Joguei futebol durante muito tempo da minha vida. Duranteuns 10 anos, com alguma frequência. Por vezes, pelo menos uma vez por semana. Me machuquei algumas vezes. Incontavéis ralados, dores de pancadas. Torci o pé umas três vezes, coisa leve. Só lembro uma vez que eu fiquei com o pé dolorido duas vezes.
Mas eis que minha lesão mais grave, a torça de verdade ocorreu andando. Sim, eu apenas andava. Ia para a academia. Fui descer um degrau e meu pé não pisou no chão normalmente, virou para dentro. Senti o ligamento estirando e não consegui mais pisar. Meu tornozelo ficou do tamanho de uma batata. Fiquei com o pé imobilizado, ele ficou roxo.
E quinze dias depois ele continua inchado. Continua doendo para certos movimentos. Continua doendo quando é apertado.
Foi andando apenas. Não estava me arriscando com nada. Apenas andava.
Como apenas andava, numa manhã de volta de feriado, algum cidadão. Alguém que foi arremessado do outro lado de uma praça por conta de uma explosão de gás. A pessoa morreu sem saber por que. Não fazia nada que possa ser considerado arriscado. Não pulou de para-quedas, nem sequer entrou num avião. Não dirigia um carro, não manuseava objetos perigosos. Apenas andava em uma calçada, tranquilamente.
Para morrer, realmente, basta estar vivo.
Mas eis que minha lesão mais grave, a torça de verdade ocorreu andando. Sim, eu apenas andava. Ia para a academia. Fui descer um degrau e meu pé não pisou no chão normalmente, virou para dentro. Senti o ligamento estirando e não consegui mais pisar. Meu tornozelo ficou do tamanho de uma batata. Fiquei com o pé imobilizado, ele ficou roxo.
E quinze dias depois ele continua inchado. Continua doendo para certos movimentos. Continua doendo quando é apertado.
Foi andando apenas. Não estava me arriscando com nada. Apenas andava.
Como apenas andava, numa manhã de volta de feriado, algum cidadão. Alguém que foi arremessado do outro lado de uma praça por conta de uma explosão de gás. A pessoa morreu sem saber por que. Não fazia nada que possa ser considerado arriscado. Não pulou de para-quedas, nem sequer entrou num avião. Não dirigia um carro, não manuseava objetos perigosos. Apenas andava em uma calçada, tranquilamente.
Para morrer, realmente, basta estar vivo.
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