a defesa holan...

Durante a Copa do Mundo eu até me perco. Confundo se um dia é segunda, terça, quarta ou quinta. Os dias são iguais, jogos de manhã, de tarde, programas a noite. Até que vem os dias sem jogos. São os piores dias, depois de 19 dias consecutivos. Ruins porque não tem jogos. E porque bate aquela sensação de que o torneio está acabando e lá se vão mais quatro anos até que aconteça de novo. Bem, claro também que há a expectativa pelos jogos decisivos. Mas, geralmente, os jogos mais interessantes acontecem até no máximo as quartas-de-final. Agora é tempo de voltar a escutar os discos que mal escutei.

Melhor jogo: Alemanha 4x1 Inglaterra Pior Jogo: Argélia 0x1 Eslovênia Melhor time: Argentina Pior Time: Coréia do Norte Surpresa: Japão Decepção: Itália Seleção da copa: Benaglio (Suíça); Lahm (Alemanha), Godín (Uruguai), Juan (Brasil) e Fucile (Uruguai); Kevin Boateng (Gana) e Bradley (Estados Unidos); Donovan (Estados Unidos), Sneijder (Holanda) e David Villa (Espanha); Diego Forlán (Uruguai). Melhor jogador: Landon Donovan.

Melhor jogo: Alemanha 4x1 Inglaterra Pior Jogo: Paraguai 0x0 Japão Melhor Time: Alemanha Pior Time: Portugal Surpresa: Gana Decepção: Portugal Seleção da rodada: Eduardo (Portugal); Maxi Pereira (Uruguai), Juan (Brasil), John Mensah (Gana) e Salcido (México); Kevin Boateng (Gana) e Schweinsteiger (Alemanha); Tévez (Argentina), Sneijder (Holanda) e Thomas Müller (Alemanha); Luis Suárez (Holanda). Melhor Jogador: Schweinsteiger (Alemanha).

O time de Portugal beira o insuportável. Joga a espera do erro adversário, mesmo que tenha qualidade para fazer mais. Portugal se porta como o Japão, como a Suíça, como a Grécia. Mas nenhum desses times tem um Cristiano Ronaldo, sequer um Raúl Meireles. A Espanha dominou o jogo desde o começo, com mais intensidade em alguns momentos. Até que com 15 minutos do segundo tempo os espanhóis começaram a cercar com ferocidade a área portuguesa e o gol foi justo e inevitável. David Villa, o cara da Espanha no mundial. Diante da derrota Carlos Queiros não inovou. Trocou peças sem mudar o esquema, como se esperasse que um milagre acontecesse. Um gol caísse dos céus. Mas os deuses do futebol foram justos e mandaram os portugueses de volta para casa.

O Japão dava a bola para o Paraguai atacar e o Paraguai não conseguia. Uma bola de Lucas Barrios, uma bola que sobrou na pequena área para Santa Cruz e uma bola na trave de Okubo. O jogo foi para a prorrogação. Valdez teve boa chance, Tamada rolou errado uma bola e o 0x0 foi justo e merecido no jogo que destoou das oitavas-de-final da copa. Restava a um goleiro ser o herói da partida. E nenhum foi. Komano chutou no travessão o único pênalti perdido. Paraguai segue sua campanha agora histórica. E os japoneses já haviam entrado para a história, anyway.

Foi uma partida segura do Brasil, fácil e tranquila. Ramires melhorou a saída de bola brasileira, Gilberto Silva fez uma grande partida e até Michel Bastos não comprometeu. Juan foi um monstro na zaga e a vitória podia ter sido por uma margem maior, caso o trio ofensivo do Brasil estivesse um pouco mais inpirado. O Chile foi eliminado sem reação, mas os chilenos fizeram grande campanha. Voltaram a vencer após 48 anos em copas e apresentaram um futebol ofensivo e rápido. Algumas pessoas se lembrarão com felicidade da boa seleção chilena, que porém, é frágil defensivamente e finaliza muito mal. Se Suazo estivesse em melhor forma, o Chile poderia ter dado mais trabalho nessa copa.

Ficou bem claro no lance do primeiro gol holandês, o que é que pode fazer a Holanda ser campeã. Bela assistência de Sneijder e Robben faz a jogada para o gol. Robben é o ponto de desequilibrio da equipe. Bem diferente dos últimos jogos, em que a bola chegava somente a Kuyt, jogador brigador, mas não muito talentoso. Sneijder e Robben podem ganhar a copa. Fora eles, o time holandês é muito chato. Controla a partida, toca a bola de lado e não empolga. Parreira ficaria orgulhoso com esse time. Já a Eslováquia voltou a ser o time relaxado dos primeiros jogos. Toca a bola fácil, mas sem saber o que fazer com ela. Vittek perdeu dois gols quando o placar estava em 1x0. Depois, Sneijder fez o segundo gol e matou o jogo. Ainda sobrou tempo para Vittek igualar Higuaín na artilharia da copa, com um gol de pênali no último minuto.

"Jogamos como nunca, perdemos como sempre". A irônica frase que virou piada sobre o México, parece estar se tornando mais do que uma piada. É quase um lema mexicano, uma sina mexicana. Os mexicanos jogavam melhor, como nunca jogaram. Salcido carimbou a trave argentina. Guardado bateu com curva e a bola saiu raspando a trave. E Tevéz em impedimento abriu o placar para a Argentina. O gol irregular parece ter existido apenas para atormentar ainda mais a sina mexicana. Salcido voltou a finalizar bem, obrigando grande defesa do goleiro argentino. E Osório falhou grotescamente, deu a bola no pé de Higuaín que fez 2x0. Um placar que abatia os mexicanos, chegava a prenunciar uma goleada. Na volta do intervalo, os mexicanos estavam melhores. Partiam pra cima, complicavam a defesa argentina. E Tevéz marcou um golaço, uma pancada de fora da área. E, incrível, o México continuou pressionando, marcou o seu gol, viram Heinze salvar a bola sobre a linha. E enfim. Jogaram como nunca e perder...

Durante a Copa do Mundo sempre temos a impressão do Deja Vu. O gol de Maicon, por exemplo, lembrou o de Josimar na copa de 1986. Mas hoje, em Bloemfontein, a coincidência passou dos limites. Virou uma enorme ironia do destino. Aos 37 minutos do segundo tempo Frank Lampard pega bola da defesa e toca por cobertura. A bola pega no travessão, quica quarenta centímetros dentro do gol, volta a pegar no travessão e caí nas mãos do goleiro Neuer. Gol da Inglaterra, o gol do empate em 2x2. Seria. Se não fosse o fato de que o bandeira uruguaio não viu e o jogo seguiu. Foi impossível não lembrar da final da copa de 1966 em que Hurst chutou, a bola bateu na trave e não entrou. Mas o juiz não deu gol. Final que reunia a Alemanha de camisas brancas e a Inglaterra de camisas vermelhas. O gol de Hurst foi o gol que colocou a Inglaterra na frente, 3x2. O não-gol de Lampard foi o gol que não empatou o jogou em 2x2. O placar moral dos dois jogos, após os lances polêmicos seria 2x2. Mas não foi assim. Ant...

