Pular para o conteúdo principal

Andei escutando (3)

Black Sabbath – Paranoid (1970): Apesar do carisma de Ozzy Osbourne, o melhor que o Black Sabbath tem a oferecer são as guitarras. O vocal de Ozzy também é marcante, mas o melhor do disco é a sucessão de riffs e solos de Tommy Iommi. É assim na sensacional War Pigs e na clássica Paranoid.

Echo & The Bunnymen – The Fountain (2009): É claro que o auge do Echo foi nos anos 80. Mas desde o seu retorno em 1997 a banda apresenta trabalhos consistentes. Ian McCulloch e Will Sergeant sempre oferecem aos ouvintes alguma boa linha de guitarra e algumas belas melodias, que se encaixam na voz cada vez mais cansada de Ian. Em um ano de lançamentos decepcionantes é um alento escutar Everlasting Neverendless.

Spacemen 3 – Playing with Fire (1989): Com um pouco de paciência, você começa a observar alguma beleza nesse disco. No geral é um conjunto de improvisações e repetições na guitarra, sintetizadores e vocais sussurrados que parecem vir de outro planeta. Honey e So Hot (Wash away all off my tears) são interessantes, e os 11 minutos de Suicide podem te fazer pensar no assunto.

The Raspberries – Fresh (1972): Muitas vezes o Power Pop pode soar brega. As boas melodias podem se tornar piegas. Acontece muito pouco com Big Star e mais com o Badfinger. Já os Raspeberries são completamente bregas. Sejam os vocais, as letras, as harmonias a foto da capa. Tudo é constrangedoramente brega.

“I’ll be waiting all through the year just to get you alone with nobody near. Baby don’t be late, because I just can’t wait, all I wanna do is make love to you. With my girl by my side we can go for a ride to find a place we can dance. And when it gets real dark we cant stop in the park, and have a backseat romance”.

The Rolling Stones – Beggars Banquet (1968): A partir desse disco os Stones começaram a se firmar como uma banda de Blues e viveram os seus melhores anos. Provavelmente é o disco mais bluezeiro, exceção do samba do crioulo doido de Sympathy for the Devil. Mas, os três discos seguintes são ainda melhores e mais consistentes.

Weezer – Raditude (2009): Não que o Weezer tenha sido algum dia normal, mas eles estão a cada dia mais bizarros. A tendência começada no Make Believe (2002) foi amplificada. O Hip Hop de Can’t Stop Partying com a participação de um rapper e Love is the Answer com uma cantora indiana mostram isso. Mas, mesmo assim, a banda parece que realmente se divertiu durante a gravação. É o disco mais animado do Weezer em 13 anos. É como sempre, a banda produz uma canção excepcional, caso de (If you’re wondering If I want you to) I want you to.

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...