Qualquer análise sobre a participação brasileira em Londres, tende a apontar o desempenho nacional como um fiasco. Concordo em termos, mas geralmente, não pelos motivos citados.
O principal aponta para o Quadro de Medalhas. O Brasil ficou atrás de países com economias menores, e até qualidade de vida menor, como Irã, Cazaquistão, Cuba, Jamaica. Isso não significa muita coisa. O Brasil também ficou a frente do Canadá, Noruega, Suécia, Suíça, Dinamarca, países mais ricos. Nesse caso o que precisa ser visto é se o país tem o ganho de medalhas olímpicas como uma prioridade.
Acredito que este não seja o caso da Noruega ou do Canadá. São países ricos, com altos índices de desenvolvimento, não devem ter um ouro olímpico como sonho de consumo. O Brasil tem. O Ministério do Esporte, as Confederações investem cada vez mais nos atletas de alto desempenho. E a partir daí que a análise precisa ser feita.
Mesmo assim, ficar atrás do Cazaquistão, ou da Jamaica, não é um motivo de vergonha. Todas as medalhas da Jamaica foram conquistadas nas provas de velocidade do atletismo. Os cazaques subiram no quadro graças a um desempenho espetacular no levantamento de peso. Os iranianos conquistaram 3 dos seus 4 ouros na luta greco-romana. Isso significa que esses países são potências olímpicas maiores que o Brasil? Absolutamente não. Isso significa que esses países tem um investimento forte em determino esporte e colhem resultados com eles.
Se o Brasil, de uma hora para a outra, passasse a investir no Hipismo e ganhasse todas as seis medalhas deste esporte, ele não se tornaria numa potência olímpica. Seria sim, um fenômeno do mundo equestre.
Melhor exemplo de potência é Cuba, cinco ouros, 14 medalhas, conquistadas em oito modalidades. Uma diversidade que mostra uma prática massificada do esporte, mesmo que Cuba já passe por problemas e já tenha tido uma fase melhor. Espanha, com 17 medalhas em 10 categorias, Ucrânia com 20 em 9, Japão (38 em 13), Austrália (35 em 11), Alemanha (44 em 13), Rússia (82 em 18) e Grã Bretanha (65 em 17) são exemplos de países que conquistam medalhas em várias modalidades.
Nesse sentido, o Brasil ganhou 17 medalhas em 8 categorias. Um resultado médio, que mostra um potencial de crescimento melhor do que alguns dos países a frente do Brasil, vergonhosamente para alguns. Se a Luta Greco-Romana for excluída das Olimpíadas, o Irã despencará no quadro de medalhas. Se o Judô, nossa principal modalidade em Londres, passar pela mesmo situação, o Brasil não iria cair tanto.
É preciso, então, analisar cada situação. A natação trouxe duas medalhas. Mas veja, os brasileiros participaram de poucas finais. Se César Cielo e Thiago Pereira houvessem nascido em Budapeste, o Brasil sairia de Londres sem medalhas e com uma única participação em finais. Já o atletismo, de peitos vazios pela primeira vez desde 1992, teve algumas participações inéditas em finais, alguns nomes novos que conseguiram marcas boas. Sinal de que algo pode acontecer se um trabalho for feito.
O judô, foi nossa principal categoria não apenas pelas quatro medalhas. Mas também porque teve 14 atletas em todas as 14 categorias. E todos entraram para brigar de alguma forma por medalhas. Alguns dos principais nomes não ganharam? Sim, mas outros que não eram lembrados beliscaram um bronze. Sinal da força deste esporte no país. O mesmo começa a acontecer com o Boxe, que teve vários atletas avançando lentamente, até que alguns conseguiram medalhas, um chegou na final.
O segredo, ou, a condição para se tornar uma potência olímpica é ter vários atletas competindo. Atletas em todas as categorias. Para que as chances de que eles avancem de fase, cheguem a uma final, conquistem uma medalha, ganhem o ouro, sejam maiores.
A medalha de ouro é apenas a ponta do iceberg. Ela pode chegar ou não, dependendo de uma série de fatores, que incluem o desempenho do atleta na hora da decisão. A força olímpica de um país é medida pelo número de atletas competitivos que ele tem, para que não se depende de um fenômeno de uma modalidade consolidada. É isso que faz com que a Rússia seja uma potência olímpica. O país pode ter ficado em quarto no quadro de medalhas, mas, em qualquer modalidade, sempre que você vê um atleta russo, você sabe que o cara tem alguma condição de estar ali. Porque os russos estão sempre brigando. Uma hora, um conquista um ouro, ou, 24 ouros.
