Pare para pensar: quantas bandas você conhece que possuem longas e impecáveis discografias? Que lançaram mais de meia dúzia de discos e que não tem motivo para não se envergonhar de nenhum deles? Poucas, não é mesmo? Pense que o Radiohead tem suas bombas no meio do caminho, que o primeiro disco do Blur era insignificante, que o Oasis lançou Heathen Chemistry. Isso para ficar nas contemporâneas dos Manic Street Preachers. Olhe a discografia dos galeses e tente apontar um disco ruim. Não há.
Existem discos menores, como os dois primeiros desse século, o segundo, Gold Against the Soul, mas eles estão longes de serem ruins. Os últimos três discos podem não ser brilhantes, mas estão acima da média do que é lançado anualmente no mundo da música. Certo, temos que dizer que eles nunca mais lançaram nada igual ao espetacular Everything Must Go do longínquo ano de 1996.
Isso faz com que os Manics sejam uma espécie de porto seguro da música, mas traz uma pressão pra cada lançamento. Afinal, todo mundo há de falhar um dia.
Rewind the Film, o 11º disco da banda parece, em um primeiro momento, que é a hora do Manic Street Preachers. As guitarras características não estão lá, os refrões explosivos passam longe. Temos muitos violões, cordas, sopros, participações especiais, músicas mais arrastadas. Para dizer a verdade, parece que nem são os Manics em ação.
Má impressão que dura até uma terceira audição, quando os detalhes começam a se sobressair. E quando é possível perceber que eles continuam bons. E mais do que isso, que esse daqui com certeza é o melhor disco que os Manics lançaram no século XXI e rivaliza de perto com o melhor que eles lançaram no século passado.
Rewind the Film tem a melancolia característica dos galeses, a ironia natural, um certo cansaço com a vida e melodias exuberantes. A faixa de abertura, This Sullen Welsh Heart, é um lamento sobre o futuro do mundo, um folk diferente de tudo o que a banda já fez e uma espécie de continuação da clássica If You Tolerate This... de 1998. Assim como a faixa título, um épico de seis minutos, com a participação de Richard Hawley, que incorpora Leonard Cohen em uma prosa triste, um pedido para viver a vida de novo. Aliás, o videoclipe também é belíssimo.
Show Me The Wonder e Anthem For a Lost Cause são grandes músicas e as que mais lembram o que os Manics já fizeram. Anthem, aliás, poderia ser uma continuação de outra clássica da banda: A Design For Life.
No final, é quase impossível não terminar o disco com uma ponta de melancolia no peito. E impossível não admitir que eles são bons. Eles não erram.
Existem discos menores, como os dois primeiros desse século, o segundo, Gold Against the Soul, mas eles estão longes de serem ruins. Os últimos três discos podem não ser brilhantes, mas estão acima da média do que é lançado anualmente no mundo da música. Certo, temos que dizer que eles nunca mais lançaram nada igual ao espetacular Everything Must Go do longínquo ano de 1996.
Isso faz com que os Manics sejam uma espécie de porto seguro da música, mas traz uma pressão pra cada lançamento. Afinal, todo mundo há de falhar um dia.
Rewind the Film, o 11º disco da banda parece, em um primeiro momento, que é a hora do Manic Street Preachers. As guitarras características não estão lá, os refrões explosivos passam longe. Temos muitos violões, cordas, sopros, participações especiais, músicas mais arrastadas. Para dizer a verdade, parece que nem são os Manics em ação.
Má impressão que dura até uma terceira audição, quando os detalhes começam a se sobressair. E quando é possível perceber que eles continuam bons. E mais do que isso, que esse daqui com certeza é o melhor disco que os Manics lançaram no século XXI e rivaliza de perto com o melhor que eles lançaram no século passado.
Rewind the Film tem a melancolia característica dos galeses, a ironia natural, um certo cansaço com a vida e melodias exuberantes. A faixa de abertura, This Sullen Welsh Heart, é um lamento sobre o futuro do mundo, um folk diferente de tudo o que a banda já fez e uma espécie de continuação da clássica If You Tolerate This... de 1998. Assim como a faixa título, um épico de seis minutos, com a participação de Richard Hawley, que incorpora Leonard Cohen em uma prosa triste, um pedido para viver a vida de novo. Aliás, o videoclipe também é belíssimo.
Show Me The Wonder e Anthem For a Lost Cause são grandes músicas e as que mais lembram o que os Manics já fizeram. Anthem, aliás, poderia ser uma continuação de outra clássica da banda: A Design For Life.
No final, é quase impossível não terminar o disco com uma ponta de melancolia no peito. E impossível não admitir que eles são bons. Eles não erram.
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