Terminado o ano de 2015 para a Fórmula 1, só resta uma comemoração: a de que terminou. Escrevi após a primeira corrida do ano que a temporada prometia ser sofrível e a expectativa se confirmou com sobras. Creio que 2015 foi uma das piores temporadas da Fórmula 1 que eu já assisti.
A Mercedes fez um carro amplamente superior a concorrência, como fizeram a Ferrari em 2004 e 2002, a Williams em 1992 e 1993 e a McLaren em 1988, ou mesmo a Red Bull de 2011 e 2013. Mas em 2002, 2004, 2011 e 2013 as outras equipes conseguiam incomodar em determinadas situações e não vimos em Rubens Barrichello e Mark Webber, pilotos comparáveis a Nico Rosberg, a facilidade para andar na frente do resto dos pilotos.
Em 1992 e 1993 a Williams era muito superior e faria dobradinha em todas as 16 corridas da temporada, mas os carros sofriam mais com problemas mecânicos, possibilitando algumas zebras históricas e disputadas nas posições intermediárias. O atual domínio da Mercedes só é comparável a McLaren de 1988 e 1989, com uma diferença: a McLaren tinha um equilíbrio maior entre os pilotos.
Quase todas as corridas da temporada podem ser resumidas ao roteiro da Mercedes abrindo na frente para conseguir 12 dobradinhas na temporada e Sebastian Vettel se desdobrando para não ficar muito longe e chegar em terceiro. Nas 19 corridas, Hamilton chegou ao pódio em 17. Rosberg em 16. Vettel em 13. Sobraram três pódios para Raikkonen (contando com problemas de Vettel em duas e uma em Cingapura), dois para Massa e Bottas (contanto com quebras na frente), dois para Ricciardo em duas corridas de exceção, um para Kvyat numa corrida maluca, uma para Pérez e Grosjean, ambos conseguidos após incidentes na última volta.
Hamilton venceu com sobras. Rosberg conseguiu o vice-campeonato após fazer de tudo para perdê-lo de maneira humilhante. O alemão conseguiu um brilhareco no final, quando já não havia a pressão pelo título após uma série de besteiras nas corridas anteriores. Talvez para deixar a impressão enganosa de que as coisas não foram tão fáceis assim.
Corridas boas no ano houveram três: Inglaterra, Hungria e Estados Unidos.
Na Inglaterra, a má largada da Mercedes, associada ao bom desempenho da Williams (em seu melhor fim de semana no ano) e a chuva que despencou no final da corrida mudaram todo o panorama da disputa, que no final terminou com o clássico pódio Hamilton-Rosberg-Vettel.
Na Hungria, a má largada da Mercedes, o bom desempenho da Ferrari e um safety car inesperado confundiram a corrida inteira, promovendo uma série de disputas e o pódio surpreendente de Vettel-Kvyat-Ricciardo, Verstappen em quarto e Alonso em quinto, com a Mercedes lá no final.
Nos Estados Unidos um tufão passou pela corrida, abrindo muitas possibilidades e terminando com Hamilton-Rosberg-Vettel no pódio.
Fora isso as corridas na Rússia, na Malásia e na Bélgica trouxeram alguns bons momentos no bloco intermediário.
Alguns poucos pilotos tiveram o que comemorar nesse ano:
Lewis Hamilton o campeão dominante e com sobras.
Sebastian Vettel, que mostrou que é um grande piloto e realizou algumas corridas impressionantes.
Sérgio Pérez, que com o crescimento da Force India na metade final da corrida conseguiu alguns grandes resultados.
Max Verstappen surge como uma nova promessa da Fórmula 1, com alguns momentos realmente surpreendentes e brilhantes para um cara de 18 anos.
Fora isso, muitos pilotos com temporadas boas e outros bem apagados.
A Fórmula 1 mudou ano passado e mudou para pior. Se alguns caminhos não forem repensados, a categoria pode entrar numa espiral de desinteresse e desaparecer.
Para 2016 a expectativa é que a Ferrari evolua, possibilitando que Sebastian Vettel duele com Lewis Hamilton e que Kimi Raikkonen tenha um bom desempenho. Que a Williams volte a subir, após um ano que parecia promissor e no qual a equipe parecia brigar pelo posto de segunda força e terminou com seu posto de terceira dúvida em posto. Que a Force India e sua boa dupla de pilotos mantenha o bom desempenho da metade final da temporada. Que a McLaren pare de dar vexame e que a Red Bull se encontre, com o motor que for.