O principal aponta para o Quadro de Medalhas. O Brasil ficou atrás de países com economias menores, e até qualidade de vida menor, como Irã, Cazaquistão, Cuba, Jamaica. Isso não significa muita coisa. O Brasil também ficou a frente do Canadá, Noruega, Suécia, Suíça, Dinamarca, países mais ricos. Nesse caso o que precisa ser visto é se o país tem o ganho de medalhas olímpicas como uma prioridade.
Acredito que este não seja o caso da Noruega ou do Canadá. São países ricos, com altos índices de desenvolvimento, não devem ter um ouro olímpico como sonho de consumo. O Brasil tem. O Ministério do Esporte, as Confederações investem cada vez mais nos atletas de alto desempenho. E a partir daí que a análise precisa ser feita.
Mesmo assim, ficar atrás do Cazaquistão, ou da Jamaica, não é um motivo de vergonha. Todas as medalhas da Jamaica foram conquistadas nas provas de velocidade do atletismo. Os cazaques subiram no quadro graças a um desempenho espetacular no levantamento de peso. Os iranianos conquistaram 3 dos seus 4 ouros na luta greco-romana. Isso significa que esses países são potências olímpicas maiores que o Brasil? Absolutamente não. Isso significa que esses países tem um investimento forte em determino esporte e colhem resultados com eles.
Se o Brasil, de uma hora para a outra, passasse a investir no Hipismo e ganhasse todas as seis medalhas deste esporte, ele não se tornaria numa potência olímpica. Seria sim, um fenômeno do mundo equestre.
Melhor exemplo de potência é Cuba, cinco ouros, 14 medalhas, conquistadas em oito modalidades. Uma diversidade que mostra uma prática massificada do esporte, mesmo que Cuba já passe por problemas e já tenha tido uma fase melhor. Espanha, com 17 medalhas em 10 categorias, Ucrânia com 20 em 9, Japão (38 em 13), Austrália (35 em 11), Alemanha (44 em 13), Rússia (82 em 18) e Grã Bretanha (65 em 17) são exemplos de países que conquistam medalhas em várias modalidades.
Nesse sentido, o Brasil ganhou 17 medalhas em 8 categorias. Um resultado médio, que mostra um potencial de crescimento melhor do que alguns dos países a frente do Brasil, vergonhosamente para alguns. Se a Luta Greco-Romana for excluída das Olimpíadas, o Irã despencará no quadro de medalhas. Se o Judô, nossa principal modalidade em Londres, passar pela mesmo situação, o Brasil não iria cair tanto.
É preciso, então, analisar cada situação. A natação trouxe duas medalhas. Mas veja, os brasileiros participaram de poucas finais. Se César Cielo e Thiago Pereira houvessem nascido em Budapeste, o Brasil sairia de Londres sem medalhas e com uma única participação em finais. Já o atletismo, de peitos vazios pela primeira vez desde 1992, teve algumas participações inéditas em finais, alguns nomes novos que conseguiram marcas boas. Sinal de que algo pode acontecer se um trabalho for feito.
O judô, foi nossa principal categoria não apenas pelas quatro medalhas. Mas também porque teve 14 atletas em todas as 14 categorias. E todos entraram para brigar de alguma forma por medalhas. Alguns dos principais nomes não ganharam? Sim, mas outros que não eram lembrados beliscaram um bronze. Sinal da força deste esporte no país. O mesmo começa a acontecer com o Boxe, que teve vários atletas avançando lentamente, até que alguns conseguiram medalhas, um chegou na final.
O segredo, ou, a condição para se tornar uma potência olímpica é ter vários atletas competindo. Atletas em todas as categorias. Para que as chances de que eles avancem de fase, cheguem a uma final, conquistem uma medalha, ganhem o ouro, sejam maiores.
A medalha de ouro é apenas a ponta do iceberg. Ela pode chegar ou não, dependendo de uma série de fatores, que incluem o desempenho do atleta na hora da decisão. A força olímpica de um país é medida pelo número de atletas competitivos que ele tem, para que não se depende de um fenômeno de uma modalidade consolidada. É isso que faz com que a Rússia seja uma potência olímpica. O país pode ter ficado em quarto no quadro de medalhas, mas, em qualquer modalidade, sempre que você vê um atleta russo, você sabe que o cara tem alguma condição de estar ali. Porque os russos estão sempre brigando. Uma hora, um conquista um ouro, ou, 24 ouros.
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