Não vamos ser ingênuos. Todos nós estávamos prontos para detonar o disco novo do Strokes. E a culpa disso, não tem como negar, é deles próprios. A verdade é que os Strokes nos decepcionaram. Lançaram um ótimo disco de estreia, um razoável segundo disco e depois lançaram dois discos bem ruins. A diferença na ruindade desses dois trabalhos, é que First Impressions of the Earth tinha uma ruindade convencional, enquanto que Angels era ruim inovando. A semelhança é que os dois tinha singles muito bons.
Quando foi lançada One Way Trigger, a primeira música do quinto álbum dos antigos salvadores do rock, Comedown Machine, todos nós nos assustamos. O começo da música lembra um desses tecnobregas da vida e Julian Casablancas cantava em um falsete bisonho. Pronto. Dessa vez nem o primeiro single deles é bom, o álbum vai ser uma porcaria.
A partir daí todos pegamos em pedras e esperamos o lançamento do disco para arremessa-las. Li uma resenha que enumerava uma centena de palavras para definir a ruindade do disco. Vi pessoas enterrando o Strokes. Seu passado foi colocado em dúvida. Eu mesmo, nem tive vontade de escutar.
Só escutei agora e posso dizer: sim, o disco ruim. Mas, não é uma merda completa. Diria que é melhor do que os dois últimos, só que sem uma Under Cover of Darkness para se destacar.
A banda segue tentando mudar seu som e por vezes erra pavorosamente, compondo a trilha sonora de propaganda de carro. Mas eles não tinham saída para agradar os exigentes fãs. Se tentassem voltar as suas raízes, como fizeram com All The Time, seriam massacrados por continuar na mesma. Se tentasse algo diferente (como na bacana Welcome to Japan), seriam humilhados por tentar fazer o que não sabem.
Enfim, sejamos sinceros. Mesmo sendo um disco ruim, o principal problema do Strokes agora está conosco e não com eles. Eles morreram para nós. A reação a Comedown Machine é apenas a consolidação da frustração acumulada desde 2003.
Quando foi lançada One Way Trigger, a primeira música do quinto álbum dos antigos salvadores do rock, Comedown Machine, todos nós nos assustamos. O começo da música lembra um desses tecnobregas da vida e Julian Casablancas cantava em um falsete bisonho. Pronto. Dessa vez nem o primeiro single deles é bom, o álbum vai ser uma porcaria.
A partir daí todos pegamos em pedras e esperamos o lançamento do disco para arremessa-las. Li uma resenha que enumerava uma centena de palavras para definir a ruindade do disco. Vi pessoas enterrando o Strokes. Seu passado foi colocado em dúvida. Eu mesmo, nem tive vontade de escutar.
Só escutei agora e posso dizer: sim, o disco ruim. Mas, não é uma merda completa. Diria que é melhor do que os dois últimos, só que sem uma Under Cover of Darkness para se destacar.
A banda segue tentando mudar seu som e por vezes erra pavorosamente, compondo a trilha sonora de propaganda de carro. Mas eles não tinham saída para agradar os exigentes fãs. Se tentassem voltar as suas raízes, como fizeram com All The Time, seriam massacrados por continuar na mesma. Se tentasse algo diferente (como na bacana Welcome to Japan), seriam humilhados por tentar fazer o que não sabem.
Enfim, sejamos sinceros. Mesmo sendo um disco ruim, o principal problema do Strokes agora está conosco e não com eles. Eles morreram para nós. A reação a Comedown Machine é apenas a consolidação da frustração acumulada desde 2003.
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