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Mostrando postagens de março, 2014

15 minutos decisivos

Com 15 minutos de jogo é difícil você ter a certeza que seu time irá ganhar o jogo. O começo pode ser bom é motivador, com a equipe marcando forte, tendo volume de jogo, criando oportunidades. Mas, tudo pode acontecer. Alguém pode se machucar. Um zagueiro pode dar uma engrossada e entregar um gol. Alguém pode ser expulso logo no começo da partida. O time pode fazer o gol, mas o adversário poderá reagir. Agora, com 15 minutos de jogo, você tem certeza quando o seu time não irá ganhar um jogo. Com 15 minutos, você pode ver que seu time não irá marcar um gol e, por mais óbvio que seja, sem marcar gol é impossível ganhar um jogo. Como é possível perceber isso? Difícil falar. São vários fatores juntos. A displicência, a imobilidade dos jogadores, um jogador especial disperso em campo, marcação frouxa, o relógio passando rápido e você não enxergando por onde o time conseguiria marcar um gol. Quarta-feira, contra a Penapolense, tive certeza que seria impossível o São Paulo marcar um gol...

Três filmes deste último Oscar

Ela: Um cara é abandonado por sua mulher e num momento difícil da sua vida se apaixona por uma garota. Ela completa sua vida, faz seus dias melhores e parece que os dois foram feitos um para o outro. Só que essa garota é a voz de um sistema operacional avançado, dublado por Scarlett Johansson (convenhamos, como resistir a voz de Scarlett?). Ela é um romance sensível e, mais do que isso, uma história sobre relações humanas e como a interação com as máquinas muda completamente a nossa existência. O visual instagramado do filme também é um barato, alertando que todos viraremos hipsters. O meu favorito. Clube de Compras Dallas: A história é muito boa, um caubói durão que pega AIDS e precisa lidar com a fama de ser viado e com os seus pouco dias de vida, 30, segundo os médicos. O final dos anos 80 era uma época difícil para os soropositivos e mostrar isso é um dos méritos do filme. Outro, é mostrar como a indústria farmacêutica não está necessariamente preocupada com a saúde dos seus paci...

Um Corpo que Cai

Do alto do viaduto da UFMT vejo um corpo caindo. Na verdade, a noção de que o corpo caiu foi construída com o tempo. Percebi alguma coisa diferente em frente a uma concessionária da Honda e logo percebi que havia uma pessoa caída no chão enquanto uma moto fazia uma curva. A mente começa a processar os dados, se a pessoa havia caído da moto, se houve um acidente, o que era aquilo. Parecia que era um menino. Um carro para e oferece socorro a uma mulher. Sim, era uma mulher. Outro carro encosta e acabo encostando também, com o pisca alerta ligado. Uma mulher desce do carro para ajudar a acidentada. Pergunta se tudo está bem, se precisa de ajuda. Ao que parece, ela não desmaiou, sofreu um infarto, um AVC ou uma crise epilética. Tropeçou apenas e caiu de cara no chão. Uma cena sempre patética, mas que acontece. Por sorte, não havia nenhum carro do Google Maps para eternizar o momento. A mulher se levanta e segue sua caminhada até o ponto de ônibus. Sem ferimentos sérios, além do orgulho...

Predicados

Não sou lá de cometer muitos erros de português. Confesso que tenho uma dúvida insistente toda vez que eu vou escrever encher e mexer, sei com um é com ch e o outro é com x, mas na hora sempre me bate uma dúvida. Por sorte, o corretor do Word sempre corrige minha digitação, mas quando escrevo a mão (coisa cada vez mais rara nesse mundo tecnológico), me bate uma dúvida cruel e eu acabo procurando um sinônimo. Da mesma forma, nunca sei qual por que usar e a regra aprendida na segunda série já fugiu da minha cabeça faz tempos. Acentuação sempre foi um terror na minha vida, mas melhorei consideravelmente nos últimos anos e hoje posso dizer que erro pouquíssimo nesse assunto. Não sei por que, mas sempre me confundo em Olimpíadas. Talvez tenho me confundido agora. Acho que os dois "is" em sequência acabam comigo. A razão para isso? Desconheço todas as regras do português. Sabe, aqueles negócios de regência, classificação de advérbios, predicados? Não sei nada. Lembro que aprend...

Rewind The Film, Manic Street Preachers

Pare para pensar: quantas bandas você conhece que possuem longas e impecáveis discografias? Que lançaram mais de meia dúzia de discos e que não tem motivo para não se envergonhar de nenhum deles? Poucas, não é mesmo? Pense que o Radiohead tem suas bombas no meio do caminho, que o primeiro disco do Blur era insignificante, que o Oasis lançou Heathen Chemistry . Isso para ficar nas contemporâneas dos Manic Street Preachers. Olhe a discografia dos galeses e tente apontar um disco ruim. Não há. Existem discos menores, como os dois primeiros desse século, o segundo, Gold Against the Soul , mas eles estão longes de serem ruins. Os últimos três discos podem não ser brilhantes, mas estão acima da média do que é lançado anualmente no mundo da música. Certo, temos que dizer que eles nunca mais lançaram nada igual ao espetacular Everything Must Go do longínquo ano de 1996. Isso faz com que os Manics sejam uma espécie de porto seguro da música, mas traz uma pressão pra cada lançamento. Afin...