Caso contrário, vai ser duro.
A Mercedes fez um carro amplamente superior a concorrência, como fizeram a Ferrari em 2004 e 2002, a Williams em 1992 e 1993 e a McLaren em 1988, ou mesmo a Red Bull de 2011 e 2013. Mas em 2002, 2004, 2011 e 2013 as outras equipes conseguiam incomodar em determinadas situações e não vimos em Rubens Barrichello e Mark Webber, pilotos comparáveis a Nico Rosberg, a facilidade para andar na frente do resto dos pilotos.
Em 1992 e 1993 a Williams era muito superior e faria dobradinha em todas as 16 corridas da temporada, mas os carros sofriam mais com problemas mecânicos, possibilitando algumas zebras históricas e disputadas nas posições intermediárias. O atual domínio da Mercedes só é comparável a McLaren de 1988 e 1989, com uma diferença: a McLaren tinha um equilíbrio maior entre os pilotos.
Quase todas as corridas da temporada podem ser resumidas ao roteiro da Mercedes abrindo na frente para conseguir 12 dobradinhas na temporada e Sebastian Vettel se desdobrando para não ficar muito longe e chegar em terceiro. Nas 19 corridas, Hamilton chegou ao pódio em 17. Rosberg em 16. Vettel em 13. Sobraram três pódios para Raikkonen (contando com problemas de Vettel em duas e uma em Cingapura), dois para Massa e Bottas (contanto com quebras na frente), dois para Ricciardo em duas corridas de exceção, um para Kvyat numa corrida maluca, uma para Pérez e Grosjean, ambos conseguidos após incidentes na última volta.
Hamilton venceu com sobras. Rosberg conseguiu o vice-campeonato após fazer de tudo para perdê-lo de maneira humilhante. O alemão conseguiu um brilhareco no final, quando já não havia a pressão pelo título após uma série de besteiras nas corridas anteriores. Talvez para deixar a impressão enganosa de que as coisas não foram tão fáceis assim.
Corridas boas no ano houveram três: Inglaterra, Hungria e Estados Unidos.
Na Inglaterra, a má largada da Mercedes, associada ao bom desempenho da Williams (em seu melhor fim de semana no ano) e a chuva que despencou no final da corrida mudaram todo o panorama da disputa, que no final terminou com o clássico pódio Hamilton-Rosberg-Vettel.
Na Hungria, a má largada da Mercedes, o bom desempenho da Ferrari e um safety car inesperado confundiram a corrida inteira, promovendo uma série de disputas e o pódio surpreendente de Vettel-Kvyat-Ricciardo, Verstappen em quarto e Alonso em quinto, com a Mercedes lá no final.
Nos Estados Unidos um tufão passou pela corrida, abrindo muitas possibilidades e terminando com Hamilton-Rosberg-Vettel no pódio.
Fora isso as corridas na Rússia, na Malásia e na Bélgica trouxeram alguns bons momentos no bloco intermediário.
Alguns poucos pilotos tiveram o que comemorar nesse ano:
Lewis Hamilton o campeão dominante e com sobras.
Sebastian Vettel, que mostrou que é um grande piloto e realizou algumas corridas impressionantes.
Sérgio Pérez, que com o crescimento da Force India na metade final da corrida conseguiu alguns grandes resultados.
Max Verstappen surge como uma nova promessa da Fórmula 1, com alguns momentos realmente surpreendentes e brilhantes para um cara de 18 anos.
Fora isso, muitos pilotos com temporadas boas e outros bem apagados.
A Fórmula 1 mudou ano passado e mudou para pior. Se alguns caminhos não forem repensados, a categoria pode entrar numa espiral de desinteresse e desaparecer.
Para 2016 a expectativa é que a Ferrari evolua, possibilitando que Sebastian Vettel duele com Lewis Hamilton e que Kimi Raikkonen tenha um bom desempenho. Que a Williams volte a subir, após um ano que parecia promissor e no qual a equipe parecia brigar pelo posto de segunda força e terminou com seu posto de terceira dúvida em posto. Que a Force India e sua boa dupla de pilotos mantenha o bom desempenho da metade final da temporada. Que a McLaren pare de dar vexame e que a Red Bull se encontre, com o motor que for.
Caso contrário, vai ser duro.
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