Meu respeito pela Veja foi caindo aos poucos. Pelas capas sempre bizarras e forçadas. José Serra com a mão no queijo, Lula com os "ll" de Collor... Difícil citar uma pior, visto que toda semana éramos presenteados com um atentado ao bom-senso. As colunas forçadas e doentias do Diogo Mainardi (alguém ainda aguenta ler aquelas comparações do tipo "Os Irmãos Karamazov da Asa Sul de Brasília"?). Os textos adjetivando e negativando as pessoas, como se fosse a mais neutra das opiniões.
No dia em que Reinaldo Azevedo escreveu uma coluna defendendo a postura da imprensa no pequeno espetáculo midiático que foi a morte de Isabella Nardoni (sim, a imprensa devia mostrar o apartamento o dia todo. As pessoas que estavam ali, foram por livre e espontânea vontade. As críticas vêm daqueles que querem controlar a imprensa) eu parei. Sim, parei. De vez em quando ainda dou uma olhada na parte de cultura, ou na entrevista curtinha e bizarra do começo da revista. Mas passo longe de qualquer parte política.
A Carta Capital é provavelmente a revista mais bem produzida, ao lado da Veja. Textos bons, bom uso das fotos (a Istoé parece uma "Amiga" com estilo). As duas também posam como "a revista mais séria".
Meu respeito pela Carta Capital, ou melhor, por Mino Carta caiu em um episódio meio tolo. A matéria de capa que ligava o jogador Kaká a algum escândalo da Igreja Renascer. O detalhe é: nem o jogador e nem a Igreja foram ouvidos pela revista. Tal fato feria o princípio de se escutar os dois lados e tudo mais. Mas eu sei que isso acontece o tempo todo na imprensa por aí.
O detalhe é: a postura de Mino Carta.
Me lembro bem, que quando li "Notícias do Planalto" de Mario Sergio Conti, durante a faculdade, li também uma crítica do Mino. Ele desqualificava o livro, algo como "mais uma tentativa de colocar na conta da imprensa a queda do Collor" e o próprio autor, um pilantra. Isso porque, Conti não o teria ouvido sobre a sua saída do Grupo Abril.
Claro que também é uma falha do autor. Mas o que eu esperava do próprio Mino Carta, é que criticasse a própria revista por ter repetido a mesma falha. Não vi nada a respeito, apenas ele gostando da repercussão internacional da reportagem.
Vez por outra Veja e Carta Capital aparecem na minha timeline do Twitter. E é estranho constatar que as duas são a mesma coisa. Em pontos ideológicos antagônicos (Em um provável questionário de 10 questões, teríamos 10 respostas diferentes), mas são a mesma coisa. As duas tem seus posicionamentos travestidos de imparcialidade.
Entre no site da Veja e teremos insinuações sobre crises no PT, protestos do PSDB, negações a campanha de Dilma, sucessos de Serra. Já a Carta Capital noticia o avanço de Dilma, os intelectuais que apóiam o PT, o Legado do Lula.
O que as diferenciam? Não vejo mérito, nem graça, nem honra, beleza em se comportar assim para defender um lado. "Contra a mídia golpista, daqueles que sempre estiveram no poder" ou "contra a mídia governista, daqueles que estão no poder".
No dia em que Reinaldo Azevedo escreveu uma coluna defendendo a postura da imprensa no pequeno espetáculo midiático que foi a morte de Isabella Nardoni (sim, a imprensa devia mostrar o apartamento o dia todo. As pessoas que estavam ali, foram por livre e espontânea vontade. As críticas vêm daqueles que querem controlar a imprensa) eu parei. Sim, parei. De vez em quando ainda dou uma olhada na parte de cultura, ou na entrevista curtinha e bizarra do começo da revista. Mas passo longe de qualquer parte política.
A Carta Capital é provavelmente a revista mais bem produzida, ao lado da Veja. Textos bons, bom uso das fotos (a Istoé parece uma "Amiga" com estilo). As duas também posam como "a revista mais séria".
Meu respeito pela Carta Capital, ou melhor, por Mino Carta caiu em um episódio meio tolo. A matéria de capa que ligava o jogador Kaká a algum escândalo da Igreja Renascer. O detalhe é: nem o jogador e nem a Igreja foram ouvidos pela revista. Tal fato feria o princípio de se escutar os dois lados e tudo mais. Mas eu sei que isso acontece o tempo todo na imprensa por aí.
O detalhe é: a postura de Mino Carta.
Me lembro bem, que quando li "Notícias do Planalto" de Mario Sergio Conti, durante a faculdade, li também uma crítica do Mino. Ele desqualificava o livro, algo como "mais uma tentativa de colocar na conta da imprensa a queda do Collor" e o próprio autor, um pilantra. Isso porque, Conti não o teria ouvido sobre a sua saída do Grupo Abril.
Claro que também é uma falha do autor. Mas o que eu esperava do próprio Mino Carta, é que criticasse a própria revista por ter repetido a mesma falha. Não vi nada a respeito, apenas ele gostando da repercussão internacional da reportagem.
Vez por outra Veja e Carta Capital aparecem na minha timeline do Twitter. E é estranho constatar que as duas são a mesma coisa. Em pontos ideológicos antagônicos (Em um provável questionário de 10 questões, teríamos 10 respostas diferentes), mas são a mesma coisa. As duas tem seus posicionamentos travestidos de imparcialidade.
Entre no site da Veja e teremos insinuações sobre crises no PT, protestos do PSDB, negações a campanha de Dilma, sucessos de Serra. Já a Carta Capital noticia o avanço de Dilma, os intelectuais que apóiam o PT, o Legado do Lula.
O que as diferenciam? Não vejo mérito, nem graça, nem honra, beleza em se comportar assim para defender um lado. "Contra a mídia golpista, daqueles que sempre estiveram no poder" ou "contra a mídia governista, daqueles que estão no poder".
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