Voltamos ao Mundial de Basquete de 2002, realizado em Indianápolis, porque lá se consolidou a minha paixão por esse esporte - estranha paixão, maior pelos jogos de seleção do que pelos jogos da NBA.
O Brasil vivia então os fragmentos da geração pós-Oscar. Um grupo com jogadores experientes como Helinho, Demétrius, Rogério, Sandro Varejão, que passavam longe de serem brilhantes. Um time que rodava a bola muitas vezes, estourava o seu limite de 24 segundos sem arremessar e dependia de Marcelinho Machado, o chutador que assumiu o trono de Oscar.
O técnico Hélio Rubens também levou alguns jogadores jovens, que beiravam os 20 anos ou menos, como Leandrinho, Anderson Varejão, Guilherme Giovanoni, Thiago Splitter. Jogadores que precisaram assumir a bucha naquele time inconsistente, que sofreu para vencer Porto Rico, Angola e Turquia, foi massacrado por Espanha e Iugoslávia e perdeu para a Argentina no primeiro mata-mata, nas quartas de final. A Argentina, comandada por Ruben Magnano, era muito superior.
Esse time foi aos poucos ganhando reforços, como Marcelinho Huertas e Marquinhos, a base se mantendo e os fracassos se acumulando. Campanha terrível no Pré-Olímpico de 2003 e ausência nas Olimpíadas de Atenas. Título na desfalcada Copa América de 2005, com Marcelinho Machado e Giovanoni em grande fase. Fracasso no Mundial de 2006, com a eliminação na primeira fase, com quatro derrotas semelhantes.
Expectativa para o Pré-Olímpico de 2007, sob o comando de Lula Pereira, e novo fracasso, com um time que não soube decidir. Veio o técnico espanhol Moncho Monsalve e o fracasso na repescagem das Olimpíadas, terceira ausência seguida nos Jogos Olímpicos. As coisas melhoraram um pouco, jogo um pouco mais consistente na Copa América de 2009 e Ruben Magnano veio para o Brasil. O time evoluiu, mas caiu nas oitavas de final do Mundial de 2010, voltou para as Olimpíadas de maneira heroica, mas perdeu nas quartas, em Londres 2012.
Aqui vem um dado assustador: o Brasil não ganhava um jogo de mata-mata em Mundial ou Olimpíadas desde a decisão do terceiro lugar do Mundial nas Filipinas em 1978, quando Marcel acertou a cesta vencedora no último segundo.
Não ganhava.
Este domingo foi histórico para o basquete brasileiro. A atual geração chegava pela quarta vez em um mata-mata, pela quarta vez contra a Argentina. Um fantasma para o Brasil, mesmo desfalcada de Ginóbili e Delfino, mas com o assustador Scola e Prigioni.
O primeiro tempo foi ruim, mas a equipe cresceu na segunda parte. Anderson Varejão tampou o garrafão, Splitter finalmente venceu seu compadre Scola, Raulzinho e Marquinhos assumiram a responsabilidade na armação e finalização e o Brasil venceu.
Vitória que sempre pareceu distante, e para quem acompanha o basquete, até impossível. Até o minuto final era difícil acreditar que ela viria, os fantasmas do passado pareciam que poderiam voltar a qualquer momento.
Foi a primeira vitória em mata-mata dessa geração, de seis jogadores que estiveram em Indianápolis e que vem levando cacetadas desde 2002. Mais do que isso: foi a primeira vitória da minha geração de fãs do basquete. Um sete de setembro inesquecível.
O Brasil vivia então os fragmentos da geração pós-Oscar. Um grupo com jogadores experientes como Helinho, Demétrius, Rogério, Sandro Varejão, que passavam longe de serem brilhantes. Um time que rodava a bola muitas vezes, estourava o seu limite de 24 segundos sem arremessar e dependia de Marcelinho Machado, o chutador que assumiu o trono de Oscar.
O técnico Hélio Rubens também levou alguns jogadores jovens, que beiravam os 20 anos ou menos, como Leandrinho, Anderson Varejão, Guilherme Giovanoni, Thiago Splitter. Jogadores que precisaram assumir a bucha naquele time inconsistente, que sofreu para vencer Porto Rico, Angola e Turquia, foi massacrado por Espanha e Iugoslávia e perdeu para a Argentina no primeiro mata-mata, nas quartas de final. A Argentina, comandada por Ruben Magnano, era muito superior.
Esse time foi aos poucos ganhando reforços, como Marcelinho Huertas e Marquinhos, a base se mantendo e os fracassos se acumulando. Campanha terrível no Pré-Olímpico de 2003 e ausência nas Olimpíadas de Atenas. Título na desfalcada Copa América de 2005, com Marcelinho Machado e Giovanoni em grande fase. Fracasso no Mundial de 2006, com a eliminação na primeira fase, com quatro derrotas semelhantes.
Expectativa para o Pré-Olímpico de 2007, sob o comando de Lula Pereira, e novo fracasso, com um time que não soube decidir. Veio o técnico espanhol Moncho Monsalve e o fracasso na repescagem das Olimpíadas, terceira ausência seguida nos Jogos Olímpicos. As coisas melhoraram um pouco, jogo um pouco mais consistente na Copa América de 2009 e Ruben Magnano veio para o Brasil. O time evoluiu, mas caiu nas oitavas de final do Mundial de 2010, voltou para as Olimpíadas de maneira heroica, mas perdeu nas quartas, em Londres 2012.
Aqui vem um dado assustador: o Brasil não ganhava um jogo de mata-mata em Mundial ou Olimpíadas desde a decisão do terceiro lugar do Mundial nas Filipinas em 1978, quando Marcel acertou a cesta vencedora no último segundo.
Não ganhava.
Este domingo foi histórico para o basquete brasileiro. A atual geração chegava pela quarta vez em um mata-mata, pela quarta vez contra a Argentina. Um fantasma para o Brasil, mesmo desfalcada de Ginóbili e Delfino, mas com o assustador Scola e Prigioni.
O primeiro tempo foi ruim, mas a equipe cresceu na segunda parte. Anderson Varejão tampou o garrafão, Splitter finalmente venceu seu compadre Scola, Raulzinho e Marquinhos assumiram a responsabilidade na armação e finalização e o Brasil venceu.
Vitória que sempre pareceu distante, e para quem acompanha o basquete, até impossível. Até o minuto final era difícil acreditar que ela viria, os fantasmas do passado pareciam que poderiam voltar a qualquer momento.
Foi a primeira vitória em mata-mata dessa geração, de seis jogadores que estiveram em Indianápolis e que vem levando cacetadas desde 2002. Mais do que isso: foi a primeira vitória da minha geração de fãs do basquete. Um sete de setembro inesquecível.
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