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Bwana

Bwana era uma Força da Natureza. Aquele pequeno filhote que chegou aqui em casa sem nome e que cabia em uma mão logo cresceu e passou a ser capaz de mover vasos, arrancar árvores, roer canos, mover o eixo do planeta. Bwana tinha força para atravessar a piscina, caçar folhas em poças de água, pular muros e portões, rastrear qualquer presença de pão de queijo em um raio de dois quilômetros.

Aos poucos, a idade foi chegando e toda essa força foi se dissipando. Até que hoje sua energia terminou.

Foram doze anos desde que Bwana chegou aqui em casa e desde então nossas vidas não foram mais as mesmas. Eu era um estudante de 2º ano do Ensino Médio, que nunca mais entrou na piscina sozinho. Entrei na faculdade, me formei, me casei. Mas Bwana foi uma presença tão forte por aqui, que parece que ela sempre existiu e sempre existirá, com seu melancólico, esperançoso e companheiro olhar de labrador.

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