Parece que a sina americana nessa copa é fazer partidas dramáticas. Reações, gols no fim... não foi diferente. O jogo mal havia começado quando os ganeses abriram o placar com Boateng, em bobeada de Clark. Gana estava melhor, dominava o meio de campo. Aos poucos os americanos foram voltando a partida, dominando o meio-de-campo em ótima partida de Bradley filho. Os Estados Unidos terminaram o primeiro tempo melhor, mas vitória ganesa ainda era justa. Bradley pai mexeu bem no intervalo, tirando o inoperante Findley para a entrada de Feilhaber. Foi a senha para que os americanos dominassem de vez o meio de campo e as ações da partida. Donovan empatou a partida em cobrança de pênalti. Faltou aos estadunidenses, um artilheiro, um bom centroavante. Veio a prorrogação, a primeira da copa. Prorrogações costumam a ser arrastadas, com times cansados e tensos. Um gol costuma a definir o jogo. E Gana logo no começo fez o segundo gol, em grande lance de Gyan. Depois, os americanos tentaram o empate...

As duas seleções entraram em campo jogando pela história. O tradicional Uruguai tentando voltar as quartas-de-final depois de 40 anos e os surpreendentes sul-coreanos tentando pela segunda vez chegar a essa fase, a primeira fora de casa. Os asiáticos começaram de maneira nervosa e numa bobeira do goleiro, Luiz Suárez fez 1x0. O Uruguai cozinhou a partida no resto do primeiro tempo, com Forlán comandando as ações do meio-de-campo. No segundo tempo o Uruguai voltou disposto a segurar o resultado e tentar matar o jogo no contra-ataque. Não deu certo. Debaixo de uma forte chuva, a Coréia encurralou os uruguaios que ficaram sem saída. Em bobeada geral da zaga, veio o empate. O Uruguai tratou então de voltar a jogar futebol e dominou a partida novamente. Suarez fez um golaço para classificar a celeste. No final do jogo, Muslera quase tomou um frango, Mas lugano salvou a bola sobre a linha. Ao final do jogo o Uruguai comemorava, como se tivessem voltado a existir.

Melhor Jogo: Eslováquia 3x2 Itália Pior Jogo: Argélia 0x1 Eslovênia Melhor Time: Argentina Pior Time: Coréia do Norte Surpresa: Japão Decepção: França e Itália Seleção da primeira fase: Benaglio (Suíça); Maicon (Brasil), Godín (Uruguai), Tanaka (Japão) e Fucile (Uruguai); Kevin Boateng (Gana) e Bradley (Estados Unidos); Donovan (Estados Unidos), Messi (Argentina) e Iniesta (Espanha); Forlán (Uruguai). Melhor Jogador: Diego Forlán.

Melhor jogo: Eslováquia 3x2 Itália Pior Jogo: Paraguai 0x0 Nova Zelândia Melhor Time: Japão Pior Time: Coréia do Norte Surpresa: Japão Decepção: Itália Seleção da rodada: Tzorvas (Grécia); Lahm (Alemanha), Skrtel (Eslováquia), Lúcio (Brasil) e Clemente Rodríguez (Argentina); Yaya Touré (Costa do Marfim) e Kevin Boateng (Gana); Keisuke Honda (Japão), Donovan (Estados Unidos) e David Villa (Espanha); Vittek (Eslováquia). Melhor Jogador: Keisuke Honda

A Costa do Marfim começou o jogo em alta velocidade, como se disposta a marcar uma goleada histórica. A grande dúvida era saber como seria o comportamento dos asiáticos, se ficariam presos na defesa como contra o Brasil, ou se partiriam para um jogo franco, como contra Portugal. E eles ficaram presos na defesa, o que dificultou o trabalho da Costa do Marfim. Mas, que conseguiu fazer 2x0 com certa facilidade, aproveitando as ultrapassagens em velocidade e as jogadas individuais. Essa facilidade mostrou, entre outras coisas, como foi fraca a atuação do Brasil contra a Coréia do Norte. Mas, a cada chance perdida e com a notícia de que o jogo entre Brasil e Portugal se arrastava em um 0x0 desanimador, os marfinenses diminuíram o ritmo e marcaram um terceiro gol num raro contra-ataque. A Costa do Marfim tem um bom time. O seu pecado foi a covardia e a retranca no jogo contra Portugal. Eles poderiam ter vencido o jogo se não tivessem preferido o tal jogo tático. Já a Coréia do Norte... bem, ...

Suíça e Honduras fizeram um jogo de nível pavoroso, mas que graças a fragilidade das duas equipes, foi movimentado e até que não deu vontade de dormir. A Suíça partiu em busca do gol, enquanto que Honduras tentou alguns contra-ataques, principalmente no segundo tempo. Os hondurenhos tiveram chances mais claras de marcar seu primeiro gol no campeonato e de vencer sua primeira partida na história das copas. De certa forma, foi uma pena que isso não tenha acontecido. Mas os hondurenhos finalizam mal e quando acertaram, ou estavam impedidos ou pararam no bom goleiro Benaglio. A Suíça mostrou que não sabe como criar chances de fazer gol. Ter a responsabilidade de ganhar uma partida. De certa forma, foi uma boa que eles tenham sido eliminados do torneio. Pelo bem do futebol. *Não vi os 15 minutos finais de Paraguai e Nova Zelândia, perdi uns 10 minutos da partida entre Sérvia e Austrália. E desta partida, assisti apenas compactos e os últimos 20 minutos. Não haverá uma reprise em horário dig...

Chile e Espanha tinha tudo para ser um bom jogo. E de certa forma, até foi durante o primeiro tempo. O Chile mostrou o que o torna forte - sua disposição em atacar, a velocidade dos atacantes, a marcação no meio de campo. E também o que o torna fraco - muitas faltas, falta de pontaria e uma defesa frágil. E numa saída equivocada do goleiro Bravo, David Villa marcou belo gol, quase do meio de campo. A Espanha não jogava bem, fugia do seu estilo de jogo, tentava bolas esticadas pelo meio, na tentativa de encontrar Fernando Torres livre (Torres aliás, está em péssima forma, não joga nada). O segundo gol espanhol surgiu numa falha de Jara, que entregou a bola para o time espanhol a poucos metros do gol. Iniesta marcou o segundo gol. No lance, Estrada ainda foi injustamente expulso. O resultado era perigoso para o Chile, pois um gol da Suíça os eliminaria. E os chilenos voltaram fortes no começo do segundo tempo, e diminuíram com Millar. O jogo então seguiu morno, as duas equipes sabiam que...

As duas seleções esqueceram o futebol no vestiário. O empate, de certa maneira, era um resultado agradável para as duas equipes e com o passar do tempo, ambas se conformaram com a hipótese. O Brasil mostrou sua dependência de Kaká e Robinho, que Daniel Alves não consegue exercer as funções de Elano e que o time não tem peças no banco de reserva para mudar uma partida. Fora isso, mostrou a habitual dificuldade para furar defesas fechadas. Enquanto isso, Dunga se comporta como o guerreiro da propaganda da Brahma, gritando contra tudo e todos. Como se alguém fosse escutar o que ele estava gritando, no meio de tantas vuvuzelas. Gritou tanto, que não enxergou a partida. Já os portugueses, mostraram capacidade de se fechar na defesa, tanto que ainda não levaram gols na competição. Na Copa de 2006 eles já haviam levado apenas dois gols até a semifinal. Mas, continuam mostrando dificuldade em marcar. Marcaram sete na pelada contra a Coréia do Norte, e nenhum nos outros dois jogos. Se por um ac...

