Pular para o conteúdo principal

Os melhores discos de 2010

Não escutei muita música do ano. Boa parte dos meus artistas favoritos não lançaram discos nesse ano. Minhas listas tendem a mudar muito quando os anos passam. Ao final do ano passado, meus 8 discos de 2009 eram compostos por:

1 Wilco (The Album)
2 Ben Kweller - Changing Horses
3 Brendan Benson - My Old, Familiar Friend
4 Echo and the Bunnymen - The Fountain
5 Them Crooked Vultures
6 Starsailor - All the Plans
7 Ben Harper - White Lies for Dark Times
8 Lord Cut-Glass

Hoje eu tiraria os últimos 3 discos da lista e colocaria os discos lançados por Manic Street Preacher (na segunda colocação), Bob Dylan (em quarto) e The Sleeptalkers fecharia o ranking.

Neste ano não escutei sequer 8 discos. Fiquei em 7. Então traço comentários gerais.

A Decepção ficou por conta do Weezer. Não sei se decepção, mas o fracasso geral. Lançaram um disco totalmente sem graça. Nenhuma faixa chama a atenção, o que para o Weezer, é muito longe do mínimo que já fizeram.

A surpresa ficou com o Teenage Fanclub. Ok, eles tem 20 anos de carreira e é estranho colocá-los nessa categoria. Mas depois de um disco fraco e outra absolutamente medíocre, eles lançaram seu melhor trabalho desde 97, sem dúvida. me arriscaria a dizer que foi o seu terceiro melhor disco, atrás apenas de Grand Prix (95) e Bandwagonesque (91). O que é uma boa marca.

O melhor fica com o Black Rebel Motorcycle Club. Sou suspeito para falar, porque me afeto completamente quando defendo o trio, mas eles lançaram o melhor disco do ano, sem dúvida.

O Belle and Sebastian lançou um disco competente, assim como Emma Pollock. Fran Healy lançou um disco bobo e o disco dos Black Keys é bem bom. Mas eles ainda são uma novidade em minha vida.

Comentários

Postagens mais visitadas

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.

Ziraldo e viagem sentimental por Ilha Grande

Em janeiro de 1995 pela primeira vez eu saí de férias em família. Já havia viajado outras vezes, mas acho que nunca com esse conceito de férias, de viajar de férias. Há uma diferença entre entrar em um avião para ir passar uns dias na casa dos seus tios e pegar o carro e ir para uma praia. Dormir em um hotel. Foi a primeira vez que eu, conscientemente, dormi em um hotel. Contribui para isso o fato de que, com sete anos, eu havia acabado de terminar a primeira série, o ano em que de fato eu virei um estudante. Então, é provável que pela primeira vez eu entendesse o conceito de férias. Entramos em uma Parati cinza e saímos de Cuiabá eu, meus pais, minha prima e minha avó. Ao mesmo tempo em que essas eram as minhas primeiras férias, elas eram também a última viagem da minha avó. A essa altura ela já estava com um câncer no pâncreas e sem muitas perspectivas de longo prazo. Disso eu não sabia na época. Mas ela morreu cerca de um ano depois, no começo de 1996, após muitas passagens pelo hos

Pattie Boyd

Pattie Boyd O romance envolvendo George Harrison, Pattie Boyd e Eric Clapton é um dos mais conhecidos triângulos amorosos da história. Sempre achei o caso interessante. A princípio, a visão que nós temos é bem simplista. Pattie trocou o sensível George Harrison, aquele que lhe cantou a sentimental Something na cozinha, pelo intempestivo Eric, aquele que a mostrou a passional Layla na sala. E se há uma mulher irresistível neste mundo, esta mulher é Pattie Boyd. Só que o trio Boyd-Harrison-Clapton é apenas a parte mais famosa de uma série de relações amorosas e traições, que envolveram metade do rock britânico da época. E o que eu acho incrível, é que todos continuaram convivendo ao longo dos anos. George Harrison Pattie Boyd era uma modelo que fazia figuração em um vagão de trem durante a gravação de uma cena de A Hard Day’s Night, o primeiro filme dos Beatles. George era justamente um Beatle. Eric Clapton era o deus da guitarra e converteu vários fãs em suas inúmeras bandas