Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (24)

Ash – Free All Angels (2001): Um disco em que o Ash acerta em vários momentos. Consegue bons refrões e mantém um peso nas músicas. No entanto, o resultado é meio pífio quando eles tentam experimentar com orquestrações.
Melhores: Shinning Light e Burn Baby Burn

Creedence Clearwater Revival – Bayou Country (1969): Discos do CCR são sempre parecidos. Sempre tem ótimas músicas, mas a impressão é que a discografia é meio cansativa.
Melhores: Penthouse Paper e Proud Mary.

Elliott Smith – From a Basement on the Hill (2004): Sempre há uma expectativa mórbida sobre um disco póstumo. Ainda mais no caso de Smith, que cometeu suicídio com duas facadas no peito. Esperamos uma nota de despedida. Não é o caso. O disco traz as características de sempre, músicas vibrantes de uma vibração desesperada. O disco segue também a linha de evolução de sua carreira. Escutada cronologicamente, é possível notar claramente o traço de evolução. As músicas acústicas do começo foram ganhando produção aos poucos. Como o resultado final não teve interferência de Elliott, é possível perceber alguns exageros. Mas é um disco muito bom de ser escutado.
Melhores: Strung Out Again e Coast to Coast.

Hurricane #1 – Only the Strongest Will Survive (1999): O britpop é capaz de produzir números bem bregas. Um disco constrangedoramente ruim.
Melhores: What Do I Know? e Afterhours.

Moby Grape (1967): Você escuta e diz de olhos fechados – anos 60. Um disco com a característica do melhor dessa década.
Melhores: Sitting by the Window e Mr. Blues.

Pernice Brothers – Discover a Lovelier you (2005): Um disco bem mais ou menos. Fica perdido num limite entre o razoável e a mediocridade completa.
Melhores: Say Goodnigh to the Lady e Dumb it Down.

Ride – Carnival of Light (1994): O shoegazer, estilo do Ride, é marcado pelas melodias angelicais contrapostas pelo barulho infernal. O barulho foi filtrado, sobrando apenas as melodias excepcionais. Acaba por ser um disco de não-shoegazer e, até por isso, ótimo.
Melhores: Only Now e Endless Road.

Super Furry Animals – Mwng (2000): Disco cantado em gaélico, um idioma difícil até de ler. O SFA aproveitou para experimentar com melodias e instrumentos mais folclóricos, produzindo um disco exótico e agradável.
Melhores: Dacw Hi e Y Teimlad.

The Afghan Whigs – Up in It (1990): Segundo disco do grupo. Longe das outras influências, eles soam como mais uma de tantas bandas hardcore americanas. Suficiente para não ser ruim, mas longe de ser marcante.
Melhores: Son of the South e I Know Your Little Secret.

The Bluetones – Expecting to Fly (1996): O britpop também é capaz de produzir discos assim. Melodias marcantes com refrões épicos, linhas de guitarra grudentas em canções quase intermináveis. Parecido com muito do que foi feito na época, mas bom.
Melhores: Things Change e Cut Some Rug.

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...