A Holanda vive atualmente o dilema de Robben. Contando com o seu principal jogador por apenas 20 minutos, os holandeses conseguiram três vitórias. Mas ficaram longe de encantar o mundo, como parecia. Ok, as três vitórias são importantes. Mas a Holanda jogou em um grupo tecnicamente frágil. E contra Dinamarca e Japão, chegou a ter momentos em que era pior do que o adversário. Contou com um gol contra no primeiro jogo, e uma falha do goleiro no segundo, para abrir o placar. A falta de espaço poderia ser o problema. Hoje contra Camarões, este espaço sobrou. E de fato, a Holanda soube tocar melhor a bola, marcou sob pressão e teve momentos em que trocou bons passes. Mas sem objetividade e sem brilho. Robben entrou em campo aos 28 do segundo tempo. E em pouco tempo deu a sonhada movimentação holandesa, chutou uma bola na trave que deu origem ao gol da vitória de Huntelaar (antes van Persie havia aberto o marcador, e Eto'o empatado, de pênalti). Sem Robben a Holanda não dá pinta de que p...

Os japoneses são, para mim, a grande surpresa do mundial. Não davam a menor pinta de que conseguiriam ganhar pelo menos um jogo. Mas conseguiram duas vitórias. E se na estréia contra Camarões, foi uma vitória em um jogo horrível, que dava a impressão do menos pior ter ganho, hoje os japoneses conseguiram uma vitória com autoridade. Dominaram o jogo desde o começo e fizeram dois gols em duas cobranças de falta - o goleiro Sorensen foi mal no primeiro lance. A Dinamarca tentou partir para o abafa, mas a zaga japonesa conseguiu aliviar em todas. Quando isso não aconteceu, o péssimo Tomasson conseguiu desperdiçar as poucas chances. Diminuíram a desvantagem em um pênalti bobo - os japoneses ainda cometem lances bobos, que Tomasson perdeu, mas aproveitou o rebote. Mas o Japão não deu moleza. É um time bem armado na defesa, mas que quando tem a bola no pé, parte para o ataque com eficiência. E tem bons jogadores. Matsui joga bem pelo meio, os volantes sabem jogar, Okubo e Hasebe se movimentam...

Não dava para esperar muita coisa desse jogo. Mas era possível esperar alguma vontade de vencer das duas equipes. Nem isso aconteceu. Os neozelandeses preferiram segurar mais um empate e terminar a copa sem nenhuma derrota, o que de fato é uma proeza para um time que era um provável saco de pancadas. E os paraguaios, provavelmente sabendo da derrota da Itália, garantiram a primeira posição com o placar sem gols. Mas, foi um dos piores jogos da copa. A Nova Zelândia passou umas cinco vezes do meio de campo e o Paraguai finalizou muito mal. Quem editou os melhores momentos desse jogo, sofreu.

Existem jogos que não são exemplos de técnica, tática ou habilidade. Mas ficam para a história pela disposição. Eslovacos e italianos fizeram hoje um jogo para a história. A Itália entrava em campo com o fracasso rondando. Poderia ser eliminada com um empate, ou até podia se classificar com um empate. Uma derrota a eliminava. Para os eslovácos, só a vitória interessava e mesmo assim, poderia não ser suficiente. Apesar da má campanha, os italianos aparentavam ter mais time. A Eslováquia se mostrou uma das equipes mais insolentes do torneio. Fora isso, a camisa da Itália costuma a jogar sozinha. É difícil demais vencer a Itália. Pois o jogo começou com a Eslováquia melhor. Hamsik desperdiçou boa chance. E ainda no primeiro tempo Vittek recebeu passe de Kucka e abriu o marcador. De Rossi falhou na jogada. A tragédia italiana se anunciava, mas, quem acompanha futebol já viu os italianos passarem por situações mais difíceis. O segundo tempo mostrava uma Itália perdida em campo. O meio nada ...

O primeiro tempo foi fraco. A Austrália não tentava atacar e a Sérvia não mostrava capacidade de ser efetiva no ataque. As equipes pareciam esperar a definição do outro jogo, para então tomar uma atitude. No segundo tempo as equipes saíram para o jogo. A Austrália conseguiu surpreendentemente abrir 2x0. Um resultado curioso. As duas equipes precisavam de dois gols para conseguir a classificação. O empate por 2x2 levava a Sérvia as oitavas, enquanto os australianos precisavam fazer 4x0. A Sérvia conseguiu diminuir o placar e partiu para a pressão desordenada. Mas mostraram falta de pontaria. Pantelic perdeu um gol aos 47, que seria o gol da redenção. No final, as duas seleções morreram abraçadas.

Há aqui em frente de casa uma árvore, que não sei o nome, que em determinada época do ano fica cheia de flores. Flores brancas de cinco pétalas, flores que caem no quintal. Caem girando, sempre que um vento sopra. Giram e giram até a queda, até o chão ficar coberto de flores brancas giratórias. Sempre que passo por elas, as pego no chão e as faço girar novamente. O girar esta na essência dessas flores. O chão fica coberto de flores rosas/roxas, de outra árvore que não sei o nome (sou ruim com nomes de árvores) aqui na rua. Elas cobrem metade da rua. Não sei se na outra metade elas não caem, ou se são esmagadas pelos carros. Ou se as pessoas respeitam a beleza das flores no chão e não passam por sobre elas. Aqui na rua as pessoas sempre passam com o carro por apenas um lado dela, independente se vem ou vão. Há época em que o chão fica coberto de folhas de mangueira (seria uma vergonha, não saber que é uma mangueira). Folhas amarelas que nada acrescentam ao quintal. E há épocas em que a ...

A Argélia tem uma predisposição a realizar jogos ruins. Até aqui, os dois piores jogos do mundial tiveram a equipe em campo. É até uma equipe habilidosa, que toca bem a bola e que deixa espaços em sua defesa. Mas os argelinos tem uma incrível incapacidade de de finalizar. Os jogadores podem preferir um toque para trás, mesmo com o gol vazio. Já os americanos jogam com raça. Não são gênios, mas os americanos formam a equipe que mais tem se entregado as partidas. Jogam com intensidade em busca dos gols. E hoje não foi diferente. Sempre buscaram mais o gol, mas esbarraram na sua falta de habilidade. Tiveram um gol mal-anulado, mandaram uma bola na trave e obrigaram o goleiro argelino a realizar boas defesas. Já a Argélia especulava. De vez em quando parecia que ia levar perigo, chegaram a botar uma bola no travessão, logo no começo, mas ficaram no quase. A insistência americana foi premiada no fim. Tiveram um contra-ataque aos 46 do segundo tempo, e Donovan aproveitou com categoria o rebo...

