Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (25)

Aimee Mann – Bachelor no. 2 (2000): Disco de melodias agradáveis.
Melhores: Save Me e Deathly.

Donovan – What’s Bin Did and What’s Bin Hid (1965): No seu disco de estréia, Donovan tenta ser igual Bob Dylan. Chega até a cantar anasalado. Pena em que em 65, nem Dylan parecia mais com ele próprio.
Melhores: Catch the Wind e Ramblin’ Boy.

Galaxie 500 – On Fire (1989): As duas músicas iniciais são um choque. Guitarras repetitivas, gritinhos agudos. Se você conseguir sobreviver, até perceberá algumas boas canções. A melhor do disco é o cover de George Harrison. O que deve dizer algo sobre as composições próprias da banda.
Melhores: Isn’t It a Pity e Strange.

George Harrison – Extra Texture (1975): Imagino que já disse isso em outra oportunidade. Não importa a época, George sempre faz grandes músicas quando sua guitarra chora gentilmente.
Melhores: The Answer’s at the End e Tired of Midnight Blues.

Josh Rouse – Dressed Up Like Nebraska (1998): Disco padrão médio.
Melhores: The White Trash Period of My Life e Invisible.

Matthew Sweet – Altered Beast (1993): O disco não chega a ser absolutamente ruim, mas carece de inspiração. Pobre Sweet, só conseguiu fazer algo que preste em uma oportunidade de sua vida.
Melhores: Time Capsule e What do You Know?

Ride – Tarantula (1996): Disco sem alma.
Melhores: Castle on the Hill e Walk on Water.

Rufus Wainwright – All Days Are Night: songs for Lulu (2010): Estranho ouvir Wainwright sem toda a mega produção. Disco melancólico, levado apenas na voz e no piano. Por vezes é bem sonolento.
Melhores: Who Are You New York? e The Drem.

The Afghan Whigs – Black Love (1996): Não entendo porque este disco é colocado tão pra baixo na discografia dos Whigs. É uma tentativa mais pop, tentando ganhar o mercado, mas tem boas músicas.
Melhores: Blame, etc e My Enemy.

The Byrds – Younger than Yesterday (1967): Os Byrds sempre se saem bem quando ficam na deles, com canções folks, harmonias vocais agradáveis. Quando eles partem para experimentações psicodélicas, o resultado é um saco.
Melhores: Have you seen her face? e Thoughts and Words.

Comentários

Postagens mais visitadas

Desgosto gratuito

É provável que se demore um tempo para começar a gostar de alguém. Você pode até simpatizar pela pessoa, ter uma boa impressão de uma primeira conversa, admirar alguns aspectos de sua personalidade, mas gostar, gostar mesmo é outra história. Vão se alguns meses, talvez anos, uma vida inteira para se estabelecer uma relação que permita dizer que você gosta de uma pessoa. (E aqui não falo de gostar no sentido de querer se casar ou ter relações sexuais com outro indivíduo). O ódio, por outro lado, é gratuito e instantâneo. Você pode simplesmente bater o olho em uma pessoa e não ir com a cara dela, ser místico e dizer que a energia não bateu, ou que o anjo não bateu, ou que alguma coisa abstrata não bateu. Geralmente o desgosto é recíproco e, se parar para pensar, poucas coisas podem ser mais bonitas do que isso: duas pessoas que se odeiam sem nenhum motivo claro e aparente, sem levar nenhum dinheiro por isso, sem nenhuma razão e tampouco alguma consequência. Ninguém vai se matar, brigar n...

Os 27 singles do Oasis: do pior até o melhor

Oasis é uma banda que sempre foi conhecida por lançar grandes b-sides, escondendo músicas que muitas vezes eram melhores do que outras que entraram nos discos. Tanto que uma coletânea deles, The Masterplan, é quase unanimemente considerada o 3º melhor disco deles. Faço aqui então um ranking dos 27 singles lançados pelo Oasis, desde o pior até o melhor. Uma avaliação estritamente pessoal, mas com alguns pequenos critérios: 1) São contados apenas o lançamentos britânicos, então Don't Go Away - lançado apenas no Japão, e os singles australianos não estão na lista. As músicas levadas em consideração são justamente as que estão nos lançamentos do Reino Unido. 2) Tanto a A-Side, quanto as b-sides tem o mesmo peso. Então, uma grande faixa de trabalho acompanhada por músicas irrelevantes pode aparecer atrás de um single mediano, mas com lados B muitos bons. 3) Versões demo lançadas em edições especiais, principalmente a partir de 2002, não entram em contra. A versão White Label de Columbia...

Tentando entender

Talvez a esquerda tenha que entender que o mundo mudou. A lógica da luta coletiva por melhorias, na qual os partidos de esquerda brasileiros se fundaram na reabertura democrática, não existe mais. Não há mais sindicatos fortes lutando por melhorias coletivas nas condições de trabalho. Greves são vistas como transtornos. E a sociedade, enfim, é muito mais individual. É uma característica forte dos jovens. Jovens que não fazem sexo e preferem o prazer solitário, para não ter indisposição com a vontade dos outros. Porque seria diferente na política? O mundo pautado na comunicação virtual é um mundo de experiências individuais compartilhadas, de pessoas que querem resolver seus problemas. É a lógica por trás do empreendedorismo precário, desde quem tem um pequeno comércio em um bairro periférico, passando por quem vende comida na rua, ou por quem trabalha para um aplicativo. Não são pessoas que necessariamente querem tomar uma decisão coletiva, mas que precisam que seus problemas individua...