Estava caminhando para minha academia, mais ou menos um mês atrás, quando vi um cara montando uma pequena tenda em frente a um terreno baldio. Em um primeiro momento, imaginei que seria uma banca imobiliária igual a uma outra que foi montada em uma praça.
Na volta da academia descobri que o cidadão da barraca não queria vender prédios, mas sim comida. Uma faixa apontava que salgados estariam sendo vendidos naquele local por R$ 1,70. Logo pensei que no meu trabalho os salgados custam R$ 2,50 e que na época do colégio, salgados custavam setenta centavos. Achei que o ponto não era bom - ruim pra estacionar - e que o salgado não devia ser confiável.
Veio o feriado, fiquei uma semana sem ir na academia e voltei hoje. No caminho de ida vi que a faixa do preço dos salgados por R$ 1,70 havia sido substituída. Agora os salgados custam R$ 2,00. Aumento de 17,65% em apenas uma semana, em um mês de funcionamento. Nesse ritmo, os salgados estarão custando R$ 7,35 no final do ano e logo pessoas venderão seus apartamentos para comer um salgado numa rua secundária de Cuiabá.
Esta é a disparada da inflação diante dos meus próprios olhos.
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