Os alemães sofreram. A velocidade ganesa envolvia a defesa alemã, perdida, e com Mertersacker em noite infeliz. Só que a tradicional falta de pontaria ganesa prejudicou a equipe. Os alemães conseguiram numa das suas poucas finalizações, com Özil, abrir o marcador. O fim do jogo foi mais parado, uma vez que as duas equipes estavam classificadas com o Placar.

Foi a primeira atuação digna de nota da Inglaterra. Não que tenha sido espetacular, mas, foi um time que jogou futebol. As entradas de Milner e Defoe deixaram o time mais veloz. E foi num cruzamento do primeiro, que o segundo fez o único gol da partida. A Eslovênia tentava apenas segurar os ingleses. Tiveram uma chance incrível, em que os três atacantes eslovênos finalizaram e mal. Mas, o mais incrível da rodada é o fato de que a Eslovênia estava se classificando, mesmo com a derrota e no momento do apito final, a equipe continuava classificada. Mas, nos acréscimos, os Estados Unidos abriram o placar contra a Argélia, eliminando os eslovenos. Menos mal. A Eslovênia não tinha muito a acrescentar no mundial.

Nigéria e Coréia do Sul fizeram um jogo que pode ser enquadrado na mais interessante categoria de jogos dessa copa: Os jogos surpreendentemente agradáveis. Você não espera nada dessa partida, mas o jogo acaba sendo bem agradável de se assitir. Há uma explicação. Esses equipes não tem a rigidez tática, ou melhor, a solidez defensiva de equipes mais fortes. E quando se enfrentam, não tem o medo que tem, quando enfrentam uma equipe de primeiro nível. Não temos retrancas, times jogando em busca de um contra-ataque ocasional. Foi um confronto da força e habilidade africana, com a velocidade e a busca por preenchimento de espaço dos asiáticos. E a Nigéria foi melhor, especialmente no primeiro tempo. Marcou um gol, mandou uma bola na trave e tocava a bola com surpreendente precisão e não corriam riscos. A Coréia do Sul nada conseguia fazer. Mas, achou um gol em bola parada. Aliás, dois. Chu-Young virou a partida em bela cobrança de falta no começo do segundo tempo. A Coréia passou a tocar a b...

Era um duelo de opostos. De um lado, os sul-africanos conviviam com o fracasso de poderem ser os primeiros anfitriões eliminados na primeira fase, mas, podiam cumprir um bom papel. Mostraram uma seleção empolgada, que teve bons momentos e mostrou alguns jovens bom jogadores, como Mphela, Tshabalala e Siboniso Gaxa. Já os franceses tentavam escapar do vexame. Sobravam tecnicamente em relação aos outros adversários do grupo, mas em nenhum momento conseguiram comprovar isso. A habilidade de Ribery ficou perdida em uma equipe com jogadores decadentes e marcada por brigas internas. Os jogadores queriam mandar no técnico e muitos imaginavam jogar mais do que realmente jogam. O técnico Domenech é uma figura a parte. Excêntrico, polêmico e ruim. Foi a cara da França no mundial. E isso foi visto em campo. Os sul-africanos empolgados, tentando sua vitória e os franceses jogando para o gasto. Gourcuff foi expulso injustamente, o que matou os franceses de vez. A África do Sul mostrou toda a sua fr...

Felizmente a Grécia está eliminada. O jogo contra a Nigéria ficara eternamente lembrado como o único jogo em que os gregos atacaram, em toda a sua história. Jogaram com cinco zagueiros, três volantes um meia e um atacante. No começo do segundo tempo, os gregos ainda tiraram o meia Karagounis para a entrada de outro zagueiro. Era difícil entender aonde mais poderiam caber outros zagueiros. Até mesmo quando a equipe precisava de um gol para se classificar, os gregos não atacaram. Pareciam confiar mais em um 0x0 e torcer para que a Nigéria derrotasse a Coréia do Sul. E perderam para a Argentina, que jogou com seu time reserva e, mesmo sonolenta, ganhou com facilidade.

Parece que o Uruguai voltou aos velhos tempos. Pela primeira vez em... não sei, eu não era nascido quando isso aconteceu pela última vez, a mística celeste está de volta. O Uruguai jogou com segurança, esteve sempre melhor postado no gramado, não se assutou com a bola na trave do México, marcou a saída de bola mexicana e assim fez o seu gol. Diego Forlán comanda a equipe com maestria. Já os mexicanos, não conseguiram mostrar a força e a personalidade que mostraram diante da França. No final, se contentaram com a derrota magra e a classificação. Estranho é o técnico Aguirre. Tem alguma coisa contra o meia Guardado, jogador mais habilidoso do meio de campo mexicano, que só havia jogado poucos minutos contra a África do Sul. Guardado foi o melhor mexicano no primeiro tempo, mas foi sacado no intervalo. Enquanto isso, estranhamente, o velho e gordo Blanco permaneceu em campo muito tempo, fazendo figura. Vá entender.

Melhor jogo: Camarões 1x2 Dinamarca Pior Jogo: Argélia 0x0 Eslovênia Melhor Time: Argentina Pior Time: Coréia do Norte Surpresa: Nova Zelândia Decepção: Inglaterra Seleção do campeonato: Enyeama (Nigéria); Maicon (Brasil), Diego Godín (Uruguai), Juan (Brasil) e Lee Young-Pyo (Coréia do Sul); Sami Khedira (Alemanha) e Rafa Marquez (México); Jovanovic (Sérvia), Messi (Argentina) e Donovan (Estados Unidos); Diego Forlán (Uruguai).

Melhor Jogo: Camarões 1x2 Dinamarca Pior Jogo: Inglaterra 0x0 Eslovênia Melhor Time: Uruguai Pior Time: Coréia do Norte Surpresa: Nova Zelândia Decepção: Eslováquia Seleção da rodada: Stoijkoviv (Sérvia); Maxi Pereira (Uruguai), Juan (Brasil, Godín (Uruguai) e Salcido (México); Vera (Paraguai) e Tiago (Portugal); Jovanovic (Sérvia), Fórlan (Uruguai) e Rommedahl (Dinamarca); Luis Fabiano (Brasil). Melhor jogador: Diego Fórlan (Uruguai).

A seleção espanhola tem tudo para jogar um grande futebol. Jogadores habilidosos no meio, um atacante muito habilidoso como David Villa e um excelente finalizador que é Fernando Torres. Em muitas partidas do último ano, a equipe realmente jogou assim. Mas esse futebol não apareceu até agora, na Copa. A Espanha venceu com facilidade, pois a seleção Hondurenha é fraquíssima. Mas os espanhóis fizeram um jogo sonolento. A equipe toca, toca, toca, toca, toca e toca e não faz mais do que isso. Fernando Torres está completamente fora de forma, Busquets e Xabi Alonso juntos, não acrescentam nada. E Jesus Navas... não se pode negar que seja um jogador participativo, mas ele desperdiça praticamente todas as suas jogadas. Coube a David Villa marcar dois gols, em ritmo de treino. E ainda perder outros tantos. No ritmo que a Espanha está, difícil acreditar que ela vai longe.

