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Um jogo que decide

Ausente 16 anos dos Jogos Olímpicos, a seleção brasileira de basquete fará sua estréia na competição contra a Austrália, no dia 29. Mais do que um simples retorno ao torneio, o jogo decidirá o futuro do Brasil na competição.

O Brasil está em um grupo médio, onde é claramente superior a duas equipes: China e Grã Bretanha. Também é melhor que a Austrália, mas não é uma superioridade visível. É um jogo em que pode ganhar e pode perder. Uma possível derrota não elimina o Brasil, mas deixa o caminho complicado.

Uma derrota aumenta a pressão sobre o Brasil, que pode se complicar na sequência contra os donos da casa e ainda terá Rússia e Espanha mais adiante. Pode não ser eliminado, mas pode se classificar com a quarta colocação o que o colocaria diante dos Estados Unidos no mata-mata olímpico, pronto para morrer nas quartas-de-final.

Uma vitória traz tranquilidade e a certeza do caminho certo. Tranquilidade para confirmar a vitória contra os britânicos e para enfrentar os equivalentes russos e os favoritos espanhóis na sequência. A vitória coloca o Brasil no caminho de uma classificação boa, certo de que não enfrentará os Estados Unidos logo de cara.

Os prováveis adversários na fase eliminatória seriam Argentina, Lituânia, França. Todos adversários complicados, mas todos adversários derrotáveis. Seria um jogo para a história, um jogo para a classificação para as semifinais e a briga efetiva por medalhas.

Essa possibilidade real de uma histórica medalha, de bronze mesmo, passa pela necessidade de vencer a Austrália na estréia. Um jogo para a história do basquete brasileiro.

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