Como quase todo são-paulino, vivi uma relação de amor e ódio com Rogério Ceni até um certo dia de dezembro de 2005. Certo que qualquer resquício de ódio já havia desaparecido com a conquista da Libertadores e sua comemoração extasiada em campo, dizendo que poderia ir embora, que nada mais importava a partir daquele dia. Mas a final do mundial de 2015 foi marcante.
Até então, Rogério Ceni era o goleiro artilheiro, de boas defesas, algumas falhas, muita marra e poucos títulos. O cara zoado por se ajoelhar em lances cara-a-cara com o adversário. Que viveu um mau momento ali em 2001/2002 - curiosamente quando fez parte do elenco campeão da Copa do Mundo, que falhou no jogo que eliminou o São Paulo contra o Once Caldas na semifinal da Libertadores de 2004.
Era também o cara que fez milagres em alguns jogos do Campeonato Brasileiro de 1999 - contra Grêmio, Inter e Ponte Preta (na fase de classificação e também em um mata-mata surreal). Do gol de falta contra o Santos no Paulista de 2000. Lembro de uma partida contra a Portuguesa em 2001, pouco lembrada, mas em que só não dá pra dizer que Rogério fez chove porque já choveu pra caramba mesmo.
Era o cara que pegou três pênaltis contra o Fluminense em um jogo do Rio São Paulo de 2001. Era o cara que classificou sozinho o time sozinho em um jogo contra o Rosario Central pela Libertadores de 2004 (Aliás, o momento em que ela pega a bola para bater o pênalti, não sei porque, em deu uma sensação de que tudo estava resolvido ali). Mas era o cara de um time que ganhava poucos títulos. Que perdeu dezenas de jogos para o Corinthians.
Mas 2005 era para ser. Naquele ano, Rogério foi o maior batedor de faltas do mundo. Fez dezenas de gols, de todas as distâncias. Bateu pênaltis. Fez defesas. Fez três defesas espetaculares contra o Liverpool na final do Mundial de Clubes e depois daquele dia qualquer análise caiu por água abaixo.
Falhou? Falhou. Acertou? Acertou. Conquistou títulos, perdeu outros, sua imagem e a do clube definitivamente viraram uma só. Poderia ter se aposentado uns dois anos antes? Poderia. Mas eu entendo ele. Entendo que no final de 2012 o time parecia ter se acertado e que 2013 poderia ser muito bom, não foi. Que em 2013 ele jogou muito bem no final do ano e parecia que dava para aguentar mais um ano (que jogo foi aquele contra a Universidad Católica). Deu pra jogar e no final de 2014 parecia que o time estava bem para 2015. Não estava e agora parou.
Deixará um vazio que não há como ser preenchido por ninguém, mas é a vida. Foi a história, com muito mais amor.
Até então, Rogério Ceni era o goleiro artilheiro, de boas defesas, algumas falhas, muita marra e poucos títulos. O cara zoado por se ajoelhar em lances cara-a-cara com o adversário. Que viveu um mau momento ali em 2001/2002 - curiosamente quando fez parte do elenco campeão da Copa do Mundo, que falhou no jogo que eliminou o São Paulo contra o Once Caldas na semifinal da Libertadores de 2004.
Era também o cara que fez milagres em alguns jogos do Campeonato Brasileiro de 1999 - contra Grêmio, Inter e Ponte Preta (na fase de classificação e também em um mata-mata surreal). Do gol de falta contra o Santos no Paulista de 2000. Lembro de uma partida contra a Portuguesa em 2001, pouco lembrada, mas em que só não dá pra dizer que Rogério fez chove porque já choveu pra caramba mesmo.
Era o cara que pegou três pênaltis contra o Fluminense em um jogo do Rio São Paulo de 2001. Era o cara que classificou sozinho o time sozinho em um jogo contra o Rosario Central pela Libertadores de 2004 (Aliás, o momento em que ela pega a bola para bater o pênalti, não sei porque, em deu uma sensação de que tudo estava resolvido ali). Mas era o cara de um time que ganhava poucos títulos. Que perdeu dezenas de jogos para o Corinthians.
Mas 2005 era para ser. Naquele ano, Rogério foi o maior batedor de faltas do mundo. Fez dezenas de gols, de todas as distâncias. Bateu pênaltis. Fez defesas. Fez três defesas espetaculares contra o Liverpool na final do Mundial de Clubes e depois daquele dia qualquer análise caiu por água abaixo.
Falhou? Falhou. Acertou? Acertou. Conquistou títulos, perdeu outros, sua imagem e a do clube definitivamente viraram uma só. Poderia ter se aposentado uns dois anos antes? Poderia. Mas eu entendo ele. Entendo que no final de 2012 o time parecia ter se acertado e que 2013 poderia ser muito bom, não foi. Que em 2013 ele jogou muito bem no final do ano e parecia que dava para aguentar mais um ano (que jogo foi aquele contra a Universidad Católica). Deu pra jogar e no final de 2014 parecia que o time estava bem para 2015. Não estava e agora parou.
Deixará um vazio que não há como ser preenchido por ninguém, mas é a vida. Foi a história, com muito mais amor.
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