O gol chileno, de Mark Gonzáles, aos 30 minutos do segundo tempo, foi o primeiro gol que eu comemorei nessa competição. Os chilenos cercavam a grande área suíça desde o começo da partida, mas paravam no ferrolho. A Suíça quebrou o recorde de minutos sem sofrer gol em Copas do Mundo. Eram incapazes de passar do meio de campo, principalmente depois da expulsão de Behrami, ainda no primeiro tempo. O azar do Chile, é que desperdiçou muitos gols no fim da partida. Seria importante conseguiur pelo menos um 2x0, para ter mais folga no saldo de gols. Agora eles terão que segurar a Espanha na última rodada, sob o risco de serem eliminados com a derrota.

Talvez enlouquecidos pela notícia de que o jogo seria transmitido ao vivo para a Coréia do Norte, os norte-coreanos partiram para o ataque. Esqueceram da retranca que conseguiu equilibrar o jogo contra o Brasil. E assim, criaram boas chances no começo, mas deixaram Portugal criar também. Mas a diferença é que os portugueses tem mais talento, e enquanto os coreanos perdiam suas chances, os portugueses aproveitaram para abrir o placar com Raúl Meireles, o 1x0 que foi o primeiro tempo. Mas a resistência asiática só durou sete minutos no segundo tempo. Depois que Simão marcou o segundo, a porteira abriu de vez e aos 15 do segundo tempo o placar já apontava 4x0. Depois os portugueses relaxaram e nos últimos minutos marcaram mais 3 gols, dignos de um jogo de churrasco, para encerrar o massacre. A dúvida é saber se o jogo foi transmitido ao vivo até o fim, para a Coréia do Norte.

O primeiro tempo não teve nada demais. A Costa do Marfim tentava atacar, mas não tinha eficiência. O Brasil não encontrava espaço. Até que no único momento em que Luis Fabiano, Robinho e Kaká se aproximaram, o camisa 9 recebeu livre e acertou bela finalização. O grande mérito brasileira era ser forte na marcação. O segundo tempo foi diferente. Luis Fabiano fez jogada espetacular, com direito a ajuda da mão, e marcou um gol sensacional. O Brasil dominou o jogo e chegou logo ao terceiro. Uma partida extremamente consistente. Os marfinenses só diminuiram no fim. Os africanos só se destacaram em um aspecto: a violência. Foram duas entradas desleais, uma série de entradas duras e uma expulsão de Kaká, cavada. Quase ocorreu uma briga generalizada. E o árbitro francês é péssimo.

Dois aspectos: 1) A Nova Zelândia é uma surpresa do mundial. Grande candidata a saco de pancadas, tem uma defesa firme é uma jogada aérea eficiente. É feio pra cacete, mas as regras do futebol permitem. Já fizeram muito mais do que o esperado na África. 2) A Itália até mereceu vencer. Criou mais chances, mas não teve eficiência. A equipe da Itália não tem muita idéia do que fazer com a bola. Apenas De Rossi e Montolivo tentam criar alguma coisa. Dito isso, nada excluí a vergonha italiana e a zebra histórica de hoje em Nelspruit. Os italianos ainda tem boas chances de passar, já perderam a conta das vezes em que suaram na primeira fase e foram longe, chegaram ao título. O difícil é acreditar que haja recursos técnicos no elenco para isso.

Parecemos estar diante de uma inversão histórica, ao ver o Paraguai tentando o ataque contra uma equipe retrancada na defesa. Logo me lembro da equipe de 98, que primava pela defesa impenetrável, com Gamarra e Ayala no miolo de zaga. A atual equipe paraguaia tem uma defesa no máximo correta, mas se destaca ofensivamente, com o trio de ataque formado por Santa Cruz, Barrios e Valdez (jogando no meio). Ainda há a boa opção de Óscar Cardozo. Os paraguaios dominaram o jogo desde o começo. A Eslováquia era incapaz de sair do seu campo de defesa. Os gols foram questão de tempo. E mesmo com a desvantagem no placar, nada fizeram os eslovacos. Provavelmente a equipe mais blasé do mundial, com um toque displicente e sem objetividade nenhuma. Parece que a equipe imagina que pode fazer um gol a qualquer momento, e caso os gols não sejam feitos, não há problema.

Parece incrível dizer que este foi, até agora, o melhor jogo da competição. Duas equipes que jogaram próximos ao seu máximo, mostraram os seus erros e suas virtudes. Ficou provado também, que futebol jogado com zagueiros ruins. Camarões começou pressionando, e numa falha grotesca de C. Poulsen, Eto'o abriu o placar. O time camaronês continuou em cima e parecia que iria aumentar o placar. Mas, a Dinamarca equilibrou o jogo, começou a ter mais a bola, e num lindo lançamento de Kjaer Rommedahl ganhou a bola na ponta-esquerda e centrou para Bendtner empatar. O fim do primeiro tempo foi emocionante. As defesas erravam a saída de bola, deixavam espaços, Tomasson perdeu um gol feito, Eto'o mandou na trave, Sorensen fez grande defesa. O panorama no começo do segundo tempo foi parecido. Mas a defesa dinamarquesa voltou mais bem postada. Até que Rommedahl dominou outra bola, cortou o zagueiro e finalizou bem. O nome do jogo. Camarões voltaram a pressionar, mas a bola era travada, ia pra ...

Não foi uma partida de boa técnica. Valeu apenas pela entrega das equipes, principalmente a australiana, que jogou boa parte da partida com um jogador a menos. O gol australiano surgiu em uma falta, mal rebatida pelo goleiro Kingson. E os ganenses empataram em um pênalti, Kewell salvou a bola em cima da linha com a mão e foi expulso. Mesmo com a superioridade numérica, Gana mal conseguia finalizar a gol. Já a Austrália teve a bola do jogo nos pés de Wilkshire, que chutou em cima do goleiro. Para Gana e Austrália, não dava para esperar mais coisa.

Se for perguntado a qualquer técnico da Copa "qual é o seu sonho?" a resposta seria "espaço". Em uma copa marcada por defesas fortes, ter espaço para jogar é realmente um sonho. Cabe as seleções mais fortes furar a retranca. As bolas paradas são uma arma forte, como mostrou a Argentina. Os chutes de fora da área também. E foi um chute assim que a Holanda marcou seu único gol contra o Japão, contando também com a falha do goleiro nipônico. Foi o único lance de brilho de Sneijder na partida e um dos poucos de toda a seleção holandesa. O principal problema veio a seguir: com a desvantagem no placar, os japoneses passaram a atacar e deixaram espaços na defesa. A Holanda não soube aproveitar os contra-ataques, tal qual a Inglaterra não soube se aproveitar ontem de uma defesa aberta. E pior, o Japão foi melhor. Teve uma chance clara de empatar no final da partida. A Holanda é uma pequena decepção até agora, porque não joga bem. Consegue as vitórias, mas não joga bem. E jo...

