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Mostrando postagens de setembro, 2019

O medo com Fernando Diniz

Desde que Fernando Diniz foi anunciado como o novo treinador do São Paulo, os torcedores da equipe vivem em uma espécie de pavor constante. O nome de Diniz também tem sido rejeitado por uma pequena maioria dos torcedores, por mais que não haja um consenso sobre quem deveria ocupar este posto. Há sim alguma razão para se temer Fernando Diniz no comando da sua equipe e a principal delas é que ele conquistou apenas cinco vitórias em suas duas passagens por clubes da primeira divisão do campeonato brasileiro. Seu Fluminense deste ano venceu apenas três partidas, duas delas em atuações memoráveis (Grêmio e Cruzeiro), mas fora isso acumulou uma série de derrotas agradáveis. Diniz é um dos treinadores mais falados do Brasil desde pelo menos meados de 2014, quando seu Audax fez bons jogos no campeonato paulista. Em 2016, no seu auge, a modesta equipe de Osasco foi vice-campeã paulista, derrotando alguns gigantes pelo caminho e mantendo seu estilo pessoal: toque de bola, correndo riscos...

Abbey Road 50

Lá pelos idos de 2001 a vida não fazia sentido se eu não escutasse o Abbey Road. O último disco gravado pelos Beatles, com sua icônica capa até hoje imitada para desprazer dos motoristas londrinos, era o único lançamento dos Fab Four presente na coleção dos meus pais. Não sei se por alguma razão ou por oportunidade de negócio - custou R$ 8,90. Fato é que eventualmente minha mãe colocava esse disco para tocar e eu não dava muita atenção. Até que um dia eu fui para Barcelona, assisti uma apresentação de fantoches dos Beatles na Rambla e aquilo não saiu da minha cabeça. Na volta pra casa passei a prestar atenção. E aí aconteceu, eu descobri Oh! Darling. Hoje eu sei que Paul McCartney tentava gravar essa música sempre pela manhã, quando sua voz ainda aguentava o tranco, mas naquela época nada disso importava. Aliás, nada importava, apenas o disquinho rodando interminavelmente nesta música. Era minha obsessão. Os gritos de Paul aliviavam qualquer angústia adolescente. Há muito mitol...

A glória do Big 4 é também o fracasso de uma geração

Comecei a escrever este texto logo depois das semifinais do Australian Open deste ano, quando Novak Djokovic e Rafael Nadal varreram os jovens Lucas Pouille e Stefano Tsitsipas da quadra e marcaram mais um encontro na final. Cheguei a retomar o rascunho quando ficou claro que o título de Wimbledon não escaparia de Djokovic, Nadal ou Roger Federer. Depois ainda veio mais um US Open vencido por Nadal, para reforçar a tese. O domínio que o chamado Big Four impôs ao tênis nos últimos 15 anos é algo incomparável na história do esporte. De 2004 para cá, foram disputados 64 torneios de Grand Slam. Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray conquistaram 57 deles, quase 90%. (Andy Murray conquistou apenas três títulos, mas se (lembrando que SE não existe), seus sonhos mais confortantes se tornassem realidade e se Roger Federer tivesse virado pastor de ovelhas nos Alpes Suíços, Rafael Nadal fosse caixa da vidraçaria do pai e Novak Djokovic cumprisse a mesma função em uma piz...

Morte por basquete

Ao que tudo indica, felizmente a seleção brasileira de basquete masculino ficará de fora das Olimpíadas de Tóquio. Claro, ainda há a possibilidade que o Brasil avance no torneio pré-olímpico, em que disputara uma vaga ao lado de outros cinco times, que podem sair dessa lista: Lituânia, Itália Grécia, Rússia, Venezuela, Porto Rico, ainda pode ter Sérvia, Espanha ou França, enfim, um elenco de filme de terror. Fora das Olimpíadas, a seleção de basquete garante que o torneio pré-olímpico será o último momento de sofrimento do seu torcedor. Porque não é fácil torcer para o Brasil no basquete. É garantia de sofrimento, de tortura, de terror, de sonhar alto apenas para se frustrar melancolicamente no fim. As inúmeras derrotas para a Argentina, sempre no sufoco e com os mais diversos requintes de crueldade (aquela bola do Noccioni no último segundo segue caindo até hoje). Os jogos duros contra seleções fortes, que acabam perdidos na agonia final. Quando o Brasil finalmente vence a Argenti...