Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (35)

Beirut – The Flying Club Cup (2007):Em seu segundo disco, Zach Condon parece deixar o leste europeu para abraçar a França. Poderia ser uma ótima trilha sonora para qualquer filme que tem Paris no nome.
Melhores: Un Dernier Verre e Nantes.

Ben Folds – Song for Silvermen (2005): Um disco mediano. Interessante notar que nos discos solos, Ben Folds é bem mais depressivo do que nas músicas do seu antigo trio.
Melhores: Bastard e Time.

Eric Clapton – Clapton (2010): Clapton parece estar se especializando em fazer discos agradáveis, com músicas para serem escutadas aleatoriamente, sem nenhum destaque absoluto. Aqui, seu repertório parece mais puxado para números de jazz, ao invés de blues.
Melhores: Rockin’ Chair e Judgment Day.

Gene Clark – Firebyrd (1984): Não é um disco ruim. Mas a produção e o repertório dão uma cara bem amadora para o registro final do genial Clark.
Melhores: If You Could Read My Mind e Rain Song.

Golden Smog – Blood on the Slacks (2007): Com 8 músicas, sendo dois covers e pouco mais de 20 minutos de duração, chega a ser sacanagem dizer que isso é um disco.
Melhores: Look at you now e Starman (Sim, cover de David Bowie).

Graham Koxon – The Kiss of Morning (2002): Coxon mistura muito bem o rock alternativo com números de folk. Nos seus discos posteriores os estilos aparecem mais separados, em trabalhos diferentes. Estou prestes a me convencer que a carreira de Coxon é mais consistente que a do Blur.
Melhores: Escape Song e Ain’t no Lie.

Manic Street Preachers – Gold Against the Soul (1993): Sim, os Manics são incapazes de fazer um disco ruim. Gold Against the Soul ainda é um pouco perdido entre o peso de Generation Terrorists e o pop de Everything Must Go, mas é bom.
Melhores: From Despair to Where e Life Becoming a Landslide.

Neil Young – On the Beach (1974): Neil Young está em uma praia fria e cinzenta e venta muito. Belo disco, extremamente melancólico.
Melhores: See the Sky about to rain e On the Beach.

The Electric Soft Parades – Holes in the Wall (2002): Uma banda de britrock perdida em pleno 2002. Talvez faça parte do último suspiro do gênero, com sua mistura de melodias beatlemaníacas, unidas ao lado dançante/eletrônico, influência dos Stone Roses.
Melhores: There’s a Silence e Bitting the Soles of my Feet.

The Soundtrack of our Lives – Behind the Music (2001): Bandas de rock sueco tem um jeito parecido de fazer música. Não sei se a pronuncia, a voz, ou o que. Mas, este aqui é praticamente igual a qualquer coisa do Mando Diao.
Melhores: Infra Riot e Sister Surround.

Comentários

Postagens mais visitadas

Oasis e a Cápsula do Tempo

Não dá para entender o Oasis pensando apenas na relevância das suas músicas, nos discos vendidos, nos ingressos esgotados ou nas incontáveis exibições do videoclipe de Wonderwall na MTV. Além das influências musicais, das acusações de plágio e das brigas públicas, o Oasis faz parte de um fenômeno cultural (um pouco datado, claro), mas é uma banda que captou o espírito de uma época e transformou isso em arte, promovendo uma rara identificação com seus fãs. Os anos 1990 foram marcados por problemas econômicos no mundo inteiro. Uma juventude já desiludida não via muitas perspectivas de vida. A Guerra Fria havia acabado, uma nova revolução tecnológica começava, o Reino Unido vivia uma crise pós governo Thatcher e nesse cenário surge um grupo cantando letras incrivelmente ousadas para meros desconhecidos.  Definitely Maybe, primeiro disco do grupo, fala sobre curtir a vida de maneira meio sem propósito e sem juízo. A diversão que só vem com cigarros e álcool, o sentimento supersônico de...

Oasis de 1 a 7

Quando surgiu em 1994, o Oasis rapidamente se transformou em um fenômeno midiático. Tanto por suas canções radiofônicas, quanto pela personalidade dos irmãos Gallagher. Eles estiveram na linha frente do Britpop, movimento que redefiniu o orgulho britânico. As letras arrogantes, o espírito descolado, tudo contribuiu para o sucesso. A discografia da banda, no entanto, não chega a ser homogênea e passa a ser analisada logo abaixo, aproveitando o retorno do grupo aos palcos brasileiros após 16 anos.  Definitely Maybe (1994) O primeiro disco do Oasis foi durante muito tempo o álbum de estreia mais vendido da história do Reino Unido. Foi precedido por três singles, sendo que dois deles são clássicos absolutos - Supersonic e Live Forever . O vocalista Liam Gallagher cantava em algum lugar entre John Lennon e Ian Brown, enquanto o som da banda bebia de quase tudo o que o Reino Unido havia produzido nos 30 anos anteriores (Beatles, T. Rex, Sex Pistols, Smiths, Stone Roses). O disco começa c...

Somos todos Leicester

O que era inacreditável, o que parecia impossível agora é verdade. O Leicester é o campeão inglês da temporada 2015-16. Incrível que o título tenha vindo de maneira até confortável, com duas rodadas de antecedência. Incrível que mesmo com a folga na tabela e a liderança estável nas últimas rodadas, era impossível acreditar que o título realmente viria. Parecia que a qualquer momento os Foxes poderiam desabar. O que mais falar sobre esse time? Formado por uma série de refugos, jovens que jamais explodiram, uma ou outra promessa. Filho de goleiro, zagueiro jamaicano e zagueiro alemão grosso, atacante japonês, atacante que até outro dia jogava no futebol amador. Não há nada parecido com o que Leicester fez nesse ano na história do futebol. Talvez na história do esporte. O título do Leicester é uma das maiores façanhas da história da humanidade. Não há o que falar, o que teorizar. Só resta olhar esse momento histórico e aceitar que às vezes o impossível acontece. Que realmente nada é i...