Quem ligou a TV aos 40 minutos do segundo tempo deve ter se surpreendido com o empate da favorita Inglaterra contra a Argélia. Os ingleses fizeram uma grande campanha nas eliminatórias, tem grandes jogadores como Rooney, Gerrard e Lampard. Enquanto isso, a Argélia fez um jogo pífio contra a Eslovênia na estréia. Numa rodada em que os jogos estão melhorando, era de se esperar até mesmo uma goleada inglesa. Mas o tal resultado esteve longe de acontecer. Os ingleses são a equipe mais sem sal das copas do mundo. Pelo menos das que eu vi. O time não vibra. Até hoje só vi uma grande atuação inglesa em Copas do Mundo, contra a Dinamarca em 2002. Fora isso, o time sempre é apático. Lampard foi uma negação completa, Rooney parece estar fora de forma e só Gerrard busca a bola, mas busca mal. Não há jogadas, você não vê uma possibilidade de o time marcar um gol. Os argelinos aproveitaram, e foram superiores. Dentro de suas limitações. O time até toca bem a bola, mas não sabe o que fazer com ela, ...

A Eslovênia surpreendeu no primeiro tempo. Travou a equipe americana e abriu o placar em belo chute de Birsa. O jogo seguiu travado, até sonolento. No fim do primeiro tempo, os Estados Unidos começaram a pressionar e tiveram uma boa chance, Brecko tirou o chute de Donovan em cima da linha. E em um contra-ataque, os eslovenos fizeram o seu segundo gol. Na volta do intervalo os americanos voltaram pressionando. E Donovan acertou belo chute cruzado. O empate só veio no fim do jogo, Bradley em bola escorada por Altidore. Destaque negativo do jogo foi a arbitragem, um juíz de Mali. Os americanos foram severamente prejudicados. Algumas faltas de ataque foram inventadas, inclusive uma decisava, que anulou injustamente o que seria o gol da virada.

Foi um jogo intenso. A Alemanha não mostrava a mesma fluência para entrar na área adversária, que demonstrou contra a Austrália. A Sérvia era perigosa pelo lado direito, onde Krasic criava boas jogadas. Então, Klose foi expulso injustamente. O segundo cartão amarelo foi justo, mas o primeiro foi um abuso do juiz. Aliás, o árbitro espanhol gosta de distribuir cartões, quase metade dos jogadores levaram um. Na seqüência os sérvios abriram o placar, aproveitando a jogada aérea. Jovanovic, um dos poucos jogadores habilidosos da Sérvia. A Alemanha foi com tudo. Khedira acertou o travessão e no rebote a bola foi salva em cima da linha. Na volta do intervalo, Özil deixou Podolski duas vezes na cara do gol, e ele perdeu. Os sérvios cometeram um pênalti bobo, segundo pênalti cometido por eles na copa da mesma maneira: mão na bola. Podolski cobrou e mais uma vez errou. O técnico Löw preparou duas substituições, e errou ao não tirar Podolski, que errava todas as jogadas. As saídas de Müller e Özi...

Foi a maior vitória mexicana em todos em tempos. A primeira vez em que, além de endurecer o jogo contra um time mais forte, os mexicanos venceram o tal time mais forte, no caso a perdida França. Raymond Domenech é um técnico confuso, controverso, polêmico. E ruim. Insiste na nulidade que é o atacante Govou, prefere Gignac ao invés de Henry. E agora os franceses estão praticamente eliminados. Do lado do México, é de se destacar a coragem do treinador. Colocou o time pra frente, em busca de uma vitória que pode ter valido a classificação. E finalmente, no seu sétimo dia, a copa do mundo pegou no tranco.

Tinha tudo para ser um dos piores jogos da copa. As duas equipes tiveram participações pífias na primeira rodada. E a Grécia, incrivelmente, entrava com uma formação ainda mais defensiva. E a Nigéria abriu o placar num gol de falta, um cruzamento, que ninguém tirou e a bola acabou entrando. O jogo era pífio e realmente caminhava para ser um dos piores da copa. Até a expulsão de Sani Kaita. O nigeriano tentou acertar um chute no adversário e foi embora. Surpreendentemente, Otto Rehhagel tirou um volante e colocou um atacante. Provavelmente, a primeira substituição ofensiva da história do futebol grego. E os gregos foram com tudo para o ataque, alçando bolas na área nigeriana. O goleiro Enyeama ia se destacando. Até que Salpingidis chutou, a bola desviou e o empate grego veio. O segundo tempo começou com os gregos em cima. Num dos lances mais impressionantes do torneio, Enyeama fez milagre em chute a queima-roupa de Gekas, no contra-ataque, Chalkias defendeu finalização de Yakubu e Obasi...

A Coréia do Sul se mostrou disposta a marcar desde o início. E foi muito competente na marcação. Lionel Messi foi neutralizado em todos os lances, exceto um, no primeiro tempo. O problema foram as boladas paradas. Uma falha de posicionamento resultou em um gol contra de Chu-Young, e outra falha de marcação deixou Higuaín livre para fazer 2x0. Os dois gols praticamente resolveram o jogo. Se não fosse a falha de Demichellis, que deu a oportunidade dos coreanos descontarem, no último lance do primeiro tempo. Os coreanos voltaram atacando mais e com isso abriram mais espaço. Mas a Argentina não conseguia aproveitar. Ki-Hun teve ótima oportunidade de empatar, mas bateu pra fora. Maradona tirou Tévez, improdutivo, para colocar seu genro Agüero. E com Agüero em campo, os espaços foram mais bem aproveitados. E aí apareceu o gênio de Messi e a estrela de Higuaín. O centro-avante aproveitou duas jogadas do melhor do mundo com o genro de Maradona para definir de vez a partida, e a goleada. Os arg...

Parece que os sul-africanos perderam toda a empolgação do primeiro jogo. Foram apáticos. Ou talvez, esse seja o futebol normal deles. Diferente foi o Uruguai, que jogou sua melhor partida em muito tempo. Dominou o adversário, marcou o primeiro gol e soube administra a vantagem tranqüilamente. E construiu sua vantagem com naturalidade. Diego Fórlan teve a maior atuação individual da copa até aqui. Foi um monstro. Foi recuado ao meio, para solucionar o problema da criação das jogadas. E ele não só criou, como ainda concluiu. Luis Suarez também estava em grande noite. E na zaga, Godín teve uma atuação fantástica, parou qualquer tentativa de ataque africano. O Uruguai está com sua classificação bastante encaminhada, bastará um empate com o México. E só um milagre salvará a África do Sul de ser a primeira anfitriã eliminada na primeira fase.

Melhor jogo: Espanha 0x1 Suíça Pior jogo: Argélia 0x1 Eslovênia Melhor Time: Alemanha Pior Time: Grécia Surpresa: Coréia do Sul Decepção: Inglaterra Seleção do campeonato: Enyeama (Nigéria); Maicon (Brasil), Diego Godín (Uruguai), Stéphane Grichting (Suíça) e Lee Young-Pyo (Coréia do Sul); Dikgacoi (África do Sul) e Khedira (Alemanha); Park Ji-Sung (Coréia do Sul), Özil (Alemanha) e Thomas Muller (Alemanha); Asamoah Gyan (Gana). Melhor jogador: Thomas Muller.

