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Mostrando postagens de outubro, 2014

Conspiração do destino

Em 2012, pela primeira vez saí de férias com minha namorada. Me debrucei sobre opções, pesquiseis hotéis e passagens e enfim definimos tudo. Compramos as passagens com uns dois meses de antecedência, como manda o figurino, para conseguir preços melhores. Logo depois, quando tudo estava certo, Ben Kweller anunciou dois shows no Brasil. Seus dois primeiros shows no Brasil. Ben Kweller é um dos meus artistas favoritos e é praticamente desconhecido por aqui. Veio bancado pelos seus fãs e tocou no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eu estava no Rio de Janeiro no dia em que ele tocou em São Paulo. E estava em São Paulo no dia em que ele tocou no Rio de Janeiro. No ano seguinte, novas férias, novas frustrações com shows não marcados. O Planeta Terra confirmou que teria seu melhor line-up da história, com Blur, Travis e Beck, um pouco depois que as passagens estavam compradas. Estávamos escutando muito o Apanhador Só, mas ele tocou em São Paulo uma semana depois de estarmos lá. Descobrimos o...

Meu voto nulo

Ainda consigo me lembrar de todos os meus votos. Isso não significa lá muita coisa, já que o meu histórico eleitoral é recente, ainda não completou dez anos. Nesse tempo, minha relação com o voto e com os candidatos já mudou muito. Já fui mais adepto ao voto nulo, depois passei a tentar encontrar opções. Hoje, quando não vejo opções, digo que sofro um pouco por anular. Penso se não seria o caso de optar por uma política de redução de danos, mas ainda tento ter como lema que, se nenhum candidato me representa, nenhum deles merece meu voto. Comecei minha vida eleitoral anulando um voto. Foi naquele referendo sobre o desarmamento, quando eu tinha 18 anos e achei que era tudo uma palhaçada, uma tentativa de passar para a população uma decisão que já estava tomada e que, na prática, não ia alterar em nada a vida do cidadão normal. Nas eleições de 2006, minhas primeiras eleições de fato, meu único voto nulo é aquele do qual ainda me orgulho. Para deputado estadual, votei em Luis Soares...

Centímetros e segundos

Nessa vida nós controlamos muita coisa, mas tenho certeza que não podemos calcular os centímetros e os segundos. Menos controle ainda temos sobre os milímetros e os milésimos. Aquele segundo em que achávamos que conseguiríamos pegar um objeto, que dava para atravessar a rua, a bola que bate no aro, que um segundo a mais ou amenos, por uns centímetros a mais ou a menos, tudo teria terminado bem. O acidente de Jules Bianchi no último Grande Prêmio do Japão foi um acidente de centímetros e segundos. A única imagem amadora do evento, mostra que o trator que estava retirando o carro de Adrian Sutil estava voltando para trás, quando repentinamente o carro de Bianchi surge rasgando tudo e se estraçalhando. Por poucos segundos, o caminhão estaria mais a frente e Bianchi se estatelaria contra o muro, ou contra a proteção de pneus sem maiores consequência. Por poucos centímetros, ele não bateu de traseira e saiu ileso do choque. Mas nos segundos e centímetros exatos, ele passou por debaixo...

Sobre as eleições

As manifestações de junho do ano passado continuam sendo um fenômeno difícil de entender. Não existiu um objetivo comum, sequer um objetivo claro, mas o fato é que elas demonstraram insatisfações. A repercussão mudou bastante a avaliação pública sobre o cenário político até então. Dilma navegava em mares tranquilos para a reeleição e tinha um governo bem avaliado pelo povo. Sua aprovação era de 65% em março de 2013 e caiu para 30% no final de junho. Prova também de como nem sempre as pessoas sabem avaliar se o governo é bom ou ruim é o porquê. Outros governadores também sofreram com quedas drásticas de avaliação, sendo Sérgio Cabral no Rio de Janeiro o maior exemplo. Toda essa movimentação gerou uma expectativa para o resultado das eleições agora em 2014. A avaliação é de que poderíamos ter mudanças drásticas no Congresso Nacional (um dos maiores alvos do protesto) e nos executivos estaduais. Passada as eleições e com o povo escolhendo algumas velhas figurinhas carimbadas, a impres...

Resgatando Rascunhos: Sobre as fotos

O Blogger é uma ferramenta que permite que você salve rascunhos de textos que pretende postar algum dia. Algo que é bem interessante, já que em modelos antigos você corria o risco de ver sua sessão expirando a internet caindo e o texto se esvaindo pelo ralo da nuvem. Mas, no caso desse blog aqui, o rascunho não serve para muita coisa. Geralmente posto textos mais espontâneos por aqui e se alguma coisa vai para o rascunho, para ser escrita depois, adeus. Ficara para sempre no limbo da rede mundial de computadores. É o caso desse texto abaixo, rascunho desde março de 2013. Sabe-se lá o que eu pensei na época, devia estar melancólico, vendo fotos antigas. Fotos antigas são sempre melancólicas. Ia filosofar mas devia estar com preguiça e a filosofia foi embora. Um pouco baseado naquele texto do CH3 que eu já fiz, certa vez. Só que aqui, o foco estará no fato de que as fotos digitais não tem a magia das fotos em papel. As fotos em papel capturavam um momento, uma espécie de cerimônia...