Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (26)

Aimee Mann - @#%&*! Smilers (2008): Um conjunto de canções bonitinhas e apenas isso.
Melhores: Looking for Nothing e It’s Over.

Blur – 13 (1999): Cada disco do Blur dava uma mostra de como seria o posterior. 13 é uma continuação de Essex Dogs, que fecha o disco homônimo de dois anos antes. Músicas travadas, experimentais, cheias de efeitos. A mudança constante do Blur realmente é marcante.
Melhores: Coffe & TV e Tender.

Chico Canta (1973): Disco político, de músicas censuradas, crítico. As letras são importantes, mas o instrumental – distante do samba, lembrando até os teclados progressivos – também é marcante.
Melhores: Cala a Boca Bárbara e Tire as mãos de mim.

Elvis Costello (1982): Não é um disco ruim, mas é decepcionante. Decepcionante que um dos discos mais falados do mito Elvis Costello seja esse conjunto de canções de bordel com letras que fariam bonito para Leandro e Leonardo.
Melhores: Man Out of Time e Pidgin English.

Kula Shaker – K (1996): É um bom disco de britpop, puxando para o lado psicodélico. O resultado é bom, principalmente quando eles não insistem em fazer referências místicas em tolices como “Sleeping Jeeva”.
Melhores: Into the Deep e Start All Over.

Mando Diao – Give me Fire (2009): Neste disco o Mando Diao consegue, por vezes, flertar com a ruindade suprema. Por outras, eles parecem estar tentando escrever as mesmas canções que tentam escrever desde o começo. Mas do meio dessa confusão toda, e dos arranjos bregas, eles conseguem alguns dos resultados mais relevantes de sua carreira – e compensa o início pavoroso do disco.
Melhores: Crystal e Go Out Tonight.

Screaming Trees – Buzz Factory (1989): Disco irrelevante.
Melhores: Flower Web e Black Sun Morning.

The Band – Northen Light – Southern Cross (1975): Robbie Robertson parece inspirado. Todas as canções têm uma beleza que carregam um clima de fim de festa, fim de show. Mantém o nível do disco lá em cima, mas acaba tirando o brilho individual das composições.
Melhores: Hobo Jungle e Jupiter Hollows.

The Bluetones (2006): Um conjunto de canções acústicas e pouco inspiradas, que pouco lembram o britpop marcante do disco de estréia.
Melhores: Baby Back Up e Surrendered.

The Clash – Cut the Crap (1985): Lá pelas tantas Joe Strummer canta o refrão “We are the Clash!”. Não deveria. A banda que lançou esse disco não deveria ser o The Clash. Cut the Crap é um álbum pavoroso, cheio de coros, sintetizadores, mixagens confusas e tudo de pior que é associado ao New Wave. A banda sem Mick Jones não era o The Clash. Cut the Crap confirma toda a lenda sobre sua ruindade. E puxa pra baixo o final da discografia da banda, de três discos perfeitos nos anos 70 e outros três erráticos nos anos 80.
Melhores (ou, audíveis): We Are the Clash e Dirty Punk.

Comentários

Postagens mais visitadas

Andei lendo

Histórias de Cronópios e Famas, de Júlio Cortázar. Quando se lê o nome do livro a grande dúvida é “afinal, o que são cronópios”. Pois bem, a surpresa é que Famas, não é o que você imagina. O livro não fala sobre a fama, aquela dos artistas. Famas são seres criados por Cortázar, assim como os Cronópios e também as Esperanças, que foram cortadas do título. Mas todos esses seres são apenas uma parte do fantasioso livro, que na verdade é um livro sobre o nada. São pequenas histórias (não só sobre cronópios e famas) sobre a alegria de se enviar uma pata de aranha para um ministro, a secretária possessiva, a família que distribuía bolas coloridas em uma agência do correio, o homem que vendia gritos e manuais de instruções para se subir uma escada, ou matar formigas em Roma. A graça do livro está na poética do autor. Pela mágica que faz com que qualquer frase soe bela, como se as palavras ali escritas estivessem atraídas por um magnetismo, de tal forma que seria impossível que essas palavras ...

Vitórias contra o Big Four

Depois de definidas as quartas-de-final do Australian Open, com uma pré-definição da repetição da final do ano passado entre Federer e Nadal, algumas pessoas chamaram a atenção para um nome que poderia evitar isso: Tomas Berdych. O tcheco está há anos no top-20 mundial, passou outros tantos no top-10 e costuma sempre a fazer campanhas dignas nos Grand Slams. No entanto, tem uma estatística ruim contra os tenistas do Big Four. No entanto, quem tem bons números contra esses caras? Fiz um apanhado para saber quem são os tenistas que tem melhores resultados contra os quatro jogadores que dominam o esporte há mais de uma década. Estabeleci alguns critérios: ter enfrentado Federer, Murray, Nadal e Djokovic pelo menos duas vezes cada, em um total de pelo menos 10 jogos contra os nomes do Big Four. Pré-selecionei os tenistas entre o top-20 atual e aqueles que disputaram os ATP Finals desde 2006. No total, 31 nomes se estabeleceram nos critérios e entre ele, o que tem o melhor desempenho é:...