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As Vantagens de Ser Invisível
As vantagens de ser invisível é um filme que te faz sair do cinema se sentindo infinito, como bem diz o personagem principal. O filme trata de um sentimento comum a todos, àquela sensação de pela primeira vez se sentir parte de alguma coisa, os primeiros amigos de verdade, primeiras experiências. No plano de fundo ainda são colocados temas relativos ao Bullying, drogas, pedofilia, homossexualidade, enfim, os muitos conflitos da adolescência. Essa época da vida que é uma merda, mas que é tão boa e nostálgica.

Django Livre
A vingança, a justiça com as próprias mãos, o sangue na boca, o êxtase em ver a fazenda escravista sendo exterminada para todo o sempre. Christoph Waltz está ótimo, Samuel L. Jackson impagável, a cena da Ku Klux Klan é hilária. Mas, que filme longo. Todos fazem uma longa caminhada da feira de escravos até a fazenda e o único objetivo dessa cena que tem uns 40 minutos é mostrar um escravo sendo devorados por cães. Mas, eu sei. Tarantino faz isso de propósito, de sacanagem.

O Lado Bom da Vida
O roteiro que caminha lentamente para o final feliz pode não ser o mais criativo, original, um clichê. Talvez algumas coisas não tenham lá a sua explicação. Mas é um filme agradável, com destaque para as atuações. Bradley Cooper surpreende no papel de um bipolar, um louco que não é caricato. Robert de Niro está impagável e creio que o se existisse um Oscar de Melhor Elenco, ele seria favorito. (P.S.: Para mim, a loucura do personagem de Bradley Cooper era achar que sua ex-mulher era bonita e legal).

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Ziraldo e viagem sentimental por Ilha Grande

Em janeiro de 1995 pela primeira vez eu saí de férias em família. Já havia viajado outras vezes, mas acho que nunca com esse conceito de férias, de viajar de férias. Há uma diferença entre entrar em um avião para ir passar uns dias na casa dos seus tios e pegar o carro e ir para uma praia. Dormir em um hotel. Foi a primeira vez que eu, conscientemente, dormi em um hotel. Contribui para isso o fato de que, com sete anos, eu havia acabado de terminar a primeira série, o ano em que de fato eu virei um estudante. Então, é provável que pela primeira vez eu entendesse o conceito de férias. Entramos em uma Parati cinza e saímos de Cuiabá eu, meus pais, minha prima e minha avó. Ao mesmo tempo em que essas eram as minhas primeiras férias, elas eram também a última viagem da minha avó. A essa altura ela já estava com um câncer no pâncreas e sem muitas perspectivas de longo prazo. Disso eu não sabia na época. Mas ela morreu cerca de um ano depois, no começo de 1996, após muitas passagens pelo hos

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.

Imola 94

Ayrton Senna era meu herói de infância. Uma constatação um tanto banal para um brasileiro nascido no final dos anos 80, todo mundo adorava o Senna, mas eu sentia que era um pouco a mais no meu caso. Eu via todas as corridas, sabia os resultados, o nome dos pilotos e das equipes. No começo de ano comprava revistas com guias para a temporada que iria começar, tinha um macacão e um carrinho de pedal com o qual dava voltas ao redor da casa após cada corrida. Para comemorar as vitórias do Senna ou para fazer justiça com meus pedais as suas derrotas. Acidentes eram parte da diversão de qualquer corrida. No meu mundo de seis anos, eles corriam sem maiores riscos. Pilotos por vezes davam batidas espetaculares, saiam ricocheteando por aí e depois ficava tudo bem. Já fazia 12 anos que ninguém morria em uma corrida. Oito sem ninguém morrer em qualquer tipo de acidente. Os últimos com mais gravidade tinham sido o do Streiff e do Martin Donelly, mas eu nem sabia disso, para dizer a verdade. Não sab