Os suíços são capazes de jogar por horas, dias, anos, sem sofrer um gol. E exercitaram essa capacidade no jogo de hoje contra a Espanha. Os espanhóis tiveram a bola durante o primeiro tempo todo, mas faltava poder de decisão. Sobrava preciosismo, para buscar o toque a mais, o gol de placa - tal qual David Villa no fim do primeiro tempo. Na sua primeira jogada de perigo, a base de trombadas, a Suíça abriu o placar. O tempo passou a jogar contra os espanhóis, mas que não conseguiam ser incisivos. Apenas um chute de Xabi Alonso no travessão, realmente assustou. Iniesta, o melhor em campo, saiu. E Jesus Navas recebia várias bolas, mas não conseguia produzir nada. Os suíços jogaram pelo contra-ataque, e quase conseguiram ampliar. E os espanhóis... sobrou toque de bola, faltou objetividade. Pelo menos foi um jogo emocionante, de longe, o melhor da copa. Em uma copa tão defensiva, é capaz de que a Suíça consiga ir longe.

O Chile foi até agora a seleção mais corajosa do torneio. Partiu para cima desde o começo e mesmo depois de encontrar seu gol, continuou atacando. Com a contusão do seu artilheiro, Humberto Suazo, o time não teve poder nas finalizações. Por isso, o magro e injusto 1x0, permaneceu até o fim. Fora a falta de objetividade, os chilenos mostraram muito poder na marcação, roubaram bolas na itermediária. E atacaram até o fim. Poderiam ter sido castigados com um empate dos hondurenhos no final, mas, felizmente isso não aconteceu. Felizmente. Seria uma tremenda sacanagem pela falta de capacidade e covardia hondurenha.

O primeiro tempo foi pífio. O Brasil mostrava sua falta de capacidade e criatividade para passar pela defesa coreana. Kaká errava todas as jogadas e Maicon passava livre pela lateral o tempo todo, mas nunca recebia a frente. Algumas chances apareciam, mas não eram consistentes, o Brasil não mostrava como seria capaz de marcar. No segundo tempo as coisas melhoraram um pouco. O time tocou mais a bola e errou menos. Começou a arriscar de fora da área, mas os chutes sempre paravam na barreira de coreanos na frente da área. Foi aí que Elano, ao invés de chutar, finalmente rolou para Maicon. A bola foi comprida e quase saiu de campo, mas Maicon acertou um chute surpreendente. Ninguém imaginava que aquela bola fosse entrar do jeito que entrou. O gol deixou o jogo mais tranqüilo e arrastado. Os coreanos se abriram um pouco e as chances apareceram. Até bela bola de Robinho, para Elano concluir. O 2x0 matou a partida e o jogo poderia ter acabado alí. Mas não acabou. Juan salvou gol certo de Jong...

O jogo teve alguns momentos de falsa empolgação. A começar pelo entusiasmo português durante o hino nacional. Parecia que a equipe entraria com tudo em campo. Não entrou. Depois a bola na trave de Cristiano Ronaldo aos 11 minutos. Parecia que era a chave para que o jogo pegasse fogo. Não pegou. Portugal tinha a bola, mas não tinha a menor idéia do que fazer com ela. Já a Costa do Marfim jogava fechada na defesa, esperando para ver o que Portugal faria. E foi assim até o fim do primeiro tempo, sofrível. O segundo tempo começou corrido e disputado. Parecia que os gols iriam sair. Não saíram. O 0x0 persistiu até o fim, em um jogo quase sempre morno. A pressão marfinense no fim ainda criou uma expectativa. Mas ficou apenas nisso.

O time eslovaco é razoavelmente habilidoso, porém displicente. Demora para tocar a bola, demora para finalizar. Marcou um gol e resolveu esperar o jogo terminar, contra os fracos neozelandeses, que só haviam jogado cinco minutos, no começo do jogo. E veio o castigo. Primeiro foi Smeltz que cabeceou livre, rente a trave. Dois minutos depois, no último lance da partida, foi o zagueiro Reid que cabeceou também livre para empatar uma partida esquecível. Destaque para o juiz sul-africano, que realizou a pior arbitragem até agora do mundial. Confuso na marcação de faltas e que validou o gol de Vittek, que estava impedido.

Há tempos que o Paraguai se firmou como terceira força da América do Sul. Durante as eliminatórias o time sempre dá sufoco no Brasil e na Argentina, principalmente quando joga em Assunção. Mas, diante de adversários fortes europeus o Paraguai costuma a se encolher. Não tinha a bola contra a Itália, mas estava pronto para o contra-ataque. E em um lance de bola parada conseugiu abrir o placar em cabeçada de Alcaraz. A Itália tentava atacar, mas não tinha criatividade nenhuma. Iaquinta, que já não é nenhum Vieri, tentava fazer a função que já foi de Totti, Del Piero e Roberto Baggio. Não tinha como dar certo. Os paraguaios tiveram boas chances no contra-ataque, no segundo tempo. O jogo foi intenso e disputado, o que talvez faça dele o melhor até agora, em uma copa de pouca criatividade. O destaque da copa até agora são os juízes, que não interferiram nos resultados. Em outro lance de bola parada, o goleiro Villar falhou ao não alcançar a bola que sobrou para o empate de De Rossi. A Itália...

As duas equipes são fracas. E Camarões se destacou negativamente. Os africanos quase não conseguiram atacar e provocar perigo, mesmo contra a boba defesa japonesa. Só no final, na base da pressão, que os camaroneses tentaram algo. E mesmo sem jogar nada, o Japão ganhou. Por ser um time mais organizado, mais bem treinado, que imagina saber o que fazer em campo. Keisuke Honda aproveitou a falha da defesa adversária para empurrar para as redes. Primeira vitória japonesa fora do Japão em copas.

Sempre se espera muito da Holanda. Pela tradição de ser um país que privilegia o jogo ofensivo e também porque é uma equipe que sempre faz boas campanhas. As goleadas e o bom futebol obtidos em amistosos antes da copa, aumentou a expectativa. Mas a Holanda foi uma decepção. Marcou muito a Dinamarca, roubou muitas bolas na intermediaria, mas não conseguia criar lances de perigo. Van Persie estava em uma tarde infeliz. Já a Dinamarca se defendia e tentava sair em velocidade. Deixava Bendtner isolado na frente, e levou perigo nos contra-ataques. Por mais que o 0x0 fosse um resultado justo, foram os dinamarqueses que estiveram mais próximos de conseguir abrir o placar no primeiro tempo. Todo o esforço dinamarquês acabou em 40 segundos. O goleiro saiu mal, a bola sobrou para Van Persie que cruzou na área, na medida para Simon Poulsen anotar o gol contra. Um lance bisonho. O gol desmotivou a Dinamarca e a Holanda não conseguia fazer nada. Até a entrada de Elia, que infernizou na ponta esquer...

Coube a Alemanha fazer a primeira partida digna da Copa do Mundo. Com um toque de bola envolvente e rápido, os alemães fizeram a festa na pesada zaga australiana. Lahm, Khedira, Özil, Podolski e, principalmente, Thomas Müller fizeram grandes partidas. Já a Austrália jogou três minutos, ou, o suficiente para ter uma grande chance em um escanteio. A expulsão de Tim Cahill, no começo do segundo tempo, quando já estava 2x0, matou de vez os australianos. Foi uma partida decepcionante, para quem havia feito uma boa campanha em 2006. Agora o grupo se encaminha para uma classificação de Alemanha e Gana.

