Pular para o conteúdo principal

Guardiola e a Esfinge

Se há alguém que não gostou do sorteio para as semifinais da Champions League realizado na última sexta-feira, este alguém foi o técnico catalão Josep Guardiola. As bolinhas colocaram frente-a-frente o seu antigo e até agora único clube, o Barcelona, e seu clube até a próxima temporada, o Bayern de Munique.

Até agora Guardiola tem apenas um único e excepcional trabalho, quando dirigiu o Barcelona entre 2008 e 2012, período no qual ele conquistou todos os títulos possíveis e imagináveis. Mesmo assim, é normal que existam contestações sobre a sua capacidade como técnico. Seria ele um gênio ou apenas alguém que comandou um time excepcional?

Quando o sorteio determinou o encontro entre Barcelona e Bayern, os corneteiros de plantão devem ter ficado felizes. Qualquer que seja o resultado, todos poderão dizer que Guardiola não é nada demais.

A vitória do Barcelona irá diminuir o trabalho realizado. Comprovará que o Barcelona independe do treinador e que quem decidia os jogos eram Messi, Xavi e Iniesta, não Guardiola.

Já a vitória do Bayern irá diminuir o trabalho futuro. Dirão que Guardiola pegou um elenco já qualificado e vencedor e que sua presença em nada interferiu no andamento da equipe.

(Não que seja um mérito exclusivo de Guardiola. No mundo do futebol, todos estão sujeitos as cornetas que dizem que ninguém é tudo isso).

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...