O primeiro tempo não foi digno de nada. As equipes jogavam com disposição, pelo menos, mas os goleiros não precisavam fazer nada. O segundo tempo foi mais animada. O jogo não foi grande coisa, mas pelo menos não faltou correria. Os sérvios perderam um jogador e cresceram no jogo, obrigaram o goleiro Kingson a se virar. Mas parecia que ia dar outro 0x0, até Kuzmanovic enfiar a mão na bola dentro da área. O primeiro pênalti do mundial foi convertido por Gyan, para dar a primeira vitória africana no mundial da África. No final, o mesmo Gyan ainda meteu uma bola na trave. Mas o fato, é que até agora, ninguém jogou nada demais.

Um dos piores jogos da história das copas. Foi simplesmente pavoroso. E dentro de toda a mediocridade da partida, a Eslovênia conseguia ser ainda pior. Mesmo assim achou um gol, numa falha grotesca do goleiro. Deveria ser proposta a eliminação de ambas as equipes.

Foi um jogo bipolar. Houve momentos de pura empolgação, com pressão inglesa, bola na trave, algumas boas defesas. E em outros momentos, os times pareciam querer que o jogo acabasse logo. O começo inglês foi fulminante, Gerrard abriu o placar. Os Estados Unidos tiveram mais a bola, mas sem levar perigo ao goleiro Robert Green. E não levaram perigo em nenhum momento. O perigo estava no próprio Green, que falhou miseravelmente no gol do empate. No começo do segundo tempo, os ingleses tiveram duas boas chances. Em uma, Heskey chutou em cima de Howard. Na outra, o bandeirinha marcou um impedimento equivocado. Lampard fez uma partida bisonha, mesmo levando acertando um bom chute, bem defendido por Howard. Mas a melhor chance foi americana. Altidore rompeu pelo lado esquerdo e chutou cruzado. Green se redimiu mais ou menos. Quase falhou novamente, mas teve sorte em ver a bola bater na trave. O empate acabou por ser justo, pela apatia inglesa.

Os primeiros 15 minutos argentinos foram fantásticos. O time pressionou a Nigéria, com Messi inspirado e Higuaín não. O gol saiu logo, gol de Heinze em escanteio bem ensaiado. Depois o ritmo diminuiu, mas Messi continuou criando boas chances, defendidas pelo goleiro Enyeama - o melhor em campo. Do lado de lá, a defesa mostrava suas falhas. Gutíerrez, meia adaptado na lateral, estava completamente perdido. Todos os bons lances nigerianos eram criados em cima dele. O segundo tempo foi mais travado. Enyeama continuava fazendo boas defesas e a Nigéria parecia com medo de se expôr e tomar mais gols. Higuaín era uma negação e Di María estava sumido. E quase que no fim Kalu Uche empata, sozinho na área. A vitória foi justa e poderia ter sido por uma margem de gols maior, mas mesmo o fraco time da Nigéria foi capaz de mostrar que a defesa da Argentina é bem frágil.

Não que defender seja uma opção grega. É praticamente a única opção para um time pavoroso. E em um time assim, as falhas defensivas são imperdoáveis. E foram duas falhas (a segunda foi grotesca) que originaram os dois gols sul-coreanos. A impressão é de que o time grego não faz a menor idéia do que é atacar. A saída do único jogador com alguma capacidade de criar algo, Karagounis, no intervalo, diz muito sobre a equipe. Candidata a pior do torneio. Gekas era um pobre coitado tentando receber bolas na área. Já a Coréia do Sul mostra evolução. Participando de sua sexta copa consecutiva, o time vai ganhando consistência, tem jogadores aparecendo no futebol europeu. O time não depende mais apenas da velocidade. Há jogadas pelas laterais e algumas tabelas. Não deve fazer muita coisa, mas tem chance de ir até as Oitavas de final, em um grupo fraco.

O Uruguai é um país simpático com uma seleção simpática. Sinônimo de que é um time inofensivo. Durante as eliminatórias os uruguaios mostraram ter uma defesa forte e um ótimo atacante, Forlán. Mas o meio de campo é pavoroso, um deserto de talentos. E hoje foi igual. Já a França é um time confuso. Os jogadores querem mudar a escalação do técnico, que é um demente que utiliza astrologia em suas convocações. Ribéry fazia questão de querer jogar no lado esquerdo do campo, diziam os jornais, e isso dificultava a entrada de Henry. Pois Ribéry jogou no lado esquerdo. Ou melhor, se escondeu no lado esquerdo. Sua única participação na partida foi logo no começo, boa arrancada que encontrou Govou pronto para finalizar para fora na pequena área. Govou, aliás, era uma nulidade. Passou o segundo tempo todo desaparecido. Gourcuff era o mais participativo, mas errava muito. Uma cobrança surpreendente de falta francesa, uma boa finalização uruguaia. E os 20 primeiros minutos da partida foram interessa...

O momento em que o hino nacional do país-sede da competição é tocado é sempre emocionante. Há uma identificação nacional inegável nesse momento. O hino é cantado com força, por todos. Foi assim quando o hino sul-africano foi executado. Um hino que representa muito para o país. Uma parte do hino é nova e a outra antiga, dos tempos do apartheid. Uma forma de se juntar brancos e negros na canção. Foi o único momento em que não se escutou o barulho das cornetas. Parece que depois dessa carga de emoção, a África do Sul amoleceu. O time não conseguia dominar as bolas e o México jogava solto. Giovani dos Santos roubava muitas bolas no ataque e era o melhor em campo. Mas, seus parceiros de ataque estavam sumidos. Vela era figura nula, mas mesmo assim deixou Franco na cara do gol. E Franco perdeu, por pura grossura. O time da casa só foi se encontrar no fim do primeiro tempo. E voltou melhor para o segundo. E num belo contra-ataque, Dikgakoi deixou Tshabalala na cara do gol. Ele acertou uma pan...

Os Grandes Jogadores Gheorge Hagi – Hagi era um meia canhoto habilidoso. Jogava com a camisa 10 da Romênia. Marcou um gol antológico contra a Colômbia, em um chute quase do meio de campo. Contra a Argentina nas oitavas-de-final marcou outro gol e deu uma assistência sensacional para o segundo gol de Dumitrescu. Tinha grande visão de jogo, fazia lançamentos e passes precisos e finalizava bem. Também disputou a copa de 98 e apesar da boa campanha romena na primeira fase, já não era mais. Lembrava vagamente o craque de 94. Romário – Foi o cara da copa de 94. Marcou gol em todos os jogos, exceção a final e o jogo contra os Estados Unidos, no qual ele deu o passe para Bebeto marcar. E, detalhe, marcava os gols difíceis, os gols que abriam o placar, que empatavam o jogo. Era imbatível nas bolas em profundidade e podia finalizar com apenas um toque na bola. Se machucou antes da copa de 98 e foi cortado e apesar do clamor popular, não foi convocado para a campanha vitoriosa de 2002. Hristo St...